31 outubro, 2015

Centralismo na cidade Liberal. Uma ofensa ao passado do Porto

31 de outubro de 2015
É assim, como quem não quer a coisa, que o centralismo estende os seus tentáculos. E o Porto Canal, segue-lhe o "exemplo"... Será possível falar de provincianismo, quando esta gente sabe melhor que ninguém que os media da capital nunca nos deram o mesmo protagonismo? Que, pelo contrário, tudo têm feito para nos anular? Será possível que Pinto da Costa e toda a estrutura directiva do FCPorto, não vejam isto, esta subtil viragem a Sul, e aceitem que um jornal histórico do Porto esteja a entrar pelo mesmo caminho dos que nos repudiam? Eu não acredito. O que me fará rever a admiração e o respeito que sempre tive pelo ex-líder do FCPorto...

Outras vergonhas: independentemente do mensageiro, a mensagem é corajosa, porque é factual. Ler aqui.

30 outubro, 2015

A SIC é sempre "impecável" com o FCPorto. O FCPorto retribui...



Ver o João Pinto, o mítico camisola 2 do FCPorto, a ser adulado pelos meninos  de Lisboa, que depois de esgotado o pano de fundo do estuário do Tejo, descobriram no Estádio do Dragão e na cidade do Porto o palco, o novo filão inspirador para as telenovelas da SIC, é  uma suprema provocação.

A cereja no bolo da hipocrisia, é vermos como um dos actores, o José Raposo, glosa com a pronúncia do Norte (que preferem dizer do Porto) nas barbas da entrevistadora do Porto Canal e do próprio João Pinto, radiantes a achar-lhe muita gracinha... O Herman José serviu-lhes de guião (mas esse era humorista mesmo).

Deixemo-nos de preconceitos, às vezes até dá jeito vir à província, desculpem, queria dizer, ao Porto... Dá jeito vir ao Porto, com declarações de amor à cidade, sobretudo num momento em que se fala da nossa cidade em todo o Mundo, como nunca se ouviu falar de Lisboa.

Afinal, a cidade do Porco... perdão, do Porto (também tenho o direito de me enganar), sempre serve para alguma coisa. Mas o que mais impressiona pela negativa, é a parolice, o servilismo disfarçado de simpatia, dos colaboradores do Porto Canal,  e do próprio Director, com tudo o que vem da capital.

Parolos! Bajuladores!

PS-Não tarda, vão servir de inspiração ao Canal "Q", como já foram a Maria e o Ricardo Couto e outros. É assim, estes tripeiros de agora são masoquistas assumidos e lambe-botas.

28 outubro, 2015

Suponhamos que,

como vem sendo habitual, Bruno Paixão, o árbitro nomeado por Victor Pereira (esse inqualificável presidente da Comissão de Arbitragem da Liga),  para o próximo jogo com a União da Madeira, volta a prejudicar o FCPorto, com influência no resultado... O que é que poderá acontecer? 

Deixem-me adiantar as hipóteses mais prováveis, de acordo com as reacções do FCP dos últimos anos:
  1. O FCPorto, reage tardiamente contra Victor Pereira no Dragões Diário, e o queixume cai em saco rôto
  2. O FCPorto não reage de todo, e o circo vai continuar, com Victor Pereira a sentir-se um Super-Homem e a prometer aos amigos do colo que a jhiad vermelha é para continuar
  3. Os sócios do FCPorto engolem mais um sapo, e despejam a bílis na blogosfera portista com as frustrações do costume
Tudo o que ultrapasse estas 3 alternativas será novidade para mim. 
Portanto, ficarão estabilizadas as condições para o Benfica ser outra vez mimado, agora com biberão e chupeta, além do colinho da praxe. 

A menos que o efeito Bruno Carvalho possa condicionar o chefe da seita e o FCPorto seja poupado a outras humilhações. Ficaremos assim dependentes, absolutamente dependentes, das contingências da sorte.

Somos Porto(?!)...

Isto, não é ser Porto. Isto, é cobardia.

27 outubro, 2015

Será que os portuenses repudiam mesmo o centralismo?

Resultado de imagem para o simbolo do centralismo
É aqui a sede do centralismo, no Terreiro do Paço

O Porto queixa-se do centralismo de Lisboa. Os nortenhos de outras localidades [de veia centralista], queixam-se do porto-centrismo. Os portuenses-portistas pensam que o centralismo se combate no FCPorto. Os não portistas e os portistas parvos, não querem saber da regionalização para nada. 

Enfim, uns de uma maneira, outros de outra, todos parecem empenhados em preservar a confusão para que tudo fique na mesma. As queixas podem abrandar, mas acabam sempre por reaparecer mais adiante. É tudo uma questão de tempo e de conveniência. Uns, conscientemente, outros por pura burrice ou oportunismo, todos contribuem para a manutenção de um país assimétrico e profundamente injusto. Grandes nortenhos estes...

Durante muito tempo, o Porto queixou-se de não dispor de um canal de televisão que representasse a cidade, e a região Norte do país. Em abono da verdade, essas queixas nunca chegaram a ser muito entusiásticas, apesar de haver sobejas razões para as intensificar. Em contrapartida, a Sul, mais propriamente em Lisboa, não falta nada em matéria de comunicação social. Os jornais, estão praticamente todos sediados em Lisboa, e as televisões também. Só em canal aberto, existem quatro canais. Se incluirmos os canais por cabo, a capital usufrui de 12 canais (SIC N, RTP Int, RTP Àfrica, RTP3, RTP Memória, TVI24, +TVI, SIC Int, SIC Radical, SIC Mulher, SIC Caras, SIC K), descontando canais de humor como o "Q", e de Economia como o EconómicoTV, o que perfaz um total de 18. Claro que, na perspectiva dos centralistas (traduzido em miúdos, quer dizer: defensores do absolutismo), este rol de canais é perfeitamente normal e justíssimo... 

Tudo isto, vem acontecendo há alguns anos sem que do Porto - cidade historicamente conhecida pelas causas liberais -, se tenha feito algo de verdadeiramente importante para alterar esta situação. Nem pelo lado do povo, nem pelas "suas" elites... Muita bazófia e nenhuma acção.  Houve alguma expectativa de mudança com o surgimento do Porto Canal, sobretudo depois de adquirido pelo FCPorto, mas tudo não passou de uma ilusão, como todos sabemos. Nem os patrões (FCPortoMedia), nem os directores (Júlio Magalhães e Ana Guedes) parecem minimamente preocupados com o assunto.

Passo a passo, o Jornal de Notícias, está a lisboetizar-se, e os portuenses parecem ainda não ter percebido o que se está a passar. Ao contrário dos jornais de Lisboa (incluindo o Público, que Belmiro de Azevedo entregou à capital), que pouco ou nada trazem sobre o Norte, o JN em comunhão com a querida RTP, lá vai avançando paulatinamente, e determinado, com políticas editoriais pró-lisboetas em todas as áreas, incluindo a desportiva. Os portuenses deixam correr o marfim, apáticos e submissos. O JN, da dupla Afonso Camões/Proença de Carvalho dá muito mais ênfase aos clubes de Lisboa (Benfica e Sporting) que dava a anterior Direcção/Administração. Fazem exactamente o oposto do que fazem os jornais de Lisboa - generalistas e desportivos -, que além de nos ignorarem, tentam humilhar-nos. Pervertem tudo o que nos diga respeito, principalmente no desporto. E neste capítulo, nem Pinto da Costa reage... 

Por aquilo que venho observando, é por esse mesmo caminho que Júlio Magalhães parece querer levar o Porto Canal. Mais Lisboa, e menos Porto (basta atentar à origem dos convidados de "honra"). Para ele, e provavelmente para os seus patrões, a estratégia a seguir (para o canal e para o clube), é a de "dar a outra face", a de imitar Cristo, depois de andarmos anos a levar com grandes bofetadas, túneis e escândalos... E se fossem só bofetadas, vá que não vá, foram processos jurídicos, com apitos dourados e acusações vergonhosas.

Esta mentalidade, esta falta de Porto na massa do sangue, nunca conseguirei entender. Os tempos mudaram, é certo, mas não foi para melhor. Em todos os aspectos. 


25 outubro, 2015

Um FCPorto sem chama e sem objectividade


Estou a ouvir os comentadores do Porto Canal, e o que oiço anda perto de querer dizer que a culpa da inoperacionalidade atacante do FCPorto foi do Braga, que jogou à defesa...

Quando se justificam derrotas ou empates com o facto de o adversário jogar à defesa, é porque não se querem reconhecer incompetências próprias. Estou farto de ouvir falar de museus e justificações ao bom estilo de calimeros, que parece ser agora o do nosso clube. Mais uma vez, quando podíamos aproveitar o deslize do Benfica deixamos perder a oportunidade e saímos da liderança. 

O que eu continuo a ver, é um futebol com posse de bola, porque sim, e a mesma dificuldade em aproveitar ao máximo os 90 minutos dos jogos para a colocar no fundo das redes, que é onde se fazem os golos. Mas para isso é preciso jogar com velocidade, mais para a frente que para o lado e para trás, e rematar muito, e bem. Não contra as pernas dos adversários, ou dos próprios companheiros - como aconteceu -, nem depender da inspiração de Aboubakar, que por azar hoje não esteve nos seus melhores dias. ÀS vezes, fica-se com a sensação que há medo de chutar para a baliza.

Sinceramente, não me parece que Lopetegui seja um grande entendido em futebol como espectáculo. Acho que este estilo de jogo, além de feio, é um perigo, se utilizado em competições de nível superior. Tenho ainda na memória a figura triste com o Bayern em Munique (6-1), e receio que a continuarmos nesta bipolaridade a cena se volte a repetir. Não sei por quanto tempo mais serei capaz de acreditar neste sistema de jogo.

Enfim, mais um tiro no pé.  

Ai , Cavaco, Cavaco, ao que te prestas!