11 abril, 2009

Joan Baez, Diamonds and Rust - Live, 1975



Versão mais antiga

JOAN BAEZ - Diamonds & Rust

E a Primavera aí está!

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Enquanto Lisboa conspira, a Europa admira!

Soy seguidor del Atlético de Madrid y tuve la suerte (o la desgracia, jejeje) de ver la eliminatoria en directo entre Atlético y Porto en el Vicente Calderón y en Do Dragão, donde el Porto le dio un auténtico baño al Atleti, pudiendo salir goleado.He de decir que no me ha sorprendido el Porto con el planteamiento y con el partidazo que se marcó ayer en Old Trafford. Es un equipo que no juega en función del rival y ayer salió a comerse al Manchester desde el minuto 1.
Me gustaría destacar el partidazo que se marcó Lucho González, siempre bien posicionado tácticamente hablando, dando salida al balón y eligiendo el pase adecuado en cada momento. Tambien como destacas, el gran partido de Fernando y de Raúl Meireles, y de su tridente ofensivo, C. "Cebolla" Rodríguez, Hulk y L. "Licha" López. Lo de Bruno Alves sólo fuen un error puntual pero que no se puede volver a repetir y buen partido de Sapunaru y sobre todo de Cissokho, que llegó a la línea de fondo más de cinco o séis veces.
Pero lo que me encanta del FC Porto es su ambición, sus ganas de ganar a cualquiera, su órden defensivo y su posicionamiento, su presión asfixiante que provoca errores del rival robando el balón muy arriba para salir con rapidez armando su contra letal, y la capacidad de terminar siempre las jugadas que inicia contra el marco rival.
Es una máquina muy bien engrasada y creo que tiene muchas posibilidades de pasar la eliminatoria, ya que para el MUFC será muy difícil ganar en Do Dragão. El Manchester tendrá que salir a ganar en Porto y los espacios que dejen atrás serán aprovechados sin duda por el Porto. Le doy un 65% vs. 35% para los Dragões en la eliminatoria sin ninguna duda.post de .......... no Axel de um blog da Marca.
[Fonte: Blogue PortodoCrime/Blogue do jornal espanhol MARCA]
NOTA:
Será possível ser-se patriota num país cujo principal elemento fracturante está na sua capital?

10 abril, 2009

John Coltrane - My Favorite Things - 1961

BOA PÁSCOA!

e cuidado com as guloseimas

Banha da cobra para a reabilitação urbana

Este post pode ler-se também aqui
Descontados os juros e o rendimento do tempo do fascismo e da descomunal largura de costas de Salazar, um facto é certo, não bastaram 35 anos para os nossos democráticos governantes encontrarem solução para os problemas da restauração urbana.
Trinta e cinco anos, reconheçamos, é "muito pouco tempo" para se encontrarem mecanismos legais de desbloqueio para assunto tão delicado, quanto mais para o resolver. Ora, como praticamente nada foi feito entretanto, é de esperar que outros 35 anos não cheguem para se fazer mais do mesmo, ou seja, zero!
No entanto, é "justo" lembrar que a supereminente intervenção governativa neste campo, teve os seus méritos em sectores específicos, como o da fastidiosa legislação. Não se pode negar, que estes senhores se fartaram de queimar as pestanas, o tempo e o [nosso] dinheiro, a inventar leis para as sobrepôrem às que já existiam, que é a melhor forma de não legislar coisa nenhuma. Somos bons e prolíferos, a conceber artefactos para a indústria da burocracia e do teatro político, há que dizê-lo.
Agora, que as eleições se avizinham, chovem notícias todos os dias com projectos de intenção para tudo e mais alguma coisa - também damos cartas nisto -, é chegado o momento de «ouro» político para nos lançarem areia para os olhos e criarem a ilusão de mais uma onda de iniciativas que não chegarão no futuro, como nunca chegaram no passado, a ser concretizadas. É chegada a hora da tradição embusteira.
O embuste do dia, é este: o Governo vai solicitar ao Parlamento autorização para legislar um novo regime de reabilitação urbana!
Como é conveniente, a coisa não está muito bem explicada, mas, ao que parece, a novel patranha visa permitir às Câmaras Municipais definir zonas de intervenção simples e zonas de intervenção sistemáticas [os termos, são convincentes], sendo que esta última facultará a possibilidade de obrigar os proprietários a fazerem obras ou a venderem os prédios a quem queira reconstruí-los, para além de se reabilitarem todas as zonas envolventes aos respectivos imóveis. Sobre a outra modalidade, respeitante às zonas de intervenção simples, pouco mais se sabe do que o "facto" de serem destinadas a um só prédio.
Feita a leitura de tão entusiasmante proposta, a única forma de sabermos se o Governo vai ou não, pôr em prática estas medidas, é a de continuarmos paciente e muito democraticamente a esperar que se passem mais 35 anos [se ainda formos vivos], para vermos se um só quarteirão da cidade do Porto estará completamente requalificado. Eu aposto singelo contra dobrado, que não, só não sei, é se ainda cá estarei para receber a aposta.
PS-Imagino que isto seja muito, mesmo muito complicado, mas mesmo assim, não entendo a dificuldade de legislar a obrigatoriedade de, os proprietários de terrenos [urbanos e rurais] e de imóveis degradados, identificarem nos respectivos locais os seus nomes e registos. Depois, colocar gente a fiscalizar os infractores, sem esquecer de controlar os fiscais. A partir daqui, seria mais fácil saber quem são os proprietários sem recursos financeiros para reabilitar os seus prédios, e os outros que estão apenas a especular. Mas, isto é muito complicado, muito complicado...

08 abril, 2009

Rui Moreira diz não a Portas

A notícia do Expresso surpreende-me e agrada-me simultaneamente.
Surpreende-me, porque por aquilo que conheço da personalidade de Rui Moreira, não estou a vê-lo num partido tão descaracterizado e ultra-conservador como é o CDS.
Agrada-me, porque vejo Rui Moreira uns substanciais furos acima do salta pocinhas e pouco recomendável Paulo Portas. Ignoro qual foi o verdadeiro motivo para Rui Moreira recusar o convite, mas saber que o recusou é já uma boa notícia.
Repito aqui o que já disse outras vezes: se Rui Moreira não quiser hipotecar o capital de confiança que tem da opinião pública portuense, terá de seleccionar criteriosamente as companhias e os partidos políticos (o que não é fácil), caso contrário pode-lhe acontecer o mesmo que ao Pinto da Costa, quando se deixou seduzir pelo "sal" da Carolina...

O canto da sereia

O que reproduzo aqui em baixo, corrobora o post anterior "Pérolas a porcos, não!":

Esta capa de A Bola não visa enaltecer o muito mérito do jogo de ontem, exaltar a alegria de 4 milhões de adeptos de vários clubes ou, sequer, criar um ambiente psicológico de incentivo e de força anímica para os desafios que se seguem.

Nada disso. Aliás, salta-se a meia-final, como se se estivesse a um passo da Final. Falaciosos da treta!

É que depois de tanta patada e de tanta filhadaputice dirigida ao FCPorto, a Bola já não engana ninguém (só os 6 milhões, mas esses gostam de ser enganados e já estão habituados).

O único desígnio de A Bola é colocar a fasquia do objectivo muito alta, no limiar do impossível, para criar mais tarde o efeito de derrota e de frustação. Aproveita agora a euforia portista que pode enevoar a habitual clarividência para lançar um objectivo que, a ser frustrado como muito provavelmente acontecerá, possa causar danos domésticos e viabilizar um último folego àquele cadáver de equipa que A Bola descaramente e sem vergonha patrocina.

Porque uma coisa é o desejo portista de chegar à Final. Coisa diferente é o realismo que nos distingue de quem acha que as coisas se resolvem em passes de mágica, sem trabalho. E coisa muito diferente é aliviar a exigência interna, como dava jeito a outros, para jogar tudo no êxito internacional. O verdadeiro portista está orgulhoso do jogo de ontem, mas percebe que a equipa esteve alguns furos acima do normal. A Equipa de Jesualdo não é tão boa assim. O jogo de ontem foi uma excepção. Uma excepção boa, saborosa, mas uma excepção. A coisa acabou empatada, como poderia ter acabado em 3-1 para qualquer dos lados. Quando existe equilíbrio, não há tendências. Qualquer resultado pode acontecer, sem que isso signifique inferioridade de uma equipa em relação a outra. Por isso, vamos esperar pela 2ª mão para sabermos se vamos ou não defrontar o Arsenal. Que, com esses sim, temos umas contas a saldar.

Entretanto, Senhor Director de A Bola, nem com cínicas aparências de portuguesismo me leva a gastar um centimo que seja num jornal seu. Para ganhar dinheiro, mais vale voltar ao costume com o Rui Costa na capa a falar das contratações da próxima época, a tal que, finalmente, é que vai ser.

Dar pérolas a porcos, não!

Não sei até que ponto os portistas, que tantas razões têm, para estar indignadíssimos com a comunicação social (na TV, a excepção, é o Porto Canal), com o entusiasmo do fabuloso jogo [e resultado], de ontem do nosso clube, foram a correr para as bancas comprar os "jornais", mas se o fizeram, fizeram mal. Não faz muito sentido, nem parece inteligente criticarmos quem passa a vida a maltratar-nos e depois, só porque ficamos eufóricos com as prestações da nossa equipa contribuir para o seu sustento adquirindo o produto do seu veneno. Hoje, bem vi as primeiras páginas dos jornais desportivos pintadas de azul, mas continuei a optar pelo Público, como é meu hábito. É, apesar de tudo, o menos sensacionalista dos diários, e tem qualidade.
Ontem, os pasquins do costume, perceberam que aumentariam as vendas a Norte com a enfatização do jogo, com as parangonas hipócritas do costume, mas de sentido contrário. O negócio dos media contemporâneos é assim, ora ultraja, ora bajula. No nosso caso, ultraja mais que bajula, mas nós não precisamos nem de uma coisa nem de outra, nós exigimos apenas uma coisa: seriedade e isenção. Coisa que normalmente não sucede. "Honra" seja feita, [uma honra sarcástica, como é evidente], o Record foi o único coerente na sua linha habitual de ódio e desprezo ao FCPorto. Pelo menos, não nos surpreendeu.
A propósito, não sei como é que Rui Moreira tem estômago para continuar a participar no programa da RTPN , "Trio de Ataque", onde invariavelmente tem de apanhar com os sermões cínicos e moralistas do António Pedro Vasconcelos. Este cineasta de meia tigela, não perde uma oportunidade para tentar conspurcar o nome do nosso clube e de Pinto da Costa. Este palhaço deve julgar-se acima de qualquer suspeita, e que o que ele pensa faz lei. Enganou-se na profissão, porque é melhor actor que cineasta.
É verdade que o futebol não é uma guerra, caro Rui Moreira, mas olhe que não parece, a avaliar pelo comportamento dos seus companheiros de painel, sobretudo o benfiquista. E se considera pessoas desse calibre como amigas, recomendo-lhe caldos de galinha e muito cuidado...
A tão mediática e badalada história da guerra Norte-Sul está, como já escrevi várias vezes, invertida. Ela existe, politica, económica e desportivamente, mas foi iniciada pelo Sul, ou mais precisamente, por Lisboa, e ainda não acabou, ela é retomada todos os dias.
Cada um sabe de si, mas eu não trataria como amigo um qualquer Vasconcelos [ainda por cima tem nome de traidor], e já teria abandonado o programa há alguns meses.
PS-Ah, as grandes loas, os elogios que ele fez ao FCPorto no jogo de ontem, não me impressionaram, souberam-me a nada.

Metro enterrado em Campo Alegre é a solução

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Por tudo quanto tenho lido sobre a Linha do Campo Alegre, parece-me óbvio que a solução mais indicada é a enterrada, por todos os inconvenientes que a alternativa à superfície comporta.
E, por favor portuenses, deixem-se de ser ingénuos com alegações da âmbito economicista ou moralista, porque Lisboa gasta (e desperdiça) à tripa forra com obras faraónicas e mal executadas, e ninguém lhes pede contas. Além disso, os custos não serão assim tão elevados quanto parece que parte daquele percurso pode ser aberto através de escavadoras.


Futebol Clube do Porto

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A dica que se segue não é para as loiras, coitadas, vítimas de um iluminado qualquer que convenceu meio mundo que a água oxigenada afectava os neurónios das mulheres com cabelos claros. Não, senhor. É, exactamente para esses fazedores de mitos, carecas, cabeludos, altos, baixos, gordos e magros, homens ou mulheres (ia incluir neste grupo a Leonor Pinhão, mas dessa não estou seguro do sexo), que gostam de inventar "sistemas", apitos e transparências com argumentos opacos. Opaco e microscópico, é aquilo que têm dentro do melão que suportam sobre os ombros.
Então, é assim: O Futebol Clube do Porto ainda não ganhou nada (nós no Porto não costumamos cantar a vitória antes do tempo), mas mais uma vez provou que é maior e melhor que o próprio país, porque se governa quase com excelência, ao contrário do país e respectivos "governantes"...
Ontem, o orgulho da nossa cidade, foi a Manchester impor um empate ao Golias do futebol mundial, e é aqui que se impõe a nossa ajuda intelectual aos criadores de mitos e conspirações:
olhem bem para o gráfico e reparem nas diferenças entre os dois clubes, em termos de receitas comerciais, de bilheteira, de direitos de TV/Champions e observem os totais:

Manchester United 324,8

Futebol Clube do Porto 54,9 (só, seis vezes menos!)
E o vencedor é.... PINTO DA COSTA!!!
Mea culpa:
Critiquei aqui Jesualdo Ferreira quando achei que o jogo que a equipa produziu durante meio campeonato, era desagradável e inseguro. Mea culpa. Hoje, dou-lhe todo o direito de me dar um valente puchão de orelhas pela minha impaciência... Mereço-o.

07 abril, 2009

A Galiza em São Paulo

http://www.crtvg.es/reproductor/inicio.asp?canal=tele&hora=07/04/2009 21:38:08&fecha=31/03/2009&arquivo=1&programa=ALALÁ&id_programa=7

(Fonte: Blogue Etnografando com letras)

O futebol é útil, para lá do golo e da bola...

... serve para:

descobrirmos a falta de coluna vertebral, de idoneidade, de higiene intelectual de alguns políticos, como Sílvio Cervan e Hermínio Loureiro (só para dar 2 exemplos). Nenhum deles me servia, nem para me abrirem a porta do carro. Eram despedidos antes de aquecerem o lugar.
No entanto, é esta canalhada que temos a querer «governar» o país... Perante este animado panorama, que podemos nós esperar do futuro?
O futebol não aliena, distrai. Mas, não ao ponto de não vermos as manobras de bastidores que se fabricam através dele. O Apito Dourado foi só um cheirinho.

"Os vencidos do apito encarnado"


NORTADA
Por Miguel Sousa Tavares
1 Como seria de esperar, Luís Filipe Vieira não perdeu tempo a dizer o que pensa sobre a consumação total da derrota que ele e o Ministério Público (MP) encaixaram nos três processos do Apito Dourado instaurados contra Pinto da Costa. E o que ele pensa é aquilo que era de prever: que uma justiça que absolve Pinto da Costa não presta, por natureza. Para o presidente do Benfica, não há que ter qualquer pudor: tanto lhe faz que alguém tenha sido sistematicamente absolvido ou nem sequer pronunciado em vários processos, tanto lhe faz a opinião unânime de todos os juízes chamados a pronunciar-se, tanto lhe faz a própria ideia de Justiça ou de Estado de Direito. Só lhe interessa o seu isento critério: haveria justiça se Pinto da Costa tivesse sido condenado; como não foi, tudo isto vale zero e é uma fantochada. Nos próximos tempos, vamos ver Vieira a percorrer as chafaricas do País insinuando que Pinto da Costa subornou cinco tribunais e nove juízes para ser declarado inocente. Mas que outra coisa seria de esperar de quem montou, de fio a pavio, a mais transparente campanha de manipulação contra um clube jamais vista?O Apito Dourado foi a Alfarrobeira do futebol português (perguntem ao João Gabriel o que foi isso). Com a diferença de que terminou melhor que Alfarrobeira: desta vez, a inveja dos medíocres não triunfou, apesar da disparidade de meios em confronto. Mercê de um extraordinário despacho do sr. Procurador-Geral, ordenando ao MP que recorra em todos os processos que Pinto da Costa ganhasse (o dr. Pinto Monteiro não paga as custas nem os custos do seu bolso...), a sentença de Gaia vai ainda ser objecto de apreciação pela Relação, mas apenas para satisfazer o despeito do dr. Pinto Monteiro e da dr.ª Maria José Morgado.
Mas o Apito está morto — como eu sempre previ que aconteceria a um processo cuja única fundamentação assentava na credibilidade de uma testemunha como Carolina Salgado, a par do desejo de, por esta via, tentar justificar a incompetência com que o Sport Lisboa e Benfica é gerido há vários anos, permitindo ao sr. Vieira manter-se no trono que tanto prazer lhe dá.Chegou a hora de passar ao contra-ataque — que eu espero que o FC Porto não perdoe — e para o qual dou aqui a minha contribuição, lembrando apenas quem são os principais vencidos desta suja querela. Ei-los.
LUIS FILIPE VIEIRA — O presidente do SL Benfica foi, como disse, o mentor principal de todo este embuste. Os objectivos eram desacreditar o mérito dos êxitos do FC Porto — cuja justiça é visível por qualquer um de boa-fé —, e dar ao próprio, na secretaria, as vitórias que se revelou incapaz de conquistar em campo, tentando levar à Europa, pela porta dos fundos e em prejuízo do Porto, a indigente equipe de futebol do Benfica que por aí se exibe à vista de todos (domingo, na Reboleira, não fosse mais uma arbitragem amiga a atrapalhar as contas do dr. Cervan, e lá teriam ficado, muito merecidamente, mais dois ou três pontitos...). Para tal, nem hesitou em lançar mão daquela que, em pleno Estádio da Luz e para vergonha dos portistas, o tinha ido insultar e a quem ele havia destratado como se lembrarão, numa declaração que fez na altura. Mostrou quais eram os seus métodos, os seus princípios e a «moralidade» que por aí anda a apregoar. O episódio da tentativa de entrar à força na Champions, marimbando-se para a tal verdade desportiva (e contando, para tal, com a prestimosa colaboração do dr. Ricardo Costa), foi o momento mais negro da história de um clube que tem inúmeras páginas de reconhecida e justa glória. Vieira foi o autor moral de três derrotas judiciais exemplares, o frustrado líder de uma conspiração ditada pela inveja e pela mediocridade. Se tivesse alguma humildade, que manifestamente não tem, meditava na lição.
CAROLINA SALGADO — A raiva de ter perdido o estatuto de Primeira Dama do FC Porto, levou-a a um exercício de vingança em que não olhou a meios e em que não se revelou diferente do que já se sabia que era. Intitulou-se escritora (do livro de cabeceira do Barbas, que nem sequer escreveu!), inspirou um filme, posou como ícone sexual para a Maxmen, imaginou-se figura do jet seis e uma mártir da justiça protegida pelos seguranças da dr.ª Morgado — e acabou indiciada como perjura. Como disse o advogado de Pinto da Costa, foi usada, utilizada, abusada. E agora a má notícia: como deixou de ter utilidade, vai ser deitada fora. Até porque nunca se sabe se alguém não resolve investigar a fundo as suas motivações outras e não acaba por se tornar perigosa para quem a inventou.
LEONOR PINHÃO — Felícia Cabrita escreveu no SOL (sem nunca ter sido desmentida) que, nos primórdios do Apito, Leonor Pinhão se reuniu num hotel de Lisboa com Carolina Salgado, Luís Filipe Vieira e dois agentes da PJ que tinham o processo a cargo — uma eloquente reunião que desde logo fazia prever o tipo de investigação que aí vinha. Desde o início, que a minha distinta colega de opinião neste jornal assumiu entusiasticamente o papel de criadora da criatura, indo ao ponto de escrever o guião de um filme baseado nas verdades da d.ª Carolina que não se preocupou minimamente em confirmar. O ódio ao FC Porto cegou-a, chegando a escrever aqui que «detalhes» como o «nexo de causalidade» num suposto crime de corrupção não interessavam nada. E onde estão as vitórias do Benfica, desde o Apito?
PINTO MONTEIRO — Um dia depois de ter tomado posse como Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro declarou que ia ler o livro de Carolina e abrir investigações com base no que lá estaria — como se fosse o caso mais importante que tinha encontrado. Depois, nomeou um dream-team com a missão única de caçar Pinto da Costa, sem olhar a meios ou despesas. Enfim, na iminência da derrota total, teve ainda o desplante de declarar que nada ficaria na mesma depois do Apito, pois tinha conseguido incomodar e assustar... os inocentes. Nada deveria ficar na mesma, de facto. E, atendendo não só ao desfecho do Apito, mas ao desastre absoluto que tem sido a sua gestão à frente do MP em tudo o resto, há uma coisa pelo menos que, houvesse pudor, deveria mudar: ele próprio.
MARIA JOSÉ MORGADO — A estrela do MP nem por um instante se deu ao incómodo de fingir que o objectivo do Apito era apurar se havia corrupção no futebol português. Fixou-se num único alvo e conduziu, contra todas as evidências e contra todos os deveres da função, uma campanha ad hominem, na qual gastou milhões de euros aos contribuintes, ancorando-se unicamente no testemunho de alguém que não lhe poderia merecer credibilidade alguma. E, quando tanto se fala em pressões e independência dos magistrados do MP, ela obrigou-os a reabrir processos arquivados, a acusar sem convicção, a recorrer sem fundamento. No limite, por sua ordem ou não, permitiu que o MP lançasse mão do mais indecoroso expediente que jamais vi num tribunal criminal, aliciando uma testemunha da defesa durante o próprio julgamento e arrancando-lhe, altas horas da madrugada, uma declaração escrita em que dizia que tinha andado a mentir durante dois anos. Para mim, o prestígio da senhora, conquistado a duras penas, morreu aqui e com ele afundou-se ainda mais no abismo onde hoje vegeta o prestígio do próprio MP.
RICARDO COSTA E O CD DA LIGA — Num último acesso de raiva e num tirar definitivo da máscara, o dr. Ricardo Costa e os seus pares do CD, escolheram a véspera da leitura da sentença que sabiam que só podia absolver Pinto da Costa, para se lembrarem de aplicar a Lisandro o mais vergonhoso castigo que alguma vez saiu da imaginação daquelas descontroladas cabeças. Estiveram à beira de conseguir tirar da Europa o único clube que prestigia Portugal e que merece lá estar, condenaram por invocada tentativa de corrupção o presidente do FC Porto a dois anos de suspensão (e de silêncio!), e tudo com base em fundamentos e provas que cinco tribunais comuns reduziram a pó e a má-fé. E agora, dr. Ricardo Costa, o seu belo palavreado pseudo-juridico também vai decretar que todos os juízes estavam feitos com Pinto da Costa? Saia, homem: a vida não é a feijões!2 E, como o futebol se joga no campo, o FC Porto foi a Guimarães, com tudo contra si (Lisandro castigado pelo dr. Costa pelo crime de ter sofrido um penalty não assinalado, outros ausentes por cansaço, autocarro apedrejado, ambiente de intimidação, festival de pancadaria no Hulk (como táctica dos da casa e perante a complacência criminosa do árbitro), e deu mais um banho de bola e uma lição de verdade desportiva às pretensões justicialistas dos Vieiras, Salgados e Morgados, Costas e demais. Ora, chorem.Hoje à noite, em Old Trafford, a missão é quase impossível, face à maior potência desportiva e financeira do futebol, campeão europeu e mundial em título. Mas estes jogadores têm uma fibra e uma coragem para os grandes momentos que nos levam a acreditar até ao fim. Só espero duas coisas: que o Helton não ofereça um ou dois golos (já em Guimarães voltou a tentar), e que o Cristiano Ronaldo de logo à noite seja o da Selecção e não o do Manchester: aquele que falha golos fáceis, joga pouco ou nada e acha que os colegas é que atrapalham.
Nota RoP:
É fastidioso, eu sei, mas para memória futura, convém acrescentar a esta lista de cobardes e conspiradores, a comunicação social, que foi aparando estas jogadas de modo sectário e cumplíce, como agora disso faz prova a irrelevância que dão à inocência de Pinto da Costa.
A estes, somam-se o senhor Joaquim Oliveira (dono da Controlinveste), todos os políticos ditos portistas e não portistas, que se mantiveram caladinhos como ratos a assistir a este degradante espectáculo de linchamento medieval, sem uma palavra de indignação ou solidariedade para com o (falido) troféu de caça, chamado Pinto da Costa e respectiva coutada, chamada Futebol Clube do Porto, que é o mesmo que dizer: cidade do Porto!
PS-Os nomes dos conspiradores escritos a vermelho, não estão dessa côr por acaso. Quer mesmo afirmar, e não insinuar, que todos eles estão comprometidos com o Benfica.

Inner City

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06 abril, 2009

Três tópicos para o debate sobre a Regionalização

Um primeiro esclarecimento pode muito bem ser o de que a Regionalização não é uma “teimosia” de alguns, mas uma peça fundamental para a construção de um Estado Democrático que garanta a participação dos cidadãos na decisão dos seus interesses locais, regionais e nacionais.
Em termos locais e nacionais já dispomos actualmente de instrumentos de participação (podem não ser os melhores, nem suficientes, mas isso é conversa para outra altura…) mas os assuntos regionais têm andado a ser assumidos por quem não foi democraticamente mandatado para tal.
As “Comissões de Coordenação”, as “Regiões Plano”, as “Comunidades Urbanas”, as “Associações de Municípios”, etc, não têm nada a ver com a instituição das Regiões Administrativas previstas na CRP. Podem andar a servir para escamotear a realidade e dar a impressão de que vivemos num sistema político descentralizado, mas não passam de instrumentos do Poder Central, ou do Poder Municipal, sem a legitimidade democrática concedida pelo voto dos cidadãos.
Já é tempo de dizer isto de forma muito clara e de acabar de uma vez por todas com as tentativas de construir uma regionalização de gabinete que será apresentada como inevitável, mas que, no fundo, é feita “à medida” dos interesses de alguns.
O referendo que se decidiu fazer sobre a Regionalização, mais do que um erro, foi uma estratégia para adiar o processo. A verdade é que o País votou contra a própria Constituição e, no entanto, apesar de já ter sido revista depois desse referendo, ela continua a definir a instituição das Regiões Administrativas como uma peça fundamental para a construção do Poder Local. Não será isto um contra-senso que os políticos e os constitucionalistas deveriam explicar melhor ao País?
Um segundo esclarecimento que se impõe diz respeito às atribuições das Regiões Administrativas previstas na CRP.
Isto pode parecer um lugar comum, mas é quase certo que a maioria dos portugueses desconhece essas atribuições e tem no seu imaginário outra realidade, talvez aquela que leva alguns a acenar com o fantasma da unidade nacional, como se a descentralização política e a participação das regiões na elaboração dos planos nacionais constituísse um obstáculo à Democracia.
A História prova que a realidade é bem diferente. Um Estado centralista apresenta mais perigos, pois pode facilmente passar a autoritário e daí a totalitário vai um passo.
Mas as Regiões Administrativas não terão sequer as atribuições das autonomias atlânticas, ou as conhecidas noutros países, como em Espanha. Contudo, serão responsáveis pela elaboração de planos regionais, uma peça fundamental para a diminuição das assimetrias de desenvolvimento com que nos debatemos e prioritária para estabelecer com legitimidade democrática a ponte entre o poder central e o poder municipal.
É este mecanismo que explica, por exemplo, porque é que em termos constitucionais existe uma correlação de organização e atribuições dos órgãos políticos: executivo municipal, junta regional, governo; assembleia municipal, assembleia regional, assembleia da república.
A realidade que vivemos é um verdadeiro paradoxo: defendemos a Democracia, o Pluralismo e a Descentralização, mas vivemos num contexto prático de Centralismo Democrático, ou seja, o Poder Central, personificado no Governo (mas não só…) pode ouvir opiniões, nomeadamente das estruturas representativas dos municípios, mas elabora os planos sem a participação das Regiões Administrativas, pois estas não existem! Na prática, decide sozinho. Os resultados das últimas décadas estão à vista! Veja-se, a este propósito, o que dizem os artigos 91º, 3., 199º, a) e 258º da CRP.
Naturalmente que as ideias aqui apresentadas são apenas uma pequena parte do que se pode retirar de uma análise mais aprofundada da CRP acerca da Regionalização, percebendo-se melhor o que se quer dizer quando se fala de imperativo nacional.
Contudo, parece importante não terminar este modesto contributo sem deixar um último alerta àqueles que estão empenhados em não deixar cair no esquecimento a obrigatoriedade constitucional da Regionalização, relacionado com a discussão das divisões geográficas que determinarão o número de Regiões Administrativas a criar.
Como toda a gente, também nós temos um mapa das regiões na cabeça. Mas a experiência do desaire do referendo mostrou-nos que começar por aí é um grave erro estratégico. O fundamental é que os cidadãos percebam o que são as Regiões Administrativas, como são constituídas, quais as suas atribuições e em que medida a sua existência contribui para o desenvolvimento do País.
A questão das delimitações das Regiões Administrativas é incontornável, mas não será mais fácil criar uma opinião esclarecida sobre esta ou aquela hipótese depois de se perceber o que é que está em causa?
Apresentar vários mapas de divisão regional sem explicar o porquê, as vantagens e as desvantagens, contribuirá para ganhar adeptos da Regionalização, ou levará a generalidade das pessoas, mais uma vez, a considerar que o assunto é para os “especialistas” e lá chegará, na hora certa, quem lhes diga como é que vão votar?
Aqui ficam muitas perguntas e poucas respostas, mas a firme convicção de que a cultura democrática nasce do debate das ideias e das opiniões e será tanto mais transformadora quanto maior for o número de participantes. E como dissemos, nós também temos um mapa e nesse mapa existe uma Região que se chama Trás-os-Montes e Alto Douro. Mas uma coisa é certa: o mapa que está na nossa cabeça não servirá de nada se o País nem sequer aceitar que se criem Regiões Administrativas!
F. Lopes
[do blogue Regionaização]

«Nós, na Europa»

Sou um português típico. Como já devem ter reparado, sou um tipo altamente sugestionável. Basta-me ouvir um qualquer bem falante [daqueles que têm o dom da palavra e se esforçam por parecer as pessoas mais sérias do mundo], que fico logo rendido à prosápia. Tivesse eu o dinheiro que a RTP nos rouba para nos atacar, como ataca a cidade do Porto, o PdC, e o FCP, e pagar-lhes-ia um balúrdio, mais do que já lhes paga, só para os ouvir e aprender qualquer coisa. Como não tenho, contento-me com o supremo prazer de os ouvir.
A propósito, não sei se já repararam nos painéis publicitários que começam a aparecer um pouco por toda a cidade a anunciar a bazófia politiqueira do costume. Se ainda não repararam, recomendo um, que me foi particularmente sensível. Era do PS, mas podia ser de outro partido qualquer. Tinha a fotografia do ex-comunista Vital Moreira, e dizia isto: "Nós, na Europa". Singelo e profundo, como exige um português típico como eu.
O que me ocorreu logo, talvez por culpa das minhas limitadas aptidões intelectuais [nem todos podem ser Pachecos Pereiras], foi um órgulhoso [o "ó" agudo, é para lhe dar um toque de cosmopolitismo e classe alfacinha] sentimento de pertença à Europa, esse nobre continente onde impera a sabedoria, a qualidade de vida, mas da qual Portugal nunca soube (ou quis) fazer parte no que ela tem de melhor. "Nós, na Europa"! Que requinte, que afirmação de esperança sublime! Assim, não resisto, fiquei rendido. Acho que já votei no PS antes mesmo de ir votar, e que até já me esqueci do cuspe que, através da televisão do Estado [e não só], tem lançado à cidade do Porto.
Depois, há outra coisa. Agora, começam a falar de Regionalização. E se falam, não pensemos que é por falar, ou por essa minudência da aproximação de eleições. Nem pensar, credo! É mesmo a sério, porque agora, estão determinados em ir para a frente com a reforma administrativa do território, nem que seja daqui a vinte anos! Mas, vão! E não comecem já a fazer perguntas disparatadas, a questionar porque é que estiveram estes anos no «poleiro» mudos e quedos, porque os afazeres são tantos que não sobra tempo para ninharias. Já nos esquecemos dos cansativos serões no Prós e Contras? Dos debates na SIC Notícias e na RTPN (éne de Notícias)? Já limpamos da memória os grandes problemas do país que ali foram resolvidos? Sejamos compreensivos, bolas, não pode haver tempo para tudo e um homem não é de ferro!
Está decidido, vou votar PS! Só mudo a decisão se o PSD ou outro qualquer partido conseguir ser mais original na propaganda política. Fica aqui prometido. Se descobrir um painel a dizer: "Um euromilhões para cada português", mudo imediatamente o sentido do meu voto. Pronto. Eu avisei que era um português típico, não avisei?

05 abril, 2009

O preço da infâmia

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A balbúrdia instalada neste canto miserável do planeta é tamanha que já ninguém consegue separar o trigo do joio, ou seja, ninguém é capaz de saber ao certo quem fala verdade e quem mente. Mais. A impressão que o tempo vem reforçando com desprezível vigor é que, em matéria de seriedade, ninguém está totalmente inocente.
É, principalmente através dos jornais, que os cidadãos tomam conhecimento de factos como o Freeport e podem retirar as devidas ilações, estando porém condicionadas pela credibilidade do orgão que os transmitem. Este é outro problema sobre os demais. Ainda há, apesar de tudo, jornais mais credíveis que outros, mas nem mesmo assim os podemos ler sem recorrer a uma prudente inspecção crítica.
Passamos estes últimos anos a ser espectadores pouco mais que passivos de uma das maiores conspirações da vida social do país, onde tudo se fez e inventou, para derrubar um clube de futebol através do seu timoneiro. Mesmo os mais cautelosos adeptos e admiradores de Pinto da Costa, tiveram dificuldade em se convencerem dos elementos acusatórios que choviam de todo o lado* contra ele. A parra era sempre mais farta que a uva, e estas quase sempre mirradas e sem sumo que a justificasse. De difamação em difamação, corroborada marginalmente por pessoas de cuja responsabilidade se exigia a máxima sobriedade e isenção, as terríveis suspeitas incessantemente propagadas foram-se diluindo em pouco mais que ruídos residuais.
Simultaneamente, nos bastidores do poder político e económico, outros protagonistas, com outras responsabilidades, aproveitavam a boleia persecutória sobre o virtual «D. Corleone» portista, para matar dois coelhos de uma só cajadada: permitiam que a caça ao Homem prosseguisse, esperançados que a vítima fosse abatida e que o clube do regime tirasse disso partido (o Benfica), ao mesmo tempo que iam movendo altas influências no sentido de orientarem, no segredo dos Deuses, mas faustosamente, as suas vidas privadas. Só que, o tiro saiu-lhes pela culatra, e a montanha acabou por parir, não o rato que esperavam, mas outros, bem diferentes e com maiores responsabilidades ... A montanha, afinal, está a parir sim, ratazanas, mas dos escombros da política.
Começamos finalmente a ter consciência, que o filme que o Botelho pariu, além de medíocre, devia ter cenários sulistas, com destaque para o estuário do Tejo e outro tipo de protagonistas, com mais status, para ter algum sucesso, a Norte e até, quem sabe, em todos os pontos cardeais do país...
Mas, no fim desta salada russa de intrigas, de compadrios, acusações, de informação contra-informada, resta algo de confrangedor e sórdido, que é a inevitabilidade do público meter tudo no mesmo saco e misturar os verdadeiros corruptos com simples homens de valor, como Pinto da Costa é. Efectiva e merecidamente.
* da Central de desinformação lisboeta