07 agosto, 2009

porque hoje é sexta-feira




o vídeo é pobre, a música é boa [para "embalagem de damas", como se dizia outrora...]

Sobre desemprego e reabilitação urbana...

...leiam aqui, por favor, no sítio apropriado.

Graffiti

Parece que a C.M.Porto tomou a iniciativa de começar a limpar os grafitos que enxameiam quase tudo quanto é parede nesta abandalhada cidade. Em princípio parece uma boa ideia, só que é manifestamente insuficiente porquanto tem efeitos pouco duradouros: os grafiteiros atacarão novamente. Que o diga, por exemplo, a dependência do Millennium situada em Cedofeita, junto a Carlos alberto, onde há dois dias vi estacionada uma carrinha de uma empresa de limpezas exteriores, junto à qual um funcionário se afadigava a tentar limpar os "trabalhos artísticos" que sujavam totalmente a montra e a porta da referida dependência bancária. Na rua de Cedofeita notei que muita coisa tinha sido limpa, mas a rua continua suja. Possivelmente os "artistas" por lá passaram depois da limpeza da câmara.

Isto é uma autêntica teia de Penélope: limpa-se por um lado, suja-se pelo outro, numa infindável luta de teimosias da qual os vencedores serão fatalmente os grafiteiros.

A solução tem de passar forçosamente por outras vias, aceitando-se antecipadamente que os grafitos nunca serão totalmente eliminados. Penso que o problema é já suficientemente relevante, no sentido de merecer uma estratégia comum e concertada, pelo menos entre as autarquias do Grande Porto e as autoridades policiais. Compreendo que estas tenham as suas prioridades, e que nelas a acção anti-grafitos esteja bastante no fundo da lista. Todavia é essencial a sua participação. A polícia sabe forçosamente muita coisa através do seu sistema de informações, e não tenho qualquer dúvida que, se o quisesse, poderia reprimir 90% das actividades. Impõe-se uma estrita "tolerância zero", a começar pela sociedade civil. Espero que não se deixem impressionar pelos nomes bonitos dados a este vandalismo - tags, stencils, graffiti - nem por argumentos pseudo-artísticos que mais não querem que justificar e incentivar aquilo que é maioritariamente vandalismo com destruição da propriedade. Aceito que alguns poucos grafitos tenham um mínimo de qualidade artística, mas o locais escolhidos são errados, excepto obviamente nos casos em que haja a concordância do proprietário dos locais pintados.

Uma candidata diferente

A candidata independente à Câmara de Valongo, Maria José Azevedo [na foto], teve uma atitude, no mínimo, de auto-confiança, para não dizer [no máximo], de coragem, que foi a de registar em Notário as promessas que fará durante a campanha eleitoral. Demagogia? Veremos.
Cada vez estou mais convencido de que, neste sistema político atrofiante, se alguém quer fazer alguma coisa de jeito [não muito, isso é impossível], pelas populações da autarquia a que concorre, é como «independente». É claro, que será sempre uma independência «dependente» mas, antes isso, do que ser mais uma "yes man" para obedecer caninamente às ordens do Grande Chefe e dos interesses dos aparelhos partidários. Acho que esta mulher tem fibra.

A requalificação do Pavilhão dos Desportos [Rosa Mota]

Como sabem, não costumo poupar adjectivos ao oportunismo e à incompetência, quer ela venha da área pública ou privada. No entanto, pelo meio, convirá sempre ter o cuidado de ponderar sobre a pressa com que às vezes fazemos as críticas.

A propósito da recente polémica com as obras de requalificação do Pavilhão Rosa Mota e o edifício que lhe será anexado para realização de conferências*, estou algo dividido. Se me perguntarem se entre deitar abaixo um mamarracho de cimento e uma árvore centenária qual é a minha opção, sou fervorosamente a favor da preservação da árvore. Isto, como é evidente, se ela não beliscar com a segurança e o interesse públicos.

Porém, manda o bom senso fugirmos de posições demasiado fundamentalistas. É claro que a história diz-nos que temos todas as razões e mais uma, para desconfiarmos das obras públicas em Portugal, já que os projectos ficam quase sempre aquém das expectativas e [por ironia], os preços, escandalosamente além do orçamentado...

Vou só dar um exemplo de como não devemos ter pressa no "bota-abaixismo". Todos devemos estar lembrados do chinfrim que causou o anúncio da construção dos molhes para a navegabilidade da barra do Douro. Escreveu-se muito sobre o assunto e até se assinaram petições para tentar impedir a construção da obra, entre outras razões pelo impacto negativo que supostamente provocaria na paisagem do local, mas o que é facto é que os molhes estão construídas e até hoje, ainda não ouvi ninguém queixar-se. E ainda bem, porque é sinal que não agride a nossa sensibilidade visual e que trará [esperamos] os benefícios para os quais foi concebida.

É com a mesma apreensão que vejo as críticas exacerbadas à construção do tal edifício junto ao Pavilhão dos Desportos e a consequente demolição do lago e o abate de algumas árvores. Eu tenho um respeito enorme pelo arvoredo, mas há casos que se pode justificar o abate de uma ou outra, desde que devidamente fundamentados, que foi o que não aconteceu com o jardim da Avenida dos Aliados, por ser completamente disparatada a construção ali de uma estação de Metro tendo outra tão perto [a da Trindade]. Já no Marquês de Pombal teve mesmo que ser e ainda se conservaram algumas. A Câmara é que não quer saber do jardim para nada, porque está muito mal arranjado [mas isso, é outra conversa]...

José Carlos Loureiro, o mesmo arquitecto que construiu o magnífico Pavilhão dos Desportos, - à custa do sacrifício do Palácio de Cristal, e isso é que já custa entender -, é quem terá a responsabilidade de elaborar o novo projecto, e não me parece justo estar agora a desconfiar-se das suas competências. O que me parece errado em situações deste género, é que não seja previamente dado conhecimento público dos projectos [com imagens virtuais e em várias perspectivas, por exemplo] de forma a esclarecer as pessoas e a atenuar a tendência para a crítica apressada. Com a tecnologia das novas ferramentas informáticas, penso que não seria caro nem complicado fornecer aos cidadãos uma ideia aproximada de como ficará a obra depois de concluída, com a inclusão das árvores plantadas e das deslocadas. Assim se evitariam polémicas estéreis e se trabalharia melhor.

*neste particular [da realização de conferências, de trazer muita gente ao Porto, etc.], permitam-me que ponha as minhas sérias reservas, sobretudo se o promotor destes eventos fôr o actual Presidente da Câmara. Se quando a obra estiver concluída tivermos o azar de ter o mesmo Presidente, então o mais indicado será destinar o novo espaço para um Tribunal de Conflitos, só para os problemas de Rui Rio...

Também eu...

Bartoon [e Luís Afonso/Público]

05 agosto, 2009

"Corrida aos tachos"

O Jornal de Notícias, de onde retirei esta coluna, deu-lhe o nome erótico de "Confrontos Quentes". Eu, como o título do post sugere, optei por um estilo mais pró desportivo-gastronómico. Não que tenha alguma coisa contra o erotismo, mas porque, penso que, o que todos estes cavalheiros querem mesmo, é correr atrás dos tachos. Não é de certeza porque passem fome, descansem, é porque são gulosos insaciáveis.
De Lisboa nem quero falar, porque me enoja. Das outras cidades, apreciem bem se faz algum sentido para os cidadãos eleitores estes "pas de deux" ordinários:
PORTO
Alberto Martins, do PS, natural de Guimarães, vai concorrer para a lista do Porto com o portuense Aguiar Branco, que é unha e carne com a anti-regionalista M.F.Leite [promissor...]
BRAGA
António José Seguro, de Castelo Branco vai para a cidade dos bispos, bater-se com o alfacinha João de Deus Pinheiro [faz todo o sentido]
AVEIRO
Maria de Belém Roseiro, nascida e criada no Porto, diz que é na Ria que se sente como enguia [até rima e tudo], vai esgrimir o lugar com Couto dos Santos, natural de Esposende, com experiencia na pesca à lampreia.
Clicar imagem p/ ler
PS.
Ainda acham que estas pessoas estão mesmo interessadas em trabalhar para o povo e em nome do povo?

À atenção da Direcção do FCPorto

Considerando as ocorrências da última época, pautadas pela mais feroz e obscena conspiração contra o FCPorto a que o futebol nacional jamais assistiu, urdida por dois clubes de Lisboa [benfica e sporting], e um do Norte [vitória de guimarães], com a cobarde colaboração de alguns dos seus filiados, na LPF e na FPF, propunha que a partir desta época, inclusivé, se fizesse o seguinte:
  • 1 Minuto de silêncio, em homenagem à Justiça do Tribunal Arbitral do Desporto, Contra a Conspiração, sempre que o FCPorto disputasse jogos a 15 de Setembro e a 4 de Agosto.

Histórico das datas de homenagem

15 de Setembro de 2008

TAS iliba FC Porto e arrasa Apito Final. A fundamentação da sentença de 15 de Julho é duríssima com a UEFA e defende que nem a Comissão Disciplinar, nem o CJ provam actos ilícitos.

04 de Agosto de 2009

UEFA encerra a investigação contra o FC Porto por alegada tentativa de corrupção de árbitros em Portugal e confirma a presença dos tetracampeões na edição desta época da Liga dos Campeões.

04 agosto, 2009

Eles (os senhores políticos) lamentam, lamentam...e nós choramos

DISTRITO DE BRAGANÇA EM PROCESSO DE DESERTIFICAÇÃO
Oposição diz que a perda de um deputado no distrito de Bragança é culpa de PS e PSD
O distrito de Bragança vai perder um deputado na Assembleia da República já nas próximas legislativas e a culpa é do PS. Pelo menos, é a opinião de toda a oposição.Luís Vale, líder distrital do Bloco, considera que este é o reflexo de um longo processo de desertificação pela falta de investimento no distrito.“Não é mais do que o resultado de um longo processo de política e atitude perante a região por parte dos poderes centrais.
Ao longo dos anos tem sido mais do que um partido a contribuir para que esta região continue em perda”, diz, assumindo que “assim, fica mais difícil conseguir eleger um deputado”.Também a CDU, através do coordenador distrital, José Brinquete, responsabiliza o PS e o PSD pela falta de políticas de desenvolvimento para o distrito, nas últimas décadas.“Quem deve estar muito satisfeito é o PS e o PSD que têm vindo a desenvolver políticas de desertificação humana profundas e a expulsar os cidadãos aqui da nossa terra.
Todas estas décadas de falta de investimento público, de criação de postos de trabalho e destruição dos postos de trabalho que temos, levou a que só tenhamos três deputados”, disse.
O CDS/PP considera que os dois maiores partidos nacionais são os principais responsáveis por esta situação pela ausência de políticas que ajudem a fixar a população.Nuno Sousa, da distrital do CDS/PP e cabeça de lista às próximas legislativas não tem dúvidas que esta redução de deputados é mais um constrangimento para os partidos com menor expressão.“Naturalmente que esta diminuição é constrangimento às forças políticas de menor expressão”, comentou, assegurando que o CDS/PP vai a eleições “com a mesma capacidade de luta” independentemente do número de deputados.
Já o PSD considera que esta perda de um deputado demonstra uma desertificação que se acentuou nos últimos quatro anos e Adão Silva, líder distrital dos laranjas diz que os próximos três deputados eleitos ficam com responsabilidades acrescidas de defenderem o distrito.“Vem demonstrar uma desertificação do distrito de Bragança se acentuou nos últimos quatro anos e lançar um aviso.
Cuidado porque o processo de desertificação pode continuar e chegar à situação do distrito de Portalegre” que já só tem dois deputados. Adão Silva considera ainda que agora, os três que forem eleitos “vão ter mais responsabilidades”.Finalmente, o PS lamenta a perda de um deputado, mas não considera que seja o reflexo da falta de investimento na região.Mota Andrade, líder da federação distrital dos socialistas, diz que se trata de um fenómeno global de litoralização.“Obviamente que não é bom para a região e para o distrito de Bragança em particular”, começa por dizer Mota Andrade, que defende o PS das acusações dos outros partidos. “Não é fruto das políticas de investimento porque nos últimos anos tem havido bastante investimento no interior. É um fenómeno mundial, de litoralização”, disse, dando o exemplo de Castelo Branco, como um distrito que “tem tido muito investimento” mas que também perdeu, tal como Lisboa. “Ganham os distritos que têm mais gente jovem, que são Porto, Aveiro e Braga”, conclui.
São as reacções dos líderes distritais dos partidos políticos depois de se saber que Bragança vai ficar apenas com a representação de três deputados na Assembleia da República.
[Fonte: Blogue Regionalização]

Antero Henriques in O JOGO...

... e a conexação com o que afirmámos aqui

Resumindo, o FC Porto termina a pré-época sem razões de queixa?

"Não é bem assim. Há algumas coisas que não entendemos. Por exemplo, tenho de manifestar estranheza pelo facto de a RTP, consecutivamente, colocar o FC Porto em terceiro lugar nos alinhamentos televisivos. Ou querem premiar a mediocridade ou então está em causa o interesse pessoal de algum responsável em particular. E esta é uma situação preocupante por se tratar da estação pública. Quando falamos de estações privadas falamos de objectivos comerciais e de políticas editoriais que são avaliadas pelo mercado, mas essa não pode ser a atitude da televisão pública, onde a isenção e a equidistância devem ser a regra. Pelos vistos não são e nós gostávamos de saber porquê."
OBS.
Mas, não é só a RTP, caro Antero, são todas as estações de TV de Lisboa! As privadas, por serem privadas, estarão isentas de trabalhar seriamente? Será mesmo argumento a levar em conta? Bem, se assim for, que tal fazermos um boicote à publicidade que lhes tem sido paga pelas empresas do Norte, e passarmos a publicitar os nossos produtos na TVGaliza e em Portugal em exclusivo para o Porto Canal? Por que não? A IKEA, por exemplo tem muitos clientes espanhóis, se for publicitada na Galiza ainda terá muitos mais. Ao que consta, até parece que está a precisar de gerar receitas... Senhores empresários do Norte, de que estão à espera?
Tanta gente a dar sugestões para irmos à luta [em vez de choraramos, como alguns melros dizem], então que tal começar por aqui? Haverá tom...tes para isso?

E assim se faz Portugal

Pinto Monteiro felicita Ministério Público
PGR diz que "sentimento de impunidade está a acabar"
[Fonte: PÚBLICO]

Depois de conhecida a sentença do Tribunal de Sintra aplicada a Isaltino Morais, o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, felicitou o “trabalho” do Ministério Público.Em declaração ao PÚBLICO, Pinto Monteiro diz que “como se vai comprovando, a justiça funciona e o sentimento de impunidade que existia em certos sectores está a acabar”. Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, foi hoje condenado a sete anos de prisão efectiva e a perda de mandato. O Tribunal de Sintra deu como provada a culpa do autarca em quatro crimes: fraude fiscal; abuso de poder; corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. E condenou-o a pagar uma indemnização de 463 mil euros ao Estado.O mesmo tribunal absolveu o autarca de um crime de participação económica em negócio e de outros dois crimes de corrupção passiva. A sentença será suspensa porque Isaltino Morais já apresentou recurso. À saída do tribunal fez saber que não pretende desistir da sua recandidatura ao cargo de presidente da câmara de Oeiras. "Vamos a votos", afirmou.
RoP
[comentário]
Gostava de acreditar nas palavras do Sr. Procurador, mas continuarei a manter sérias reservas em relação a estes julgamentos enquanto se parecerem com uma espécie de carne para canhão para fazerem esquecer ou branquear destacadas figuras com mais poder e influência que Isaltino Morais. Não estou a dizer que não deva ser condenado. Deve. Porque foram encontradas provas suficientes para tal. Mas a sensação com que ficamos é que a Justiça precisa de seleccionar algumas figuras conhecidas para proteger outras.
Temos o caso "Casa Pia" que se arrasta há oito anos nos tribunais, onde tudo continua por esclarecer, com sucessivos adiamentos, com os presumíveis pedófilos [criminosos] em regime de liberdade condicional que continuam a fazer uma vida aparentemente normal. Alguns, dão entrevistas para os jornais e televisões como se fossem pessoas altamente respeitáveis e o senhor Procurador não abre a boca sobre o assunto. Nada!
Dias Loureiro, foi manifestamente protegido pelo Cavaco até onde foi possível [o que não abona nada ao prestígio de um PR], e tudo aponta para que o bode expiatório tenha sido aquele homem doente que foi preso e levado à comissão de inquérito da AR acompanhado por guardas armados. Vamos lá ver se as minhas suspeitas têm um carácter tão "populista" como têm as do caso Casa Pia, que se limita a basear-se em factos concretos e não na minha imaginação.
Vale e Azevedo, continua a tratar a Procuradoria com o mesmo respeito que se tem por um bordel. Ri-se, goza nas barbas do país e da Justiça e lá vai fazendo a sua vida como se fosse o cidadão mais respeitável do planeta.
Luís Filipe Vieira, continua sem revelar as fontes do seu enriquecimento nem a origem dos fundos de capital para comprar jogadores caríssimos para um clube que está cheio de dívidas e sem receitas significativas da vendas de activos. O senhor Procurador e a Sra. D. Maria José, que tanto gostam de mostrar serviço com falsos trunfos noutros casos, neste, andam completamente distraídos. Se não andam, parecem...
ps-Dica gratuita: ontem chegou ao Aeroporto da Portela uma avião da Venezuela com toneladas de estupefacientes e seria importante que as autoridades passassem a dar informações públicas específicas sobre o eventual destino dessa criminosa fonte de capital. Até ver, as únicas e vagas informações que vamos tendo, limita-se à identificação do país ou região para onde se destinava a droga. Mas, às vezes, nem isso...

03 agosto, 2009

A pouca-vergonha continua...

Devem lembrar-se da declaração, há uns tempos atrás, de um professor universitário salvo erro do Instituto Superior Técnico de Lisboa, que afirmava a conveniência de criar uma espécie de super-área metropolitana de Lisboa abrangendo uma população de qualquer coisa como 5 milhões de habitantes. Creio ter feito na altura um comentário rápido neste blogue, mas sempre pensei que se tratava apenas dum delírio mental de um isolado apaniguado da doutrina de que o país deve concentrar-se em Lisboa/Vale do Tejo, com o consequente abandono e desertificação do restante território. Por outras palavras, não tomei aquilo a sério.

Enganei-me. Com a criação da Sociedade do Arco Ribeiro Sul S.A., com a aprovação em Conselho de Ministros do seu plano estratégico, e com a sessão de apresentação solene do projecto, a que assistiu o próprio Sócrates, fica provado que afinal existe uma ameaça real para o país, pois se intensifica a política de concentração de investimentos maciços na A.M.Lisboa.

Desta vez são 520 milhões de Euros para recuperar três áreas na margem sul do Tejo(Siderurgia Nacional, Quimiparque, Margueira). Mas a coisa não fica por aí porquanto se deduz, pelo que foi afirmado na sessão solene, que estes 520 milhões são apenas o começo e o necessário para a conversão e preparação dessas áreas, que constituirão " novas âncoras de desenvolvimento, tendo em conta os grandes investimentos programados para a península de Setúbal". O actual primeiro-ministro acha que ligar as duas margens do Tejo "é uma oportunidade que não temos o direito de não aproveitar" no sentido de permitir a afirmação da A.M.Lisboa no continente europeu. Com o devido respeito, continuo a considerar que este tipo de raciocínio é uma idiotice completa. Se acham que é desta maneira que resistimos à anexação económica por parte de Espanha, e que impomos o país no contexto europeu, então a Província (como gostam de dizer), está a ser sacrificada e exaurida pura e simplesmente para benefício duma fracção minoritária (menos de 50%) da população portuguesa. Se querem recuperar áreas à volta de Lisboa, que o façam, não tenho nada contra, mas desde que existam verbas equitativas para investir no resto do país, que também tem áreas degradadas necessitando de recuperação urgente, sejam áreas urbanas ou não.

Fico curioso, aguardando reacções de quem pode e deve protestar. Pessoalmente devo dizer que sou cada vez mais a favor da união ibérica, desde que o nosso futuro aqui no Norte deixasse de ser definido por Lisboa e passasse para Madrid, que por muito que nos explorasse nunca atingiria os níveis a que Lisboa chegou. Ou então, que a região Norte se unisse à Galiza, mesmo que a sede da região continuasse em Compostela. É triste que a actuação desavergonhada do governo de Lisboa nos obrigue a esquecer quase nove séculos de História em que fomos uma orgulhosa nação independente, mas as coisas são como são, e eu pessoalmente estou mais que farto de me sentir colonizado por meia dúzia de incompetentes mal intencionados que se consideram o governo de Portugal.

02 agosto, 2009

O prestígio internacional da marca FC Porto

Para avaliar o enorme prestígio internacional da marca FC Porto, que não saiu nada beliscada, antes pelo contrário, pelas urdiduras mesquinhas da mediocridade lusitana, basta ouvir esta entrevista de Jorge Nuno Pinto da Costa à importante Rádio Francesa RMC. Prestem especial atenção aos comentários dos comentadores após a entrevista. Um atractivo suplementar é ouvir o francês a la Mario Soares de JNPC. :-)