17 agosto, 2015

Mas, será possível manter o "casamento" entre o JN e o Porto Canal?

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Proença de Carvalho (Administrador do JN)
Como já aqui foi referido em várias ocasiões, perdi a confiança na nova administração e direcção do Jornal de Notícias. Os sinais são por demais claros, e só estranhava (e ainda estranho) que o Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, deles não parecesse ter-se apercebido e mantivesse o seu nome na caixa reservada ao Conselho Editorial do jornal. Mesmo que, há poucos dias, tenha finalmente produzido declarações de suspeita sobre a nova linha editorial do JN, a verdade é que Pinto da Costa ainda deve estar à espera de um flagrante delito para se decidir a tomar uma decisão. Compreende-se que para um homem com as responsabilidades e compromissos do presidente portista seja difícil radicalizar decisões, pois é sabido que no mundo dos negócios gravitam todo o tipo de pessoas com interesses cruzados com as quais é preciso saber lidar de molde a não os comprometer. O mal está mesmo aí, nos compromissos, ou se quisermos ser práticos, no dinheiro. A questão é que às vezes pode perder-se a razão por não se querer perder negócios...


Afonso Camões (Director Geral do JN)
Deixei - como aqui afirmei em post há uns dias  - de comprar diariamente o JN, embora para acompanhar a sua marcha sensacionalista, rumo ao centralismo, continue a consultá-lo gratuitamente num qualquer local público, online,  ou in extremis, a comprá-lo apenas e só quando tal se justifique. O hábito antigo e rotineiro de comprar o JN para o ler, isso acabou. É triste, mas a verdade é que os portuenses não têm um único jornal ou órgão de comunicação social que não tenha soçobrado ao centralismo, incluindo o Porto Canal, do FCPorto. E quando digo soçobrar, estou apenas a dizer que mais um jornal do Porto e da região norte perdeu autoridade,  prestígio e a pouca autonomia que ainda tinha.

Foi assim, "vacinado" contra manhas centralistas, que quando lia a página dedicada ao "CRIME" do JN de hoje, onde se noticiava em duas páginas o apertar do cerco da Justiça aos seguranças da noite, dei comigo a pensar: "palpita-me que isto ainda vai sobrar para o FCPorto ... Ergo o olhar para a o alto da página direita (5) e não é que o pressentimento bateu certo?  Não podia falhar, lá estava: "Segurança: O patrão da noite do Porto e os seus homens foram vigiados em diversas ocasiões, a guardar as costas ao presidente do FCPorto, Pinto da Costa, apesar de não estarem legalmente autorizados a fazê-lo. Também o ex-presidente do Sporting, Godinho Lopes era cliente da SPDE". Na mesma página e em destaque noutro artigo do mesmo âmbito, lá estava outra vez o FCPorto na baila, agora assim: "Nos últimos anos, a SPDE tornou-se famosa pelos serviços de segurança e protecção pessoal prestados ao FCPorto,aos dirigentes, treinadores e futebolistas do clube...". Mais à frente, ainda relacionado com o caso dos seguranças: "o caso conta com mais arguidos , entre os quais o vice-presidente e director geral do FCP, Antero Henrique, que numa busca domiciliária, tinha 70 mil euros em dinheiro vivo".

Tudo isto é objectivo e nada é inocente. Se o problema para o JN passa pela ilegalidade, não se consegue aceitar que, por exemplo, nunca tenha tido a mesma preocupação com as claques do Benfica, quer com as suspeitas pesadíssimas e já antigas que gravitam à volta de Luís Filipe Vieira e dos capangas que o acompanham desde sempre. É estranho, mas o JN assobia para o ar. Tudo por acaso. Desperta e pula de tesão quando o nome do FCPorto ou alguém a ele ligado pode ser posto em causa. Mas para mim tudo isto não é novo. O que estranha e muito, é a permissividade do FCPorto e o seu inócuo canal de televisão.

Do corpo administrativo do Grupo Global Media de que faz parte o JN, nenhum é do Porto e o Director do JN é natural de  Castelo Branco e... adivinhem: benfiquista. Surprise? Nem por isso.

16 agosto, 2015

FCPorto melhor, mas com tiques chatinhos


Em poucas palavras direi o que penso do jogo do FCPorto com o Victória de Guimarães.

Primeiros cinco, seis minutos irritantes da equipa do FCPorto. Tal como na época passada, permitimos que a equipa forasteira pressionasse alto no sentido de aproveitar a habitual lentidão organizativa do FCPorto para assim tirar partido do efeito surpresa. Algo que o treinador e os jogadores do FCP já deviam esperar, visto que foi assim que a maioria das equipas jogaram no Dragão e nos complicaram a vida. É para mim, à imagem do que sucedia o ano passado, o maior calcanhar de Aquiles do FCPorto, dar a iniciativa da pressão alta aos adversários. É uma situação que urge corrigir, sob pena de começarmos a repetir dissabores passados, mesmo em nossa casa. Por essa razão, as linhas do meio-campo começaram o jogo muito recuadas dos avançados e só a partir dos 10 minutos conseguiram contrariar as ofensivas do adversário.

A partir daí, o FCPorto conseguiu realizar um jogo interessante, sem ser propriamente brilhante, com o fabuloso Aboubakar, o empenhado Varela em conjunto com Danilo e posteriormente André André, a fazerem a diferença. Destaque também para Casillas, que não sendo muito solicitado cumpriu quando lhe era exigido.

Uma victória justíssima, mas com muito coisa a corrigir.