29 abril, 2014

As minhas 22 regras de portismo, ou...


...as coisas que não gosto de ver no universo portista 

  1. Intriguice
  2. A Bola e o Record
  3. Desunião
  4. Falta de liderança
  5. Medo
  6. Desmazelo
  7. Incoerência
  8. Falta de seriedade
  9. Jogadores recém contratados comentarem nas redes sociais assuntos do foro profissional 
  10. Distanciamento comunicacional entre os adeptos e a Direcção do clube.
  11. Comentadores desportivos do tipo António Oliveira e Guilherme Aguiar
  12. Desorganização
  13. Treinadores incompetentes
  14. Jogadores e treinadores burros
  15. Treinadores alérgicos à disciplina
  16. Falta de audácia
  17. Jogadores com medo de rematar 
  18. Aselhice a passar e controlar a bola
  19. Treinadores sem capacidade para ensinar os jogadores a desmarcarem-se
  20. Falta de ambição
  21. Mau planeamento administrativo
  22. Derrotas

CÂMARA DO PORTO PREPARA “NOVO REGULAMENTO” SOBRE PROPAGANDA POLÍTICA

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou na segunda-feira à noite que, “dentro de pouco tempo”, vai ser apresentado “um novo regulamento” municipal sobre propaganda política e realçou que o actual está suspenso.
O autarca, que disse também que o regulamento em vigor “viola de facto a lei”, corroborando assim a opinião da CDU e do Bloco de Esquerda (BE), deu aquela notícia em resposta a uma recomendação que os bloquistas levaram à Assembleia Municipal – e que foi rejeitada.
A recomendação preconiza “medidas que garantam o exercício de propaganda política e eleitoral e uma paisagem urbana condigna”, defendendo que o executivo municipal assegure, nomeadamente, a “exclusiva utilização para propaganda política e eleitoral dos suportes metálicos instalados pelo município com essa finalidade”.
O BE recordou que o Tribunal Constitucional “julgou inconstitucional” uma disposição do Código Regulamentar do município portuense acerca dessa matéria e propôs que o executivo “adeque as suas normas à dignidade da actividade das associações e partidos políticos”.
Na sua recomendação, os bloquistas propõem ainda que o executivo “estude a possibilidade de alargar os suportes disponíveis para publicidade comercial, de forma a satisfazer a sua maior utilização e a combater a ocupação abusiva do espaço público pelas atividades que visam o lucro”.
“Eu não quero transformar a cidade do Porto em Pyongyang (capital da Coreia do Norte). Nós vamos continuar a ter publicidade e esta vai continuar a ser regulada, mas faz parte de uma cidade que quer ter comércio tradicional e hotelaria ter a publicidade”, disse Rui Moreira.
(do Porto24)

27 abril, 2014

Um FCPorto miserável

Que se passa senhor Presidente? Podemos saber?

Há redundâncias que deviam ser evitadas, porque quando são muitas vezes repetidas existe o perigo de perderem objectividade. Ninguém de boa fé (a boa fé também está em crise) pode negar que Pinto da Costa foi o maior responsável pelo grande salto do FCPorto para os podiuns de campeonatos e troféus, dentro e fora de portas, conseguido desde que Portugal conseguiu realizar eleições livres e aproximar-se um bocadinho daquilo que devia ser uma Democracia mas ainda não é.

Desde os anos 70, o FCPorto liderado por Pinto da Costa, foi o clube nacional que mais evoluiu, e simultaneamente o clube mais perseguido e discriminado pelo centralismo, o que só enaltece a competência e capacidade de luta do seu Presidente. Por isso, tornou-se já uma redundancia reconhecer o histórico vitorioso da sua carreira de dirigente. E se alguém quiser tirar dúvidas sobre o que de positivo escrevi acerca de Pinto da Costa, basta pesquisar um pouco neste blogue e ficará logo esclarecido. Mas, hoje não vou elogiar Pinto da Costa nem os membros da SAD, porque não o merecem. Também não merecem que os diabolize, mas não me vou poupar a escrever o que penso, como sempre faço.

Numa época desportiva em  que os adeptos confiaram mais uma vez nas decisões de Pinto da Costa, não porque gerassem consenso espontâneo, mas por estarem habituados à sagacidade do líder portista, e num ano em que o FCPorto "assumiu" a propriedade de um canal de televisão, tudo correu mal, muito mal mesmo.

No futebol, P. Costa falhou ao contratar um treinador extemporâneamente, inspirado apenas no curto currículo de um honroso 3º. lugar, e falhou por não cuidar de conhecer outros predicados importantes da sua peronalidade, como a capacidade de liderança, factor que no FCPorto raramente era negligenciado.  Falhou igualmente ao não exigir da Direcção do Porto Canal um projecto de televisão politicamente bem definido e estruturado, e provavelmente errou também na escolha do director geral. Se a displicência na organização dentro do canal salta a olhos vistos, a falta de  liderança também, parecendo curiosamente uma cópia do que aconteceu no futebol. Estranhas coincidências estas, ou antes  indícios de que algo vai mal na alma (estrutura interna) do Dragão?  Pois, dir-me-ão os que convivem mal com a crítica, nem sempre se pode ganhar... Treta!  O FCPorto desta época não se limitou a perder o campeonato e perder todas as provas que dispotou, o FCPorto mostrou sobretudo uma falta de ambição e de qualidade futebolística como já não se via há muitos anos! O FCPorto não teve uma época menos boa, teve uma época miserável e de verdadeira anarquia administrativa!  O grande enigma é  descobrir por que é que Pinto da Costa não agiu antes de deixar a equipa esgotar toda a confiança naquilo que ainda sabia fazer, teimando em manter um treinador que teve o bom senso de apresentar a demissão por várias ocasiões (três, segundo consta)...

E quanto aos adeptos, e aos sócios, que dizer? Durante esta penosa época o que fez Pinto da Costa por eles, que demonstrasse respeito e consideração? Nada! Nem pelos adeptos, nem pelos sócios, nem pelo futebol, nem pelo mesmo pelo futuro do Porto Canal. O FCPorto demitiu-se claramente de acompanhar, intervir, planificar e de gerir, em quase todas as frentes em que esteve envolvido, e isto tem forçosamente de ter uma explicação. Pena é, que tenham de ser as consequências (desastrosas)  a acelerar a futura descoberta das causas, e não - como devia - a intervenção atempada do líder portista que actualmente se tem mostrado estranhamente distante dos adeptos.

Paradoxalmente, P. C. permite que o Porto Canal continue a avançar numa onda de vulgaridade, sem um projecto definido, ambicioso, original, assumidamente regional e descomplexado. Custa-me admiti-lo, mas o anterior director do Porto Canal, por sinal um benfiquista, foi bem menos centralista e complexado que o actual director que parece nitidamente incapaz de organizar ou gizar uma linha orientadora com cabeça tronco e membros. Ali, não se vê uma ideia clara do que se quer realizar. Copia-se apenas, e mal o que já há na capital. Expondo de forma displicente as fragilidades de uma actividade mediática como é a televisão, sem se notar um esforço de mudança para progredir, sem uma explicação reveladora de respeito pelas audiências da região, expõe-se também à chacota pública dos inimigos da descentralização, e até dos próprios portuenses e nortenhos. E o FCPorto, versus, estrutura directiva, é o único e principal responsável pelo descalabro.

Gostava de pensar que Pinto da Costa não perdeu as faculdades que o caracterizaram, mas se não as perdeu que fale, que diga de uma vez o que pensa seriamente fazer no futuro próximo. Manter-se calado, passivo, quase incomunicável, é no mínimo estranho e fomenta a especulação.

Se a ideia é continuar nesta onda de mistério, então P.C. pode perder a legitimidade para se indignar caso alguém lhe falte ao respeito e a credibilidade que tanto lhe custou conquistar.

Subir é custoso, fácil, muito fácil é escorregar...e cair.