26 fevereiro, 2013

“O Porto é uma cidade incrível”. Palavra de Clo e Clem

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O site Un Tour sur Terre, de “um jovem casal francês” que viaja pelo mundo de mochila às costas e faz vídeos bem dispostos das cidades por onde passa para outros backpackers, acaba de publicar este vídeo de 3 minutos sobre o Porto.

“Feitos para viajar”, Clo e Clem convidam os seguidores a descobrir “a bela cidade do Porto”, para já num vídeo a que chamaram “Porto em 3 minutos”. Na próxima semana, publicarão no blogue a história da viagem ao Porto. À Praça, acederam a antecipar um bocadinho desse relato.

No artigo que vão partilhar com os seguidores, dizem que “o Porto é uma cidade incrível e multifacetada” e que falar da cidade é falar do “famoso vinho fortificado e doce” que lhe rouba o nome, dos restaurantes, onde não falta o bacalhau – “cozinhado de várias formas, este peixe é um deleite para o paladar”, apontam –, e da “grande renovação” pela qual a cidade tem passado nos últimos anos.

A Clo e Clem não escaparam os edifícios “abandonados” e as “fachadas em ruínas” do centro histórico, mas o casal francês diz “o Porto é acima de tudo uma cidade encantadora”, que “merece” ser visto para além destas vicissitudes.

“O Porto é uma cidade incrível. O que poderia ser mais agradável do que passear pelas ruas estreitas e íngremes da cidade velha, caminhar ao longo do rio Douro, ir para o outro lado do rio, atravessando a Ponte D. Luís I, construída por um discípulo de Gustave Eiffel, e finalmente beber uma sangria bem fresca e comer sardinhas assadas?”.

No texto que vão partilhar com outros backpackers, Clo e Clem descrevem como se deslocaram de metro do aeroporto até ao centro da cidade, gabam umas sardinhas assadas “nota 10″ que comeram no Mercado do Bolhão e falam do Canastra Azul, na Rua das Taipas, onde os clientes são convidados a pagar o que acham justo pela refeição, e mencionam ainda os vinhos, a estadia e a cama king size na Almada Guesthouse, os azujelos da Estação de S. Bento, o teleférico no Cais de Gaia e a “vista maravilhosa para a cidade velha” e a Ponte D. Luís I iluminada.

“O que é óptimo é que no Porto é possível comer bem e barato, se se evitar as zonas turísticas”, sublinham.
“Somos um jovem casal francês e adoramos filmar as nossas viagens”, dizem Clo e Clem, por email, à Praça. Estiveram  no Porto “no fim-de-semana de 19 de Janeiro”, fugidos da tempestade de neve que atingiu a França e “em busca do sol” – rumar ao “Sul da Europa” parecia ser uma aposta segura, mas chegados ao Porto, chovia… chovia, mas “não estava frio” – e, “no próximo mês de Setembro”, vão iniciar “uma viagem de 2 anos à volta do mundo”.

“O projecto Clo & Clem surgiu em 2010, quando nos conhecemos. Como ambos gostamos de viajar e de cinema, não tardou muito até decidirmos reunir as nossas paixões”, contam Clo e Clem.

A música que acompanha o “Porto em 3 minutos” (“New Slang”) é da banda norte-americana de indie rock The Shins.

[do jornal Porto24]


25 fevereiro, 2013

Porto Canal está a fugir da rota...

Quem segue com regularidade o Renovar o Porto, sabe que não sou propriamente do tipo que se preocupa em escrever para agradar aos cavalheiros influentes, como políticos, juízes e jornalistas. Bem pelo contrário, não os poupo, nem pouparei nas críticas, sempre que entender ter motivos para o fazer. Infelizmente para eles, os motivos não páram de aumentar. Podia aqui incluir também alguns membros da Igreja, mas por respeito a alguns sacerdotes, como o ex-bispo de Setúbal e o bispo da Forças Armadas [só para dar dois bons exemplos], vou fazer de conta que não li, nem ouvi, as miseráveis declarações desse execrável e abjecto ser, que dá pelo nome de Policarpo, que, ironicamente, chegou a Bispo de Lisboa, a capital mais centralista e anti-democrática da Europa [mas qu' órgulho!]...

Não consigo é deixar de pensar que talvez não tenha sido ainda suficentemente caustico com toda esse pessoal, porque cada vez que abrem a boca, me surpreendem com os seus elevados coeficentes de insanidade mental. Eles vão para o Facebook e portam-se como os sujeitos mais vulgares, eles vão à televisão, e capricham em dizer só asneiras, cada qual a mais básica, eles mentem com o mesmo à vontade com que respiram, eles insultam-se e acusam-se mutuamente, sem nunca desistirem de enganar povo, procurando convencê-lo que são sérios, sem nada fazerem de relevante para o provar. O Relvas, o Gaspar, essas tristes figuras do governo, não estão sós neste quadro de desavergonhados. Há muitos mais.

Mas é do papel da comunicação social que mais temos razões de queixa. Os media fingem que nos informam, mas não passam de meros cumplíces "antipáticos" do poder. Quando todos esperávamos que o Porto Canal viesse fazer a diferença, decorrido poucos mêses após a tomada de posse como Director Geral, de Júlio Magalhães, o que vemos é pouco mais do mesmo: os mesmos convidados, os mesmos políticos, muito beija-mão a Lisboa e pouca galhardia para defender o Porto e o próprio Futebol Clube do Porto da informação centralista e sectária que se faz na capital.

Acho extraordinário e triste, como é que uma estação de televisão que pretendia querer fazer a diferença para se impor, começa a dar sinais visíveis de abdicar aos poucos da sua política descentralizadora, persistindo em convidar para falar sobre o assunto muitos dos seus responsáveis, ou regionalistas "asssumidos"de capoeiro. Ainda se fosse para os confrontar com as suas demagogias, com as suas  constantes traições, vá que não vá, agora para os ouvirmos repetir coisas que já cansamos de ouvir e que não valem nada, só mesmo para brincar connôsco.

Se o Júlio Magalhães não arrepiar caminho, não tarda, vai ter os próprios portistas contra ele. Para isso, basta o FCPorto perder este campeonato, deixando à vontade  o Luís Filipe Vieira  a fazer as coisas pelo outro lado, com a preciosa ajuda da comunicação social. Depois, cá estaremos para conversar...