09 abril, 2016

Breve interregno


Aos leitores e amigos,

uma breve palavra, apenas para comunicar que suspenderei por uns dias a actividade no Renovar o Porto.

A ausência não será longa.

Até lá, um abraço a todos

Off topic

Este FCPorto, esta equipa. estes treinadores. são o espelho do Pinto da Costa da actualidade. Uma nulidade! Uma, vergonha! 
Qualquer dia esqueço mesmo o que de bom fez pelo FCPorto. Fico cada vez mais convencido que tudo não passou de um sonho já distante.

08 abril, 2016

O mais importante ficou por dizer

Como diz o povo, vale mais tarde do que nunca. O ditado até podia aplicar-se a Pinto da Costa se pelo caminho não tivesse precisado de 3 anos para perceber que algo estava mal no FCPorto. Podia aplicar-se a Pinto da Costa se não tivesse cometido, talvez o maior erro da sua carreira, que foi achar dispensável a comunicação com os adeptos. E, da entrevista de ontem, foi disso que menos se falou, outra vez...

Não vou negar que gostei daquela parte do balneário e do sermão que pregou aos jogadores em forma de ultimato, porque essa, era uma das suas imagens de marca do tempo em que líderava mesmo. Mas soube-me a pouco, porque dantes, ele prevenia, não reagia (tarde). Há uma diferença abissal entre estas duas formas de acção. Uma sustem os problemas, a outra remedeia-os.

Ouvi atentamente as promessas, mas não fiquei muito impressionado. A designação de um provedor do adepto pode ser uma medida interessante se fôr eficiente. Todos nós sabemos o que valem a maioria das provedorias em Portugal, são meras mediadoras de conflitos, não os resolvem. A questão é esta: que planos concretos propõe Pinto da Costa para o que tenciona fazer no futuro?

Reparem. O problema da comunicação, que é consensualmente reconhecido por todos os portistas, foi praticamente ignorado na entrevista. No entanto, tecnicamente, o problema estava ali mesmo, nos estúdios do Porto Canal, e pessoalmente também, com o Júlio Magalhães ao lado... O problema das arbitragens também não foi abordado de forma directa. Como vem sendo habitual Pinto da Costa preferiu contornar a questão enviando recados à Federação com umas alfinetadas indirectas a Fernando Gomes, seu antigo colaborador. Com estas reacções podem bem os nossos adversários, não será por isso que vão ser mais honestos e criteriosos a nomear os árbitros para os nossos jogos. Enfim, não duvido que algo irá mudar na próxima época, mas ainda duvido que o essencial seja resolvido.

Pinto da Costa, mais uma vez afirmou não gostar de blogues. Foi infeliz, e mostrou que ainda não se adaptou aos novos tempos. Aliás, pior e mais impessoal que os blogues, são os facebooks, onde até a sua mulher achou por bem entrar em sua defesa. Como é então que Pinto da Costa toma conhecimento do que pensam os adeptos? Será pelo telefone? Por carta? Se teve humildade em reconhecer que errou, não mostrou nenhuma em relação aos portistas. Ele mente, ele sabe bem que os blogues existem e que muito embora não tenham o poder de uma televisão fazem proporcionalmente bem mais pelo FCPorto e por ele próprio que o Porto Canal.

Por isso, não vou dizer que fiquei convencido. Repito: podem ir buscar a equipa do Barcelona com o Messi incluído, que se não tiverem um projecto arrojado para lutar contra a discriminação da capital, os árbitros vão continuar a fazer as coisas pelo outro lado, nem que para isso tenham de ser eles a fazer os golos na nossa baliza.

Escrevam isto, e gravem. Cá estarei para me redimir do "pessimismo"  se tudo voltar a ser o que foi , mantendo-nos caladinhos, e bons meninos.

PS-O melhor do programa de ontem foi o debate com Manuel Serrão, Cristina Azevedo e o José M. Ribeiro. Pela primeira vez no Porto Canal  vi um debate a sério e sem medos... Se funcionasse como incentivo as coisas podiam compor-se...

07 abril, 2016

Sempre a praga centralista

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, acusou hoje o ministro do Planeamento de "penalizar a imagem" do Governo na questão da TAP, segundo uma carta dirigida pelo autarca ao primeiro-ministro, a que a Lusa teve acesso.
"É possível, senhor primeiro-ministro, que, como diz o senhor ministro, a Câmara do Porto penalize a imagem da companhia. É certo, senhor primeiro-ministro, que o senhor ministro, que terá 'perdido o Norte', penaliza a imagem do seu Governo", conclui o autarca, referindo-se a uma entrevista de Pedro Marques ao Jornal de Negócios.
Na missiva dirigida a António Costa, Moreira destaca ainda que o ministro Pedro Marques "não diz a verdade" sobre os voos da TAP no Porto porque "o Governo não assegurou, no quadro de negociação com os privados [para a reversão da privatização da empresa], a existência de uma base relevante no Porto".
Segundo a entrevista publicada no Jornal de Negócios, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas considera que a "animosidade da Câmara do Porto penaliza a imagem da TAP". "Em concreto, verifica-se que, no discurso público, o governo se coloca ao lado da TAP e contra a Câmara do Porto", reagiu o autarca na carta enviada ao primeiro-ministro. 
Moreira alerta ainda que o ministro "não diz a verdade" sobre os voos da TAP no Porto, porque, lamenta, "o governo não assegurou, no quadro de negociação com os privados [para a reversão da privatização da empresa], a existência de uma base relevante no Porto".
Nota de RoP: Uma vez mais, o governo optou pela solução centralista, com a ganância do costume. Estão criadas condições para se cair em erros antigos. São uma verdadeira praga, os centralistas. 
Só uma curiosidade: este caso tem certas semelhanças com o negócio do FCPorto com a MEO. Os dirigentes portistas portaram-se como o governo, não quiseram saber dos interesses dos adeptos vinculados contratualmente à NOS. Se o governo se colou à TAP, os responsáveis portistas limitaram-se a olhar pelos seus interesses económicos, colando-se à MEO, mas negligenciaram os do clube, que são os associados e  adeptos. 
Subscrevendo as palavras de Rui Moreira em relação à TAP digo: se o FCPorto não quer saber de todos os adeptos, os adeptos têm toda a legitimidade de não quererem saber dos interesses da SAD (que não é o clube).

06 abril, 2016

Fracos reis fazem fraca a forte gente

Este não é o caminho

Há na blogosfera quem me conheça pessoalmente e que sabe bem o que penso sobre o que está a acontecer no FCPorto. Em qualquer momento essas pessoas podem desmentir-me, se fôr caso disso, mas será difícil, porque o que está a acontecer, é exactamente o que eu previa. Não estou a dizer isto para me dar ares de sabichão, de gajo que nunca se engana  (como o Cavaco Silva de má memória). Estou apenas a constatar factos. Além disso, os meus posts podem confirmar muito bem o que tenho vindo a dizer. O que não imaginava é que a queda fatal fosse tão cedo.

O que mais me angustia neste virar de costas ao clube (que, é bom recordar, são os adeptos) por parte do principal responsável, são as consequências que daí resultam. As más exibições e resultados da equipa de futebol sénior, foram apenas parte do problema, digámos que funcionaram como lastro para outros problemas. Normalmente é isso que acontece, quando uma liderança se ausenta e perde a noção da sua importância. Só me espanta, é que Pinto da Costa não saiba coisa tão básica e continue aparentemente indiferente aos danos colaterais da apatia que o tomou.

Se pesquisarem os artigos que aqui mesmo publiquei, observarão que só muito contextualmente optei por responsabilizar jogadores e  treinador(es) pelas causas do que está a acontecer no FCPorto. Por uma razão muito simples - e é aqui que discordo de outros portistas -, é que eles foram vítimas da conjugação de vários factores (para eles transcendentais) pelos quais não podem ser imputados, sob pena de invertermos a lógica hierárquica dos poderes. Certas más decisões, como a escolha de Lopetegui para treinador, estiveram na base de muitas outras. Essa escolha, foi de Pinto da Costa. Por sua vez, a escolha de muitos jogadores foi de Lopetegui. E por aí fora. Por outro lado, Lopetegui não teve capacidade para impôr a sua ideia de futebol aos jogadores que escolheu. Depois, foi o que se viu, o sentido foi sempre na escala regressiva. Lopetegui não tinha mais condições para continuar. Perguntar-me-ão: então, e com Peseiro temos condições? Nestas conjunturas, quando o mal já está feito e as chances esgotadas, não me choca a mudança, mas é sempre um risco, sem dúvida. 

A todos estes factores em cadeia seguiu-se um outro, para mim o mais grave de todos: a resignação de Pinto da Costa como líder. É aqui que reside o principal problema. Ao ignorar as discriminações feitas ao FCPorto, quer por arbitragens escandalosas, algumas mesmo provocadoras, quer pela postura agressiva e faltosa dos adversários que disso se aproveitam, Pinto da Costa desencadeou uma espiral de abusos cujos resultados foram o que todos já sabemos: a perda de respeito. Mas, não foi só o respeito de quem nunca o respeitou por inveja, foi o dos adeptos que nunca estariam à espera de ser tão desconsiderados, como é o meu caso. 

Dito isto, é uma grande ingenuidade, diria mesmo, uma burrice, pensarmos que o desânimo, a raiva por nós sentida face a todas estas discriminações, juntamente com a apatia de quem mais manda no clube, não se apoderem dos próprios jogadores e técnicos. Sabendo, como nós sabemos, que com eles os árbitros são implacáveis, que à mais pequena falta podem ser injustamente castigados, e até expulsos, é extremamente difícil esperar deles grandes rasgos de superação. Os jogadores, tal como nós, perceberam que o nosso clube perdeu a capacidade de se indignar e de reclamar o respeito que lhe é devido. Perceberam que quem manda não faz o seu papel, por isso lhes falta a alma que muitos reclamam, sem compreenderem que não é com silêncio que se combatem injustiças.

Conclusão: até as modalidades, dotadas de excelentes treinadores e atletas (Andebol, Hóquei em Patins e Basquete), foram praticamente afastadas das provas mais importantes, contaminadas por esta lamentável época de negligencia, vergonha e medo. 

05 abril, 2016

As contradições de Pinto da Costa

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Pela enésima vez, o JN, sem que haja razão que o justique, volta à carga com a mesma notícia onde as figuras de Pinto da Costa e Antero Henrique são as principais visadas. 

Trata-se, como é sobejamente sabido, de uma questão de legalidade com serviços de segurança, dos quais os dois dirigentes portistas beneficiaram indevidamente. Se é verdade, ou não, ver-se-à.

O que aqui importa realçar, é a passividade do presidente portista face a estas não notícias, uma vez que não houve evolução  digna desse nome para justificar a frequência com que é publicada. Há pois aqui um propósito evidente, que é associar o nome do FCPorto às improvidências dos seus dirigentes. Mas a avaliar pelas (não) reacções, tudo isto também parece não ter grande importância. Veremos.

Afinal, qual é a diferença entre este Jornal de Notícias e o Correio da Manhã ? Será que o Sr. Pinto da Costa também se sente refém do jornal só por constar na lista do respectivo Conselho Editorial? Afinal, como é? Agora só move processos aos adeptos do FCPorto, esses malandros incapazes de se calarem? E aqueles que como eu, andaram anos a defendê-lo de tudo, e de todos (até de outros portistas), também têm de ficar calados com a renúncia à sua própria liderança? Disse renúncia à liderança, não disse ao cargo. Entendámo-nos... Será só ao cargo que se vai recandidatar? Pela parte que me toca. a gratidão, para ser eterna, tem de ter dois sentidos, caso contrário, termina. Os sucessos do passado só se justificam se não menosprezarem o presente.  

Já tenho criticado Manuel Serrão por alguns dos seus comentários, mas desta feita sou obrigado a reconhecer a pertinência das suas declarações dirigidas à SAD do FCPorto ontem no programa Prologamento da TVI. Sei que o local em que as fez não é o mais avisado, mas qual é a alternativa? O Porto Canal, onde impera a política da rolha imposta pelo presidente?

Vamos lá ver se ganham juízo, porque já têm idade e experiência para tal. Os adeptos não são cordeiros, são tão pessoas, ou talvez mais, que aqueles que enriqueceram à custa do clube e dos sócios.

Haja coerência, pelo menos, já que a competência, e sobretudo a coragem, há muito deixaram o Dragão.
  

04 abril, 2016

A cobardia da SAD reflecte-se no campo

Nunca senti tanta vergonha em ver o FCPorto jogar como nesta época. É sabido que as coisas se tinham vindo a configurar nesse sentido há 3 temporadas a esta parte, mas nunca pensei que as deixassem bater tão no fundo. Mas, não é bem do FCPorto que tenho vergonha (o clube nunca tem culpa), é de quem o dirige. 

Não podemos criticar os jogadores ou o treinador, quando eles já interiorizaram há muito que não têm dirigentes à altura de defender o clube que representam. De os defender de árbitros desonestos, de adversários que disso tiram partido de toda a maneira e feitio, e sobretudo de um sistema corrupto, implacável para quem baixa a guarda, e se rende. 

É simplesmente pusilânime o comportamento da estrutura directiva do FCPorto. É deles que tenho vergonha. Tanta, que já me esqueci do tempo em que pareciam gente brava e combativa. Hoje são o oposto, e eu não me revejo num FCPorto com esta gente. 

E mais não digo. Estou farto.