03 abril, 2008

Para relaxar, um desportivo com classe





O primeiro Jaguar XK 120, 3.442 cm3 construído pelo fundador da marca William Lyons em 1948, que preencheu os meus sonhos de miúdo.



PORTOFOBIA

O jornal gratuito Global Notícias publicou hoje na secção Cartas dos Leitores este texto dum tal A. R. Pereira.

Educação no Norte■■■

“Quero deixar a minha opinião sobre o casodo taxista alcoolizado que atropelou quatro crianças no Porto e de seguida pôs-se em fuga. Eu faria o mesmo! Já é sabido que no Norte levanta-se a mão e abre-se a goela com a mesma facilidade com que se respira e, num localcomo aquele, no Porto,o condutor teria sido insultado e a sua viatura agredida pelos populares.Fariam, talvez até pior se ele ali assumisse o erro e ficasse.Estes actos disparatados a que o Norte já nos vem habituando mancham o nome do nosso Portugal. Eu sugeria investirem em cursos de ‘comoviver em sociedade’. Temos que saber ouvir e calarde vez em quando, porém, nem as notícias que recebemos das escolas doNorte são incentivo para se leccionar lá.”

A.R. PEREIRA

Em resposta escrevi eu próprio o texto que se segue. Espero que tenham a hombridade de o publicar com o mesmo destaque.

O leitor A. R. Pereira na edição de ontem, num discurso claramente preconceituoso e regional xenófobo, veio dizer-nos que, se tivesse acontecido com ele, teria o mesmo comportamento cobarde e criminoso do taxista alcoolizado que no Porto atropelou um grupo de crianças e fugiu. Segundo este leitor, a sua atitude justificar-se-ia pela suposta tradicional e generalizada tendência dos nortenhos em “levantar a mão e abrir a goela”; tendência, que ele considera uma vergonha nacional.

Recomenda-nos a ainda o leitor A. R. Pereira que tiremos cursos de como ‘viver em sociedade’, embora ele julgue que as nossas escolas, pelas notícias que lhe chegam, não sejam próprias para isso.

Caro senhor Pereira, por muito que a realidade mediática pretenda fazer parecer o contrário, os dados oficiais dizem-nos que a criminalidade grave e violenta é muito mais elevada na região de Lisboa, que é lá que estão as escolas mais violentas, que é lá que os revisores dos comboios suburbanos têm que andar acompanhados por polícias, coisa que no Porto não ocorre existindo mesmos várias raparigas a desempenhar essa profissão, algo impossível na região de Lisboa. É também no Cacém que muitos moradores dizem nas páginas dos jornais que só saem à rua armados.

Estas manifestações de portofobia, que resvalam frequentemente para o insulto gratuito, derivadas de muito ressentimento futebolístico, são cada vez mais frequentes, alimentadas por muita comunicação social, e só envergonham quem as profere. A propósito: vergonha nacional é a continuada exploração sexual dos jovens carentes da Casa Pia (a ex-provedora Catalina Pestana garante-o) e o julgamento interminável deste caso que corre nos tribunais sem fim à vista onde já se percepciona que vai acabar num absolvimento geral com a excepção dos tradicionais dois ou três bodes expiatórios de importância menor.

Vergonha também é termos uma capital cuja edilidade se revelou a mais corrupta, a mais esbanjadora e a mais desorganizada das autarquias. Isto apesar do sistema mediático nos ter andado a vender anos a fio a tese da corrupção das autarquias do Norte. Enfim, este país é dirigido há séculos por oligarquias sediadas no Sul. O resultado não se recomenda. Será uma questão de educação?

António Alves

THE DARK SIDE OF JOSÉ MOURINHO...

Estas Eminências Pardas do Poder Central, construtores de opiniões silicónicas, adoram, como os caracóis, quando faz sol, exibir os seus delicados apêndices, mas ao contrário do molusco gastrópode preferem pôr-se nos cornos da lua, o que vale dizer, fazem muita questão de ser excessivamente gabarolas.

Estas peneirices, como é sabido, costumam sair-lhes caras e virar-se contra elas.

Quando José Mourinho se fez treinador para o Mundo, no Futebol Clube do Porto, e levou o nosso clube às glórias europeias que se conhecem, depois de ter sido corrido pela porta do cavalo pelas néscias administrações benfiquistas, estes, com a dôr de cotovêlo típica dos maus perdedores, detestavam-no. Os defeitos do homem eram tantos, que bastavam para se realizarem todo o tipo de debates que se possa imaginar. Ora por que era arrogante, ora porque deixa, ora porque põe, José Mourinho não prestava.

Qual fenómeno do Entroncamento, a partir do momento que saiu do FCP, passou rapidamente de vilão a herói e, como é prática corrente no léxico benfiquista, a ter o Mundo na boca, a ser o melhor do Mundo. Como o Benfica...Fiéis às suas convicções e com um sentido nacionalista excepcional, consta que o amor por José Mourinho ainda não arrefeceu.

O que lhes falta agora explicar, ponto por ponto, sem correrem o risco de sufocarem com a previsível toxidade de argumentação, é o enquadramento entre as "reconhecidas" valências de Mourinho e as supostas manobras de alteração da verdade desportiva de que é acusado o Futebol Clube do Porto, na pessoa do seu Presidente. Ou seja, explicar, durante as 18 jornadas dos respectivos campeonatos ganhos pelo FCP, incluindo competições europeias, quais foram aquelas em que o mérito foi do treinador, e aquelas em que o resultado foi adulterado.

Receio bem, que uma lupa não sirva, e o microscópio tão pouco, para poderem detectar vestígios convincentes de corrupção. A não ser que estejam na disposição de abdicar desse estranho motivo de orgulho que agora muito gostam de fazer alarde e deixar de considerar José Mourinho o Maior Treinador do Mundo.

Lá dizia o outro: "o que é verdade hoje, amanhã é mentira".
Estas Eminências

RANCHO FOLCLÓRICO CHELAS-BARREIRO

Descansem que não é aqui, no Renovar o Porto, que os portuenses de boa cepa - como os melhores néctares do nosso Douro - correm o risco de contaminação centralista, de complexos de inferioridade. Aqui, somos práticos, vivemos com os pés na terra, com a perfeita noção do nosso valor, sem deslumbre por intelectualices estéreis pacheco-pereiristas e similares. Aqui, chamamos os bois pelo nome.
No Bússola, vem hoje este post de Fernando Rocha, cuja ironia não passará seguramente indiferente a todos nós. É já uma ridícula rotina. Estamos fartos deste circo interninável, eu sei, mas para quê desesperar?

Reparem bem: há mais de 10 anos que não ponho os pés em Lisboa e a última vez que lá fui, foi por questões burocráticas relacionadas com o trabalho. Acham, que foi por acaso? Não, não , foi mesmo premeditado. Tal e qual. Não gosto de Lisboa, como não gosto de fado e ninguém me pode criticar por isso. É um direito que me cabe. Os nossos digníssimos governantes não prestam, é verdade, mas foram mestres a ensinar-me a desprezar Lisboa. Estou-lhes grato por isso...

Recordam-se da propaganda que "muito patrioticamente" foi feita à Expo 98 de Lisboa, para levar os pacóvios da "província" a alimentar-lhes a gula? Recordam? Pois. Só que eu não fui. Com muito gosto.
Digámos que sou um rato esquisito, de gostos sofisticados, não mordo em qualquer queijo...Mas só para chatear, fui a Sevilha, em 1992 e gostei. E sou patriota. Mais do que esses senhores "governantes" que se têm entretido a fracturar o país, a retalhá-lo sadicamente com assimetrias próximas de valores olímpicos.

Se houve aspectos positivos (poucos, ainda assim) com a entrada de Portugal na União Europeia, um deles foi certamente a supressão de fronteiras. Há mais vida para além de Lisboa, a começar pelo Porto, claro. Muita mais: Barcelona, Sevilha, Madrid, Vigo, Bilbau, Santiago de Compostela, Valência, Santander (uma das que mais gosto), são o que fora de Portugal temos de mais próximo. Para lá da Península Ibérica, é só escolher (com uma prévia consulta à conta bancária), depois, é sempre a abrir. O mundo é nosso. Para que precisamos de Lisboa, afinal?

Eu responderia, em última análise: para nos lembrarmos que em Portugal existe uma capital digna desse nome. Mas, como não existe, duvido que precisemos.

02 abril, 2008

EXIGIMOS PUBLICAÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INTERESSES

Já repararam que, com a honrosa excepção de uns tantos, existe um grande número de profissionais com expressão mediática que não têm coragem para assumir as suas preferências políticas e clubísticas? E já repararam também, seguramente, que amiúde alguns (como os jornalistas) se defendem dessa reserva com oportunas declarações relacionadas com o dever deontológico e de independência face aos poderes instituídos?

Ora, uma vez que a máscara caiu, que a sede de vingança já não consegue disfarçar qualquer réstea de ética que ainda pudesse existir por parte dos vários protagonistas desta fantochada "judicialeira" arquitectada contra o Futebol Clube do Porto a ponto de os levar a seleccionar Procuradores em função das suas simpatias clubísticas (como sucedeu com Almeida Pereira, nomeado pelo Director Geral da PJ e logo recusado pela Procuradoria-Geral), talvez esteja na altura de exigirmos dos senhores jornalistas e da própria magistratura o anúncio público das respectivas simpatias clubísticas.

Este magistral "exemplo" foi dado pelo senhor Procurador-Geral, figura impoluta, por isso, só temos é que aproveitar o "caminho" que fez o favor de nos abrir e "caminharmos" também...

Poderíamos começar por exemplo, por obrigar todo o corpo de magistrados e investigadores do Processo Apito Dourado bem como todo a Direcção da Liga de Futebol a apresentar publicamente uma Declaração de Interesses quanto às suas simpatias clubísticas (só para começar)...

Concordo que esta ideia em democracia não seja lá muito ortodoxa e se assemelhe mais a métodos pidescos adequados a regimes de outros tempos, mas a ideia não foi nossa... não é?
Apesar de tudo essa Declaração de Interesses teria algumas vantagens. Uma delas, seria a de obrigar certas pessoas a refinar o seu sentido ético e rigôr profissional, que anda, como abundam provas disso, pelas ruas da amargura.


PS-Lisboa, impingiu-nos o Scolari na Selecção de Futebol e o resultado é o que se vê. Agora impinge-nos outro Scolari para a Procuradoria. Mas, que inteligências estas...

RUI MOREIRA, SERÁ O LÍDER QUE O PORTO PRECISA?

Aqui, neste espaço de cidadania, e onde quer que seja nunca escondi o profundo descrédito que a classe política me merece. Tenho portanto, plena consciência que esta postura não é propriamente simpática para quem me leia e viva directamente ligado à actividade política. Mas paciência, é o preço a pagar por quem nela se envolve levianamente e se lança para uma fogueira (a política) sem antes ponderar que é para apagar os incêndios (resolver os problemas do país) que a população lhe delega poderes.

Por conseguinte, as minhas críticas não são gratuitas nem derivam de fobias preconcebidas, são o resultado de uma longa e sucessiva desilusão pelos resultados práticos conseguidos, que são, como é reconhecido, paupérrimos, o que, aliás, está bem à vista.

Aparentemente, esta forma contínua, meio "inquinada" de analisarmos a política e os políticos pode levar os cidadãos a um descrétido crónico, o que será gravíssimo, mas isso só dependerá dos próprios políticos e do tempo que levarem a restaurar a própria imagem e a alterar esta péssima situação.

Pela minha parte, ainda não perdi totalmente a fé. Não tanto nos partidos políticos, mas mais concretamente na vontade dos (alguns) homens. Oiço pessoas, defenderem a tese de que "só com os partidos é que a democracia faz sentido", e por princípio até estarei de acordo com a redundância, mas o problema é que são certos homens quem frequentemente desvirtuam os ideários políticos traçados e raramente aqueles que os honram sobrevivem às pressões do aparelho e têm coragem para as denunciar.

Mas, como diz o povo, "o mundo dá muitas voltas", estranhas voltas... É caricato, anedótico até, vermos agora um partido político (PSD) a queixar-se da televisão estatal (RTP) acusando-a de manipular a opinião pública e de monopolizar noticiários em favor do partido do Govêrno (PS).

Esta reacção, prova bem o quanto os partidos vivem afastados do eleitorado e dos seus reais problemas. Não fora assim, já teriam há muito tomado posição idêntica para situações de arbitrariedade noticiosa tão ou mais gravosas do que as que agora motivam o seu descontentamento.

Nós sim, os portuenses e nortenhos em geral, temos muito mais razão de queixa da RTP do que o PSD! Porque nós, nem sequer beneficiamos da alternância da informação como os partidos beneficiam da alternância do Poder. Nós andamos a sofrer esta acintosa descriminação desde sempre - e para pior - cada dia que passa!

Por arrasto de uma macro-centralização dos media na capital, vem tudo o resto. A cultura, as obras públicas, o desporto, o empresariado, enfim, todas estas vertentes, em Lisboa, gozam de uma visibilidade e de uma promoção que o resto do país, incluindo a sua 2ª. maior cidade, não tem.

A isto, chama-se concorrência desleal, mas com a agravante de ser praticada e desenvolvida pelos partidos do Poder, pelas instituições que mais a deviam condenar, incluindo o agora "choroso" PSD.

O Dr. Rui Moreira (que já nos honrou com o seu comentário), pessoa que me inspira confiança, e cujo trajecto acompanho com especial interesse, tem sido a única excepção à regra neste marasmo de secundaridade a que se remeteram as figuras mais destacadas da região em relação à doentia centralidade de Lisboa.
Como quem não quer a coisa, lá vai promovendo alguns debates de interesse regional, encomendando estudos de âmbito nacional (ex.alternativa ao aeroporto da OTA), etc.,etc. Já é muito, comparativamente a "outros" com mais responsabilidades e obrigações.
Tenho a convicção que inúmeros portuenses (e portistas) gostariam de o ver a tomar as rédeas de outros destinos que não apenas os da Associação Comercial Portuense, porque mostra potencial para muito mais. É um homem sério (tanto quanto é possível ser-se sério neste mundo onde tantos interesses se cruzam e conflituam), tem carácter, é educado, com grande capacidade de comunicação e o perfil indicado para gerir conflitos, que é coisa que Rui Rio não tem, nem nunca terá.

Só falta mesmo, é a oportunidade e essa, não pode ser desperdiçada. Até prova em contrário(e espero nunca a ter) , Rui Moreira terá a minha confiança e o meu total apoio.

01 abril, 2008

Memoradum Casa-Pia, com anexo...


O Escândalo Casa Pia rebentou nos finais de 2002, quando um antigo aluno da Casa Pia em entrevista à jornalista Felícia Cabrita, alega ter sofrido de abusos sexuais, enquanto jovem.

Os principais responsáveis desses abusos eram figuras públicas e um ex-funcionário da Casa Pia, Carlos Silvino, mais conhecido como Bibi. A 29 de dezembro de 2004, o Procurador-geral da República, José Souto Moura, acusou formalmente várias personalidades de abusos sexuais a menores (pedofilia): Herman José e Carlos Cruz, duas estrelas da televisão portuguesa.

O arqueólogo Francisco Alves e o antigo médico da Casa Pia, Ferreira Diniz., o embaixador Jorge Ritto, o ex-Ministro da Segurança Social do governo de António Guterres e actual deputado do Partido Socialista, Paulo Pedroso.

O julgamento iniciou-se em 25 de Novembro de 2004, com sete arguidos: Carlos Silvino, Carlos Cruz, Jorge Ritto, Ferreira Diniz, Manuel Abrantes, Hugo Marçal e Gertrudes Nunes.

O caso arrasta-se durante anos, com audiências públicas e não públicas para auscultar as alegadas vítimas. Em Fevereiro de 2008 o caso ainda decorre, mas é demasiado tempo.

O tema (até ver) não envolve o Porto, mas indigna todo o país. Os media tradicionais andam ao "ritmo" do regime e já se devem ter "cansado" de o pressionar. Nós não. Regularmente, faremos questão de lembrar aqui esta vergonha nacional. Para que os respectivos responsáveis possam ter a noção exacta da valia da sua honorabilidade


Anexo:

Senhor Procurador Geral da República,

afinal, em que ficamos? O processo Casa Pia está terminado ou a equipa de investigadores foi de férias? Se foi de férias, foi por quanto tempo? Um mês? Dois? Um ano, dois, três? Quanto tempo? Cinco? Cinco anos de férias, senhor procurador? Não serão férias a mais, para tão pouco trabalho e nenhuns resultados?

Nós sabemos que o senhor Pinto da Costa é (com sua licença) um "criminoso" muito mais danoso para a sociedade que certos médicos , apresentadores de tv, advogados, políticos e embaixadores que gostam muito de expressar as suas fantasias sexuais aniquilando o futuro de crianças indefesas, mas mesmo assim, senhor Procurador, não acha estranho tão longo silêncio?

Olhe que nós achamos, senhor procurador. Sobretudo, quando equiparado com este festival de notícias negativas sobre a nossa cidade, a quem já começam a comparar a Palermo, senhor Procurador.

Nós compreendemos (se compreendemos) que há pessoas "importantes" implicadas nesse crime menor, como é o crime de destroçar a vida de crianças sem nunca lhes ser feita justiça, e que isso não é nada, comparado com as malfeitorias de Pinto da Costa, mas não acha que começa a ser comprometor para a reputação e para o cargo de V. Exa., manter-se tanto tempo calado e pouco afoito?

É que, V. Exa. - perdoe-me a impertinência - parece mesmo motivar-se com outro entusiasmo e com outra acutilância quando se trata de investigar as "brancas" noites do Porto e os "altos esquemas corruptos" dos seus clubes de futebol, senhor Procurador. Será da minha imaginação, senhor Procurador?

Será porventura, dos ares do Norte, senhor Procurador? O que é que se passa? É que nós temos o direito de saber, senhor procurador.
Já começamos a habituarnos à ideia de sermos portugueses de 2ª., tão diferenciado e arbitrário tem sido o tratamento que os governantes nos têm dedicado, mas conviria não abusar, porque são esses mesmos que nos andam a impingir a ideia de vivermos num país democrático.

E V. Exa., o que pensa de tudo isto, senhor Procurador? Faça-nos o favor de nos dar uma razão para pensarmos que estamos num país civilizado. Faz?

Um doutorzeco chamado Ricardo Costa



QUE TAL? O RAPAZ É FOTOGÉNICO...


Post aberto ao Senhor Presidente da República

Exmo. Senhor Presidente da República

Sei bem que este documento jamais será a causa de uma única noite de insónia, de uma leve brisa de ruído perturbador do merecido direito ao descanso de V. Exa. E ainda bem, porque a última coisa que quero é ser responsável por uma eventual desconcentração das árduas tarefas que o movem e apoquentam.

Sei bem que V. Exa. está "preparado" para lidar com estas minudências. Outros e mais altos valores o inspiram, como as condições de vida do povo moçambicano, por exemplo, a anos luz da qualidade de vida dos portugueses, especialmente dos portuenses...

Mas será possível, senhor Presidente, que V. Exa. tenha a dignidade de sair do carunchoso déjà vu e fazer a diferença de procurar saber o que anda o governo português a fazer deste país?

Já imaginou, que se um dia a violência alastrar, se descambar para o terrorismo, V. Exa. poderá eventualmente vir a ser acusado de permissividade por nada ter feito para o impedir?

Para onde pensa V. Exa. que poderá ir o país com esta permanente afronta e discriminação que os orgãos do poder estão a fazer ao Porto e às suas instituições? Será este o método mais inteligente de unificar Portugal?

Estará realmente V. Exa. convencido que todo este circo mediático e difamatório criado com o Presidente do Futebol Clube do Porto, se justifica? Acha mesmo ser o problema mais grave que o país vive? Provavelmente estará também V. Exa. de acordo com os currículos aqui expostos de ex-governantes?

Se está, senhor Presidente, o seu conceito de democracia diverge bem do meu, e lamento dizer-lhe, é bem menos edificante.

PINTO DA COSTA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, JÁ! E EM FORÇA!

Enquanto as aves de rapina do centralismo-divisionista se esforçam por representar o derradeiro papel de "Defensores da Moral Pública", com sucessivas e frustradas masturbações, inspiradas no Futebol Clube do Porto e no respectivo Presidente Pinto da Costa, o Renovar o Porto limita-se a publicar uma pequena amostra dos reais objectivos daqueles que um dia nos prometeram que iam "governar" Portugal:

Fernando Nogueira:
Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Depois - Presidente do BCP Angola

José de Oliveira e Costa:
Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Depois -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)


Rui Machete:
Antes - Ministro dos Assuntos Sociais
Depois - Presidente do Conselho Superior do BPN; Presidente do Conselho Executivo da FLAD

Armando Vara:
Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Depois - Vice-Presidente do BCP

Paulo Teixeira Pinto:
Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Depois - Presidente do BCP (Ex. - Depois de 3 anos de "trabalho", Saiu com 10 milhões de indemnização !!! e mais 35.000€ x 15 meses por ano até morrer...)

António Vitorino:
Antes -Ministro da Presidência e da Defesa
Depois -Vice-Presidente da PT Internacional; Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta - (e ainda umas "patacas" como comentador RTP)

Celeste Cardona:
Antes - Ministra da Justiça
Depois - Vogal do CA da CGD

José Silveira Godinho:
Antes - Secretário de Estado das Finanças
Depois - Administrador do BES

João de Deus Pinheiro:
Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Depois - Vogal do CA do Banco Privado Português.

Elias da Costa:
Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação Depois- Vogal do CA do BES

Ferreira do Amaral (sim, o tal que alguém um dia comparou ao Marquês de Pombal...):
Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Depois - Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato. etc etc etc...

Perante este quadro vergonhoso para a classe política, ainda se acham no direito de pregar a moral aos outros? Por mim, meus senhores, era na cadeia que teriam de tentar fazer fortuna!

NOTA:

Hoje é dia 1 de Abril, dia das mentiras, mas esta lista não foi inventada. Não deixa de ser um documento precioso, sobretudo para os cidadãos mais distraídos que ainda conseguem depositar a sua confiança nestes pardais.

Outra lição a tirar: se querem que os vossos filhos enriqueçam por processos aparententemente honestos, já sabem, é só inscrevê-los num partido político com fácil acesso ao poder (PS/PSD), ensiná-los a enganar com competência e depois, os compadrios, a verdadeira corrupção, faz o resto. Deixem-se de brincar às pessoas sérias, é tempo perdido.

31 março, 2008

FC Porto e Pinto da Costa notificados

"Apito Dourado" estarão concluídos até final da época em curso.



Pinto da Costa e o FC Porto foram notificados das notas de culpa relativas aos processos disciplinares dos jogos com o Estrela Amadora e Beira-Mar, da época 2003/04 da Liga de futebol.

Num comunicado com apenas dois pontos, o clube explica que a "FC Porto - Futebol SAD e o presidente do seu Conselho de Administração foram notificados, esta segunda-feira, pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), das notas de culpa emitidas relativas aos processos disciplinares" dos jogos referidos.

Os "azuis-e-brancos" esclarecem também que o processo relativo ao Conselho de Administração foi imediatamente entregue ao departamento jurídico da SAD, enquanto Pinto da Costa fez chegar a nota de culpa aos seus advogados.
Fonte da LPFP, contactada pela Agência Lusa, adiantou que Pinto da Costa e outros elementos da SAD foram já ouvidos pela Comissão Disciplinar e revelou também que a defesa terá de ser apresentada nos próximos cinco dias úteis.
A mesma fonte, à semelhança do que o presidente da LPFP, Hermínio Loureiro, tem defendido, salientou que os processos relativos ao caso "Apito Dourado" estarão concluídos até final da época em curso.


NOTA DE "RENOVAR O PORTO":


É admirável a celeridade destas coisas quando se trata do Futebol Clube do Porto... A tribo centralista deve sentir verdadeiros orgasmos quando descortina uma nesgazinha de hipótese para abalar a razão das suas angústias existenciais: o Futebol Clube do Porto.

Mas que triste figura, pobres de espírito. Não fazem ideia da vergonha que nos transmitem só de pensarmos que uma certa região de Portugal produz espécimes desta qualidade.