13 março, 2009

O deserto que atravesso

Numa aura de mistério
O sol se põe
No deserto que atravesso...
Sem chuva nem brisa
Nem sombra ou água fresca
Sem descanso
Ou refrigério
Só muita aridez...
Uma miragem, talvez!
Tempestades de areia causticantes
Com seus répteis rastejantes
Noites geladas,
Dias escaldantes!
Alguns nômades viajantes,
Beduínos arfantes,
Raros habitantes!
Entretanto, é belo,
O deserto que atravesso...
Porque oculto em algum lugar
Há um oásis
Pra me confortar!
Mas onde foi parar o tal Tuaregue?
.
neli araujo
2007
.

Só nos faltava esta!

De: TAF - "Passos Coelho na Câmara do Porto"

Em: A Baixa do Porto

Ó Tiago, a militância política surte efeitos assim tão rápidos? É uma questão de culto da personalidade, ou apenas respeito pela tradição hospitaleira do Norte?

Rui Moreira defende regionalização: "O Norte vai de mal a pior."

Quem também se mostrou contra a prestação do governo face à crise foi o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP). Segundo Rui Moreira, o Estado "não é de confiança porque não cumpre o que promete (...) não é de boas contas em questões de dinheiro".

Rui Moreira fez ainda um diagnóstico pessimista sobre a crise que atinge a Região Norte. "O país vai mal. O Norte vai de mal a pior -, atirou.

O líder da ACP teve ainda tempo para se dirigir a Ferreira Leite, com a descentralização como pano de fundo: "Eu sei que não gosta nem de ouvir falar de regionalização. Mas compreenda que para quem aqui vive e trabalha já não acredita nas promessas da descentralização, nas panaceias da devolução de poderes, nas políticas sectoriais. Nós não acreditamos porque aquilo que vemos é que as políticas públicas vão sendo delineadas em função de prioridades que não beneficiam esta região", rematou.

Clique sobre o título do post para ler o artigo

Rui Moreira, é de facto, um homem muito crente e paciente. Será mesmo que ele acredita que conseguiu comover a mulher (MLF)? Será, que ignora que, se ela estivesse no Governo, muito provavelmente faria pior que Sócrates? Será, que alguém como ela, que faz da Regionalização um bicho de sete cabeças, pode ter a menor ideia do que se passa no Porto? Será, que não sabe que Manuela Ferreira Leite, foi e é, uma fraude?

É por existirem "líderes" com esta dimensão (como MFL e Sócrates), caro Rui Moreira, que se cria a ideia errada que o povo espera por um D. Sebastião. Não, não espera. O que o povo precisa, é de compreender esta democracia que o amordaça e deixa de mãos atadas.

Katia Skanavi - Schumann





SE POSSÍVEL, BOM FIM DE SEMANA!

Porto Canal II

Ontem, o fecho da emissão do Porto Canal, foi seguido por uma declaração escrita do seu Director Geral, Bruno Carvalho, confirmando o que no post anterior aqui foi noticiado, ou seja, que vai candidatar-se à Presidência do Benfica.
Como já dissemos, tem todo o direito de o fazer. O que nos interessa agora, particularmente aos portuenses portistas, e a todos os que se identificam com os ícones da invicta e se sentem indignados com a tentativa desesperada de a benfiquizar, é saber o que pretende fazer Bruno Carvalho, depois de tornar pública a sua intenção. Vai deixar o Porto Canal e avançar com a candidatura ao clube de Lisboa, ou permanece? Quem é que o vai substituir? A quem podemos dirigir-nos para o saber?
O Porto, não pode prestar-se permanentemente a esta vulnerabilidade perigosa, o Porto tem de ter à frente das suas empresas gente assumidamente portuense, capaz de defender sem complexos, os interesses da cidade e dos seus símbolos mais prestigiados. A comunicação social não é um negócio qualquer, depende da inteligência e da seriedade de quem a controla e da política editorial que defende.
A este propósito e em abono da verdade, é justo realçar a seriedade aparente do actual Director e a sua competência, mas tal como o projecto da NTV (também de Bruno Carvalho) foi súbita e incompreensivelmente absorvido pela RTP. Com o Porto Canal, pode estar a ser traçado destino semelhante. Se alguém perde nestas transacções comerciais com projectos ainda em fase de afirmação, esse alguém, somos nós portuenses a tempo inteiro, não os portuenses em part-time. Se alguém ganha - e há seguramente alguém que ganha com isso -, é preciso e urgente, saber quem, como, e porquê...
Esperemos que não esteja na forja outra sacanice do tipo NTV / RTPN, com o desfecho que todos conhecemos. Sim, porque como fazem muita questão de salientar, o "N" da RTP, é de notícias, não é de Norte...

12 março, 2009

Quem manda no Porto Canal?

Tenho acompanhado com o maior interesse a evolução da estação de televisão, Porto Canal. Até ao momento, não vislumbro motivos para grandes preocupações. Contudo, mentiria se dissesse que não temo que um dia destes lhe aconteça o mesmo que à defunta NTV.
Para tal, basta que apareça um tubarão endinheirado (à nossa custa), como a RTP, e abocanhar o Porto Canal para lhe retirar qualquer pretensão de crescimento e autonomia. O dinheiro, tudo compra e os exemplos recentes, confirmam o ditado. Por isso, convirá não nos entusiasmarmos demais com a linha regionalista seguida pelo Porto Canal e ficarmos atentos ao futuro próximo para vermos em que param as modas...
Se assim penso, algumas razões tenho para isso. A primeira, é nunca ter percebido a razão pela qual é omitida a constituição dos corpos sociais da empresa no site do canal. Para termos alguma informação sobre o assunto, será preciso pesquisar na Wikipédia. Aí, conseguimos obter alguns dados, tais como: Mediapro, Fubu Editores e Fujitsu. Estas são as empresas ou grupos que financiam o canal.
A outra razão, é de desconfiança. O Director do canal é assumidamente benfiquista, e, pior do que isso, declara-se disponível para se candidatar à Presidência do clube lisboeta, o que, estando nesse direito, não pressagia grande vontade de afirmação com o projecto que tem neste momento na Porto Canal. Se por um lado até lhe agradecemos a preferência, por outro, fica-nos a impressão de subalternidade para com as suas actuais responsabilidades, o que, para os portuenses portistas, não é propriamente um sinal de empenho e consideração pelos problemas da cidade...
Cheira-me a esturro...

A defenestração que tarda

A imagem do lado, retrata o fim que o povo reservou a um dos maiores traidores da pátria: a defenestração.
A palavra afrancesada, entrou (infelizmente) em desuso, e significa "lançar alguém pela janela". Os traidores, é que ainda estão na moda. Proliferam por aí, como sacos de plástico.
Este traidor, que, apreciado à luz da realidade contemporânea, tem hoje outros contornos deixando-nos sérias dúvidas sobre a valia da defesa da integridade territorial em relação a Espanha, chamava-se Miguel de Vasconcelos.
Pergunta inocente: quantos Miguéis de Vasconcelos, é que no momento, podíamos juntar ao clube dos traidores nacionais, tendo como certo, o facto histórico que reza que o país cresceu de Norte para Sul, e que os tripeiros foram fundamentais na expulsão dos mouros da então ocupada e dominada Lisboa? Quantos?

Há crise? Qual crise?

Nunca ninguém ainda mo disse (estão sempre a tempo), que só sei "malhar" nos políticos, mas se o chegarem a fazer, só me resta é , antecipadamente, agradecer o elogio. O elogio sim, porque, pelo menos, eu, ao contrário da maioria dos políticos, sei com segurança, alguma coisa, e essa coisa é esta: sei, que os políticos não prestam.

E não vejam isto, pelo lado populista da coisa (o populismo, pode ter vários sentidos), ou como uma mera manifestação de narcisismo, porque, se existe assunto do qual tenho a mais vincada das certezas, é este. Os políticos, constituem a mais incompetente e oportunista das classes sociais. Ponto.

O Provedor de Justiça dá-nos algumas pistas. É ele (não eu), quem tem vindo a afirmar publicamente que está envergonhado, por, decorridos 8 mêses após o fim do seu mandato, ainda não ter substituto. Alega o desprestígio que a inoperância política está a dar ao país e ao mundo, sem, aparentemente, perceber, que o impacto dessas afirmações está para os políticos como para mim saber que hoje está a chover em Lisboa. Querem lá bem eles saber.

De «berço», eles já estão vacinados contra a vergonha, sabem que não é com esse sentimento perturbante que podem atingir os seus objectivos pessoais. Tê-la (eles sabem-no), seria um entrave comprometedor na espiral ascensional das suas carreiras, que, como bem sabemos (e se pode factualmente constatar), apesar dos miseráveis desempenhos políticos, terminam sempre na cadeira suprema da administração de um Banco, ou de uma grande empresa. A mediocridade premeia os políticos, mais do que qualquer outra actividade profissional.

Não fora assim, seríamos poupados a assistir, impotentes, a estes duelos pela disputa de lugares onde os demais poderes lhes possam escapar, como fazem agora os dois maiores partidos portugueses, pelo lugar de Provedor de Justiça.

Sócrates, precisa de um homem da sua confiança, e para o efeito, nada melhor do que convidar para Provedor, alguém que tenha nas mãos, que lhe deva favores, que controle pela ambição desmesurada. Esse alguém, só podia ser Freitas do Amaral, o político mais dançarino que Portugal conheceu, pelas suas abruptas deambulações político partidárias e pela veia criativa, para dar pareceres, principescamente pagos.

Do outro lado da barreira está o PSD, de Manuela Ferreira Leite, que só não concorda com o nome de Freitas por ser proposto pelo PS, caso contrário, talvez também não se lhe opusesse, porque retirando as siglas e as circunstâncias, são farinha do mesmo saco.

Noutro contexto, mas ainda dentro do pouco exemplar mundo da política local, temos nova polémica à volta da recém candidatura de Elisa Ferreira à Câmara do Porto. Os dirigentes da concelhia do PS, movem ataques à candidata em resultado da sua dupla candidatura à autarquia e a euro-deputada, o que não deixa de ser surpreendente, por chegarem algo tardiamente.
Conhecendo, como conhecemos, a maior competência dos políticos, afamada por saberem olhar pela sua vidinha pessoal, não custa nada acreditar que os ânimos exaltados, algo inesperadamente, se prendam com o recente aumento dos ordenados dos eurodeputados portugueses em 50%, o que, não podia deixar de despertar alguma cobiça entre as comadres...

Afinal, onde é que está a crise? Vá lá, portugueses, aprendamos a ser optimistas e saibamos vigarizar o próximo, como eles. Ainda estamos a tempo.

A pocilga!

A procuradoria da república chafurda na lama. Na iminência da derrota estrondosa de toda uma estratégia mediática montada para desviar atenções das muito lisboetas pias e socializadas casas e, também, para sublimar as muitas frustrações de um clube da bola da capital, medíocre, desorganizado, com metalidade de fidaldo arruinado que ainda julga viver nos velhos (e a preto e branco) dias de grandeza, e que apenas se mantém vivo, embora calçado em sapatos baratos e com solas rotas, porque, escabrosamente, uma ministra das finanças, num governo do partido BPN, lhe aceitou o pagamento das imensas dívidas a troco dum molho de papel sem qualquer valor, a procuradoria, em desespero de causa, arregimenta testemunhas de última hora (às zero e trinta da madrugada) e o procurador de serviço no tribunal de Gaia, num acto de puro ressentimento, distribui documentos que, julgo eu, deviam estar em segredo de justiça, a torto e a direito e já não só ao Dâmaso daquela estrebaria moral e pseudo jornalística da manhã. Este país parece uma casa de tia.

Entre o Freeport e o BPN eu voto no PdC.

Abraço

11 março, 2009

Petição pela gestão autónoma do Aeroporto do Norte

petição já conta com 3650 assinaturas. Faltam 350 para que o tema tenha que ser discutido em plenário na Assembleia da República.


Se ainda não assinou, faça-o agora.

Casa do Conto

Caros amigos,

Duas amigas empreendedoras, a Alexandra Grande e a Joana Couceiro, associaram-se para pôr de pé o projecto “Casa do Conto”, um espaço de “artes+residência” na Rua da Boavista, no Porto, pensado para quem quisesse visitar a cidade e conhecer melhor a sua vida cultural.

Infelizmente, um lamentável e trágico acidente ocorreu na madrugada do passado dia 6 de Março, a 15 dias da sua inauguração, e a Casa do Conto já não existe… para já.
Mas podemos lembrá-la, também no que envolvia este investimento pessoal - isto é, não subsidiado por qualquer entidade pública -, sobretudo num ano tão difícil para o fazer.

O projecto acreditava nas potencialidades do tecido histórico e cultural da cidade, fazendo disso a sua motivação temática, assim como a dos eventos que previa organizar.
Este era, afinal, um projecto “por conta e risco” próprios, e nunca esta expressão soou tão brutalmente.

Propomos, por isso, que os “Amigos” da Casa do Conto se juntem a nós no Sábado, 21 de Março – aquele que seria o dia da inauguração – num acto de apoio simbólico.
O “Amigo” Góshò (restaurante), que se associa à ideia, oferece, para isso, o seu espaço e o seu serviço a todos aqueles que quiserem manifestar esse apoio, deixar o seu testemunho ou contribuir, não importa como, para ajudar a recobrar os meios para realizar obras prementes de escoramento, cobertura e reposição de fachadas, do que remanesceu do incêndio.

Gostávamos sobretudo que passassem por lá, entre as 13h00 e as 17h00, sem qualquer obrigação, para que a Alexandra e a Joana vos possam agradecer as inúmeras chamadas e mensagens de solidariedade que lhes fizeram chegar… e, quem sabe, falarmos de um novo futuro para o projecto.
É que, pensamos, vale a pena acreditar que os inestimáveis edifícios do Porto histórico se podem reabilitar assim, deste modo voluntário e criterioso.

Para que não passe de um conto…


Um abraço

Nuno Grande, Pedro Baía, Ana Isabel Vale, Daniela Coutinho, Jorge Costa, Cristina Grande, Ana Couceiro, … 

PS. Se assim o entender, por favor, junte o seu nome a esta divulgação e reenvie este e-mail a outros eventuais “Amigos da Casa do Conto” para que possam, também eles, perceber o espírito deste projecto (www.casadoconto.com)

Contacto: info@casadoconto.com

Restaurante Góshò, Avenida da Boavista (adjacente ao Hotel Porto Palácio), 1277 www.gosho.pt

10 março, 2009

Miguel Sousa Tavares e a Bola

Já por várias vezes tenho manifestado a minha admiração pelos escritos de MST, por muito que nem sempre esteja de acordo com ele. Continuo a pensar que é uma felicidade para o FCP ter um defensor público do seu calibre.

Porém aconteceu hoje na sua crónica semanal na Bola, algo que me deixou intrigado. Em pelo menos 90 ou 95%, a crónica constitui um ataque aos promotores do Apito Dourado, referindo-se detalhadamente à "encomenda" que esse processo tem sido, como já está mais que provado. É indiscutivelmente um belíssimo artigo. Nas últimas linhas da crónica, MST refere-se a Pinto da Costa e ataca-o de "cacique provinciano" que prefere "viver rodeado de gente pequenina". É uma opinião, estamos numa democracia, e o facto de não se concordar com essas afirmações, não pode impedir MST de escrever o que pensa. A asneira é livre. Não é porém aí que quero chegar. O que me intriga é que tanto o sub-título da crónica, como a chamada na primeira página, que diz "É lamentável que Pinto da Costa prefira viver como cacique da província" estão longe de corresponder ao real conteúdo da crónica. Há aqui uma intenção deliberadamente desonesta. A pergunta que faço é saber de quem é a responsabilidade: MST ou a direcção editorial da Bola? Não acredito que tenha sido MST porque se o fez, enlouqueceu e perderá credibilidade. Acredito que tenha sido o jornal, o que de resto estaria de acordo com a sua linha anti-FCP. Mas então levanta-se aqui uma importantíssima questão. MST foi totalmente desvirtuado, por muito que tenha sido ele que efectivamente escreveu as palavras que foram transcritas na primeira página. Em minha opinião ele terá então de ter a dignidade de deixar publicamente, na próxima crónica, o seu protesto pela safadeza que lhe fizeram, e que indirectamente agride também os adeptos do seu clube. Se o não fizer, a consideração que tenho por ele, descerá significativamente.

GALLAECIA - Galiza e Norte de Portugal

Os novos pobres


A crise quando chega toca a todos, e eu já não sei se hei-de ter pena dos milhares de homens e mulheres que, por esse país, fora, todos os dias ficam sem emprego se dos infelizes gestores do BCP que, por iniciativa de alguns accionistas, poderão vir a ter o seu ganha-pão drasticamente reduzido em 50%, ou mesmo a ver extintos os por assim dizer postos de trabalho.
A triste notícia vem no DN: o presidente do Conselho Geral e de Supervisão daquele banco arrisca-se a deixar de cobrar 90 000 euros por cada reunião a que se digna estar presente e passar a receber só 45 000; por sua vez, o vice-presidente, que ganha 290 000 anuais, poderá ter que contentar-se com 145 000; e os nove vogais verão o seu salário de miséria (150 000 euros, fora as alcavalas) reduzido a 25% do do presidente. Ou seja, o BCP prepara-se para gerar 11 novos pobres, atirando ainda para o desemprego com um número indeterminado de membros do seu distinto Conselho Superior. Aconselha a prudência que o Banco Alimentar contra a Fome comece a reforçar os "stocks" de caviar e Veuve Clicquot, pois esta gente está habituada a comer bem.
(Manuel António Pina/JN)

09 março, 2009

Parados no tempo e no espaço

Quando olho para a divisão administrativa do nosso país, a sensação que tenho é que estamos parados no tempo e no espaço, cobertos por uma camada de pó com séculos, envoltos em teias de aranha que nenhum governo tem coragem ( e interesse...) de limpar. Neste aspecto não vivemos no século XXI. Mantemos uma espécie de regime imperial, com uma corte implantada na capital, numa lógica centrípta de bens e pessoas, onde os súbditos têm de se deslocar para pleitear as suas pretensões perante os notáveis da corte que, consoante a sua disposição, despacharão, favoravelmente ou não, os pedidos que lhes são apresentados. É certo que temos um Parlamento com pessoas eleitas pelo povo que, sem prejuízo da sua actividade legislativa, deveriam representar aqueles que os elegeram, junto dos poderes executivos. Todavia a Constituição imperalista que nos rege, não o permite, como não permite também a existência de partidos políticos baseados em regiões, porque tal constituiria uma ameaça ao monoteísmo político do regime imperial.

Não admira pois que vivamos num país em que a divisão administrativa vai a caminho dos dois séculos de existência. Temos Províncias e Distritos que deixaram de ter significado prático há muito tempo. A divisão em concelhos e destes em freguesias, correspondeu na época a uma determinada realidade demográfica e social, que hoje está ultrapassada, mas tudo está feito para que o imobilismo se mantenha. Andam há anos a proclamar que "o povo é quem mais ordena" mas quando esse povo pretende legitimamente constituir uma unidade administrativa própria ( Rio Tinto, Arrifana, Canas de Senhorim, Fátima, e tantas outras) esse direito é-lhes negado e, se necessário, solta-se a GNR para distribuir cacetada. Os próprios presidentes das câmaras em risco de perder extensão territorial, comportam-se no mais puro estilo colonialista-ditatorial e mandam a democracia às ortigas. São democratas só quando lhes convém. Do mesmo modo, nada está feito para viabilizar a união de concelhos diferentes, numa só unidade. A existência de Porto e Gaia( para já não falar em Matosinhos) como concelhos separados, não tem lógica e só prejudica.

Pergunto-me se haverá um dia um timoneiro corajoso e avesso à lógica de governo imperial, que dê uma vassourada nesse lixo arqueolóligo em que estamos inseridos e seja capaz de:

a - Conseguir a erradicação do princípio contitucional que obriga a que as regiões só sejam estabelecidas após aprovação em referendo nacional.

b - Acabar com Províncias e Distritos.

c - Legislar no sentido de fazer com que a criação de novos concelhos seja um processo com regras bem definidas, sem passar por resoluções casuísticas com intervenção da Assembleia da República.

d - Criar os mecanismos legais que permitam a junção de duas ou mais cidades numa única, criando uma nova divisão administrativa, tipo super-cidade (que não seria a mesma coisa que as actuais Áreas Metropolitanas) dirigida por um super-autarca.


Tudo isto é wishfull thinking ? É capaz de ser, mas só até ao dia em que apareça alguém que tome como seu o slogan Yes we can, e consiga mesmo fazê-lo.

Sobre a ERC

"ERC tem como principais atribuições e competências a regulação e supervisão dos meios de comunicação social. No exercício das suas funções, compete à ERC assegurar o respeito pelos direitos e deveres constitucional e legalmente consagrados, entre outros, a liberdade de imprensa, o direito à informação, a independência face aos poderes político e económico e o confronto das diversas correntes de opinião, fiscalizando o cumprimento das normas aplicáveis aos órgãos de comunicação social e conteúdos difundidos e promovendo o regular e eficaz funcionamento do mercado em que se inserem. A ERC figura, portanto, como um dos garantes do respeito e protecção do público, em particular o mais jovem e sensível, dos direitos, liberdades e garantias pessoais e do rigor, isenção e transparência na área da comunicação social.
De acordo com os Estatutos, este sítio irá disponibilizar todos os dados relevantes sobre a actividade da ERC, servindo igualmente de suporte e interface, não só com as entidades que com a ERC se relacionem, mas também com o público em geral."
Clique sobre o título do post para aceder ao site da
ERC
Artigo 7.º dos Estatutos da ERC
Objectivos da regulação
a alínea d) diz:
Assegurar que a informação fornecida pelos prestadores de serviços de natureza editorial se pauta por critérios de exigência e rigor jornalísticos, efectivando a responsabilidade editorial perante o público em geral dos que se encontram sujeitos à sua jurisdição, caso se mostrem violados os princípios e regras legais aplicáveis;
Nota RoP:
Temos, ou não, razão, quando afirmamos que a ERC não está a cumprir com os seus objectivos? Ou será que Rui Santos, é um jornalista rigoroso? Se é, estamos conversados...

Crepúsculo com árvores no Palácio de Cristal

Posted by Picasa

Renovar o Porto no gratuito Destak

O jornal gratuito Destak, publica às segundas feiras, uma entrevista a bloguistas dedicados à cidade do Porto.
Hoje, foi a vez do Renovar o Porto. Podem-na ler, aqui, na página quatro.

Além da RTP, há criminosos à solta, na SIC!

Chega! Alguém tem de colocar um ponto final na escalada de vilanagem que assolou a comunicação social, caso contrário, não tarda muito, vai haver sarilho, e dos grandes.
Já aqui levantei a questão, mas tenho de repeti-la. Para que serve a ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social)? O que é que anda a fazer de objectivo? Aonde está o seu responsável? Que autoridade tem ele, se não regula coisa nehuma?
É irreversível. As reservas mínimas de respeitabilidade esgotaram-se. Estamos num país de bandalhos, a honorabilidade do Estado está morta!
Perante o espectáculo degradante que nos é dado assistir, tanto na televisão privada, como na pública, de práticas jornalísticas manifestamente sectárias, provocatórias e caluniadoras, não haverá mesmo ninguém capaz de dar um murro na mesa para pôr, definitivamente, esta garotoda na ordem? Estarão mesmo à espera que haja mortos, para intervir? É assim, neste dolce fare niente, que as autoridades se querem dar ao respeito?
E o Ministério Público, de que é que está à espera para actuar, para dar um arzinho que seja, da sua graça? Deixar entrar, em flagrante delito, pela casa dentro dos portugueses (e das suas próprias), criminosos, sem lhes apresentar um mandato de captura ou sequer lhes dar um valente puxão de orelhas? Que autoridade é esta?
Não havia necessidade, senhor Procurador, mas já que V. Exa. parece andar distraído, eu vou ajudá-lo a detectar um criminoso. Chama-se Rui Santos,e trabalha para a SIC. Sim, essa mesmo estação, cujo proprietário (não me canso de dizer), foi, em péssima hora,1º. Ministro de Portugal, o senhor Pinto Balsemão.
Pois, ontem, Sr. Procurador, esse Rui Santos, esse homenzinho asqueroso, essa coisa rastejante que envergonha os vermes e que transformou o jornalismo num vergonhoso carnaval, insinuou, que os jogadores do Leixões estavam feitos para ajudar o Futebol Clube do Porto a vencer o jogo disputado no sábado! Isso mesmo. Insinuou, lançou para o ar essa suspeita sem pudor, nem o mínimo fundamento ou consideração pelos jogadores do Leixões e do FCPorto.
Então, senhor Procurador, vai Vossa Senhoria, continuar a permitir que esta coisa, parecida com um homem, sobreviva à custa de maldizer e injuriar terceiros? Vai? Será que V. Exa. a ele se compara, ou é de facto, pessoa mais elevada? É assim, apaticamente, que V. Exa. pretende contribuir para a credibilização do futebol português, ou acha que perseguindo Pinto da Costa como um troféu de caça é o suficiente?
V. Exa. desculpar-me-à, mas se não sabe destas ocorrências, faz mal, e se sabe e nada faz, ainda é pior, porque está a revelar-se inapto para o prestigiado lugar que ocupa, não estando assim a contribuir para a credibilidade das instituições democráticas,como a que V. Exa. representa.