19 fevereiro, 2010

Ma Liberté/Serge Reggiani

Cano de esgôto é sinónimo de Portugal

Portugal é um esgôto a céu aberto. Políticos, juristas, magistrados e jornalistas estão no epicentro deste terramoto de lixo socio-económico, sendo os principais responsáveis pelo previsível aumento da injustiça social, da  pobreza e do consequente progresso da criminalidade dos próximos tempos.

Pessoalmente, atingi o patamar máximo da minha tolerância. Não há mais gente decente com respeito pelos valores éticos. A que há, está em vias de extinção. Proliferam, isso sim,  interesseiros e interesseiras facilmente vendáveis.  É a pornografia social na sua expressão mais cínica.

Percebe-se assim, a dificuldade que alguns têm em lidar com questões de carácter e a irresistível necessidade de as contornarem.. 

Hoje, só me ocorre reafirmar isto. Estou enojado.

Assim mesmo, passem um bom fim de semana. 


Também tu Brutus?

Fonte: http://www.publico.pt

«Rui Pedro Soares, administrador da PT que apresentou esta semana a sua demissão, terá ido a Milão em Junho do ano passado encontrar-se com Luís Figo com o objectivo de assinar um contrato de 250 mil euros por ano, na sequência do qual o futebolista apoiaria a recandidatura de José Sócrates, noticia hoje o semanário “Sol”.»

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17 fevereiro, 2010

Meritocracia, não é isto.

Se há coisa que me incomoda seriamente, é que alguém publicamente opine por mim sem o meu consentimento, e se há alguém que o faz frequentemente sem que os possa impedir, são os senhores jornalistas. A fasquia da arrogância desta classe está instalada tão alta, que nem se dá ao cuidado de pensar uns segundos nas atoardas patéticas que rabiscam nos jornais ou que deixam soltar pela bôca.

Seria importante que estes senhores, que tanto se empolgam com as ameaças à Liberdade se habituassem a explicar qual é a base científica das suas opiniões quando falam em nome dos portugueses. Vem isto a propósito de coisas como a que foi  ilustrada no jornal Público de ontem e que reproduzi neste post, bem como comentários como o do Sr. Sócrates e de alguns políticos [até da oposição], que consideram um orgulho para os portugueses a eleição de Victor Constâncio para a vice-presidência do Banco Central Europeu. Ora, até prova em contrário consta do meu B.I. que a minha nacionalidade é portuguesa e contudo não sinto um pingo de orgulho nesta ocorrência. Tal como não senti nem sinto por Durão Barroso ter sido nomeado Presidente da Comissão Europeia.

É do conhecimento público que estas nomeações são puramente estratégicas e  decididas por membros representantes dos países poderosos para atingirem objectivos realmente importantes, como é o caso da Alemanha que perspectiva um alemão para a Presidência do BCEuropeu. Técnica e teoricamente, Victor Constâncio, como outros candidatos à vice presidência do BCE reunirão as condições básicas para o cargo, mas o facto da escolha incidir sobre o português, como incidiu sobre Durão Barroso para a UE, expressa mais uma garantia de obediência fiel às directrizes traçadas pelos países mais fortes [que são quem efectivamente manda] do que um voto de confiança na independência executiva do eleito. Por isso, só patriotas de inspiração scolariana é que se podem regozijar com estas patriotices. 

Não é aceitável que um jornalista se arrogue ao direito de retirar conclusões pessoais como se fossem opiniões de todos os portugueses. Pela minha parte, e contrariamente ao escrito pelo Público, esta nomeação não só não acaba com as vagas de críticas que foram  justamente dirigidas a Victor Constâncio, como fragiliza a confiança dos portugueses nos critérios selectivos e de competências da União Europeia. Uma das principais funções de Victor Constâncio enquanto Governador do Banco de Portugal era supervisionar o sistema bancário nacional, função essa completamente falhada pela não detecção atempada dos escândalos do BPN e BPP . Assim sendo, das duas uma. Ou a União Europeia anda a leste do que se passa na Banca Nacional, ou tem conhecimento, e prefere fechar os olhos à negligência do Governador  do BP para melhor o "controlar"... Não me parece pois, que se forem estes os critérios de avaliação da UE haja motivos respeitáveis para nos sentirmos orgulhosos.

Orgulhoso e pofundamente feliz deve estar Victor Constâncio. Trezentos e tal mil euros por ano de vencimento, extra mordomias, são razões quanto baste...

16 fevereiro, 2010

Isto basta para que o "engenheiro" domingueiro e os seus lacaios do Porto mereçam ser escorraçados de vez

«Desvio de dinheiro está a tornar-se intolerável, considera gestor do programa regional do Norte.


Ao fim do primeiro ano de aplicação do QREN, Lisboa captou fundos comunitários ao abrigo do regime do chamado "efeito difusor" no valor de 193 milhões de euros, dos quais 148 serão contabilizados como se tivessem sido investidos no Norte, Centro e Alentejo.

Além disso, e já que os fundos só cobrem parte do investimento, o Orçamento de Estado é chamado a cobrir a parte restante. De acordo com o Observatório do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o valor total do investimento propiciado pelo uso do "efeito difusor" ascende a 418 milhões de euros.

Este efeito, também chamado de "spill over", foi negociado entre o primeiro Governo de José Sócrates e a Comissão Europeia e diz que uma parte dos fundos comunitários dados pela União especificamente para desenvolver as três regiões mais pobres do país - Norte, Centro e Sul - pode ser aplicada em Lisboa, sob o argumento de que certos investimentos lá realizados têm efeitos benéficos sobre o resto do país. Em causa estão, sobretudo, gastos com a modernização da Administração Pública.»

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1495301

15 fevereiro, 2010

Uma tristeza!

Os jogos políticos que decorrem na capital deixam-me normalmente indiferente, pois tenho a sensação que se trata de eventos que se passam num qualquer pais estrangeiro que não me diz respeito. Esta é uma das consequências do centralismo selvagem vigente em Portugal: a perda de identidade nacional que atinge cada vez mais pessoas.

Este caso da liderança do PSD, no entanto, constitue uma das excepções na medida em que se antevêem fortes probabilidades de o seu futuro lider ser primeiro-ministro dentro de um prazo não muito alargado e, quer queiramos quer não, a população "extra Lisboa" está ligada - para o bem e para o mal - aquilo que se passar na capital.

Ainda não se conhecem os programas dos três candidatos, mas conhecem-se declarações, e há um ponto em que - previsivelmente! - eles coincidem. São todos anti-regionalização! Sim, porque um candidato que diz "eu sou pela regionalização, mas agora não", é anti, e além de anti é desonesto porque tenta disfarçar as suas verdadeiras convicções.

Aguiar Branco entende que nas prioridades para o Norte está a luta contra o desemprego e a retoma de confiança do sector empresarial, e que a regionalizão só deve ocorrer depois de terminada a crise económica. Penso eu, e pensa muita gente, que as regiões não agravarão a crise, antes pelo contrário, que a existência de Regiões contribuirá para reforçar aquela luta. Acresce que adiar as Regiões "até ao fim da crise" é atirá-las para o dia de São Nunca!
Conclusão: Aguiar Branco é anti-regiões!

Paulo Rangel pensa que em situação de crise, o que é preciso é centralismo.
Conclusão: Paulo Rangel é anti-regiões.

Passos Coelho entende que avançar agora com as regiões é "um risco demasiado elevado" , logo a regionalização terá de ser adiada.
Conclusão: Passos Coelho é anti-regiões.

E assim se confirma a minha tese de que não haverá regionalização porque os detentores do Poder a recusam, sejam quais forem os subterfúgios invocados. O presente Sistema não é auto-reformável, está mais do que provado. Será possivel fazer a reforma a partir do exterior? Como e por quem?

Efeito spill over? Não! Prefiro o efeito Texas

Conhecendo como conhecemos, a eficiência da Justiça em Portugal, será recomendável tratarmos de arranjar uns sofás bem confortáveis para evitarmos ter de aditar à crise graves problemas cárdio-vasculares, tão longa se adivinha a espera... É que, a dinâmica Junta Metroplolitana do Porto "já" formalizou as respectivas sete acções judiciais junto do Trinunal Administrativo e Fiscal do Porto pelo desvio de verbas destinadas às regiões mais pobres do país para a imperial Lisboa. A esta queixa, a Junta anexou outra endereçada à Comissão Europeia em Outubro de 2008! É caso para dizer que a Europa já não é o que era e que a União Europeia se deixou contaminar pelos hábitos laxistas dos portugueses.

Como refere hoje o JN, Lisboa parece querer copiar a impunidade criminal do Benfica, com uns túneis e umas comissões disciplinares da Liga a estabelecer a diferença entre os métodos de produção da burla. O Governo de Sócrates não desvia câmaras de vigilãncia, mas desvia fundos europeus. Segundo a mesma fonte, Lisboa em apenas um ano já absorveu 193 milhões de euros, 148 dos quais contabilizados como se tivessem sido destinados ao Norte... Tudo isto é justificado por duas "milagrosas" palavras: efeito difusor, ou se preferirem a versão anglo saxónica, o efeito spill over. Este efeito spill over é, de facto uma grande medida da União Europeia, porque ninguém melhor do que nós nortenhos sabe quanta influência tem produzido no desenvolvimento da nossa Região: está cada vez mais pobre. O que essa treta do spill over pretende objectivar é [para quem ainda não saiba], em poucas palavras, que as verbas aplicadas em Lisboa terão também reflexos positivos nas outras regiões do país. Nada mais falso e contrário à realidade dos factos.

Mas, que Lisboa está cada vez mais colonizadora e arrogante já nós sabemos, é coisa antiga. Agora, o que é preocupante é constatarmos que a União Europeia não controla devidamente, não só a aplicação desses fundos, como os resultados em termos de desenvolvimento regional, do dito efeito difusor. Descrer em Portugal já todos descremos. Se deixarmos de acreditar na bondade de pertencermos à União Europeia, iremos se calhar regressar aos tempos e às modas do  vêlhoTexas para resolvermos os nossos problemas.  À Lei da bala! Quem sacar do coldre mais rápido o revólver, será o manda-chuva da terra e quem sabe, talvez até sheriff... É que, os indícios mais recentes do efeito difusor que temos para apresentar são a sucção das corridas Red Bull para Lisboa, como também a recusa do acesso às corridas de fórmula 1 do pilôto portuense Álvaro Parente pela Turismo "de Portugal". Até ver, não temos melhores indícios do tal efeito spill over...

É por paradigmas destes que acabo por ver nos ataques unanimistas a Alberto João Jardim a mais profunda e sectária hipocrisia. Gostava de ver esses ataques dirigidos ao Governo central de Lisboa que nos tem sugado até ao tutano, tanto nos noticiários da televisão, como nas primeiras páginas dos jornais. E é pela mesma razão, que acabo por ter muito mais consideração pelo Presidente da Junta Autónoma da Madeira do que por esta garotada instalada no Poder na capital.

14 fevereiro, 2010

Escutas de última hora

Hoje, no caro restaurante Caviar Rico em Lisboa, alguém da minha confiança* gravou esta conversa entre o Presidente da Comixão Indisciplinada Da Liga, Ripardo Go$ta, e o Presidente Ovelhas, do Scorta Fisboa e Malfica:

-Então que tal amigo? Gostou do meu servicinho de ontem?

-És muito vaidoso Go$ta. Quem fez o trabalhinho sujo foi o Jáocinto no Caixão, não fostes tu! Tu só sabes mandar, e mal.

-Mal, Pesidente Fodite Vigueira? Então não invalidámos mais dois penalties limpos e descarados a favor do FCP e não permitimos o anti-jogo ao Leixões?

-Dizes bem, dois penalties descarados, tão descarados que é difícil manipulá-los. Quando fôr assim, tens de dizer ao Jáocinto no Caixão para se pôr a apertar os cordões das botas, ou a tirar  catotas do nariz. Agora, invalidar penalties mesmo a dois metros da bola é muito arriscado...

-O Pesidente disse Jáocinto no Caixão, mas ele não se chama assim, que eu saiba

-Pois é, seu incompetente, o gajo rouba tão mal que qualquer dia alguém lhe tira a tosse, topas?

-Ah, sim, o melhor é dar-lhe mais umas aulinhas de teatro. O gajo rouba muito, mas mal. Agora o que interessa, é que lá conseguimos surripar mais 2 pontitos aos andrades...

-Outra coisa Ripardo, para disfarçar, não será melhor decidires depressa essa coisa do castigo ao Hulk. Já lá vão 13 jornadas sem jogar e tu ainda não arranjáste nenhuma falcatrua legal de jeito para explicar o castigo. As imagens do túnel não prestam. Olha, qualquer dia a bomba rebenta-nos nas mãos. Se isso acontecer, já sabes, dou com a língua nos dentes e conto a toda a gente o biltre que tu és.

-Bem, o senhor Pesidente também não é coca que se cheire, não é...

-O que é que disseste imbecil? Repete lá isso, repete.

-Eu queria dizer, flor, senhor Pesidente, flor de coca-cola, não sei se conhece... Umas, que se dão muito bem em solos peneumáticos...

-Estou-te a estranhar,  cheira-me a bufo, mas não te iludas se pensas enganar-me. Já vistes os meus capangas, já menino? Arma-te em esperto e mando o Jarrão Cuvelho ou Pêdo Váconsêlos, fazer um filme com  o nome «Eu, Ripardo Go$ta». Ou pior. Obrigo-te a passares uma noite inteira com a Leomor Pinão para aprenderes a ser homem. 

-Pronto, pronto Pesidente. Prometo que me vou aplicar mais. Nós temos realmente que parecer pessoas sérias e isso não é fácil se continuarmos a roubar desta maneira. Vou já tratar de abrir uma escola de teatro para árbitros. Vai chamar-se: Árbitro bom, só árbitro lampião! Que tal, gosta do nome?

PS-Por motivos técnicos [a cassete acabou], não foi possível transcrever o resto da conversa, mas dá para entender que algo de promíscuo deve existir entre o Pesidente da Comixão Disciplinar da Liga e o SR. Ovêlhas do Malfica.

*De momento não estou a pensar escrever um livro, seguindo a exemplar inspiração de Mário Crespo.