06 julho, 2016

Do nacionalismo bacôco à propaganda vermelha


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Hoje, a selecção lisbonária vai jogar o acesso à final do Campeonato Europeu de Futebol. Podia chamar-lhe nacional, só que seria errado e patético. Por mais que simulem, por mais que tentem convencer-nos que há verdadeiro nacionalismo na comunicação social, quando aproveitam a ocasião para promover os jogadores do Benfica e ofuscar a importância do único portista (actualmente, Danilo), nunca me renderei a esta "causa". Durante todo o percurso da dita selecção, tudo fizeram para influenciar o povo e o próprio seleccionador na escolha do grupo que acabou por se constituir. Não estão aqui em causa os critérios do seleccionador nem os próprios jogadores eleitos (não são estes últimos que se auto-seleccionam), nem tão pouco a qualidade do futebol produzido, que em abono da verdade não é dos mais atractivos. O que está em causa é a desonestidade moral e intelectual dos mesmos de sempre: os pasquineiros, erradamente tratados como jornalistas. 

Os leitores sabem tão bem quanto eu, a publicidade sufocante feita ao actual menino querido do nacional-benfiquismo, Renato Sanches, de seu nome. Não é o moço que para aqui é chamado, que até me parece bom rapaz, e bom jogador. É a projecção que à boleia deste jogador querem dar ao Benfica. Só os portistas, e as pessoas realmente honestas, sabem que isto é indiscutivelmente real. E não é só com este jogador, é também com aqueles que, jogando agora noutros clubes estrangeiros, passaram antes pelo Benfica. Os elogios são mais que muitos. Foram eles, aliás, que inventaram os "Génios" da bola. Do falecido Eusébio (também gostei deste jogador, e da sua simplicidade tão antagónica ao Benfica), ainda se podia compreender a propaganda, apesar do exagero Panteão Nacional.. Mas o João Pinto? O Chalana? O Rui Costa? Génios? Só na cabeça deles. Foram bons jogadores, sim senhor, mas ao nível deles, e até superiores, também o FCPorto teve muito jogadores, e no entanto, não lemos nem ouvimos daquela seita mafiosa a mesma terminologia e publicidade.

Quando se trata de jogadores (ou, ex) do FCPorto, a terminologia é substituída preferencialmente pelo silêncio, ou então pela crítica feroz. "Normalmente", os defesas do FCPorto eram (e segundo eles, serão sempre) todos caceteiros. O Bruno Alves já não está no Porto, mas ainda tem esse rótulo. O Pepe, também foi brindado com estes piropos, mas agora, como está no Real Madrid, e na selecção, já não lhe poupam elogios. O Maxi Pereira fartou-se de dar porrada a sério no Benfica e ninguém por aquelas bandas mediáticas (e alguns, destas) abriu o bico para o criticar. Chegou ao FCPorto, e levou mais cartões em meia dúzia de jogos que durante as 7, ou 8 épocas que esteve no Benfica. É desta mentalidade impostora e facciosa que não gosto. É deste postiço sentido pátrio que tenho repulsa, vergonha mesmo de ser português. Com esses, nunca estarei. Estarei sempre, sempre contra eles. Nunca os apoiarei em circunstância alguma. Eu, tenho memória, ao contrário do que parece ter acontecido com o presidente do FCPorto...

Mas, como aquele conjunto de atletas não tem voto na matéria nestas coisas (enfim, não têm mas deviam lutar contra esta discriminação), não pularei de alegria se logo formos eliminados. Mas, para que conste, se o País de Gales passar, não ficarei muito triste, porque, a par da Islândia (menos madura que o P. de Gales, mas de uma dignidade invejável), foi a selecção que mais gostei de ver jogar neste Europeu. Mais do que a própria Alemanha!

Por isso, que ganhe o mais competente.
  

05 julho, 2016

Os sancionalistas


03 julho, 2016

Condado Portucalense



Condado Portucalense


Alguns anos mais tarde, em 1096, descontente com as políticas bélicas de Raimundo, Afonso VI entrega o Go-
verno do Condado Portucalense ao primo de Raimundo,
Rei da Galiza, o Conde D. Henrique de Borgonha, juntamente com a sua outra filha, D. Teresa, passando assim a ser Conde de Portucale
Na prática, o Condado Portucalense deixava de ser dependente do Reino de Galiza, para prestar vassalagem directamente ao Reino de Leão, o que provocou um grande descontentamento entre a nobreza galega.
Deste condado, nasceria o reino de Portugal. D. Henrique governou no sentido de conseguir uma completa autonomia para o seu condado e deixou uma terra portucalense muito mais livre do que aquela que recebera. Aquando a morte de D. Henrique (1112), sucede-lhe a viúva deste, D. Teresa, no governo do condado durante a menoridade do seu filho Afonso Henriques

Aos catorze anos de idade (1125), o jovem Afonso Henriques, com o apoio da nobreza portuguesa, arma-se a si próprio cavaleiro – segundo o costume dos reis – tornando-se assim guerreiro independente. A posição de favoritismo em relação aos nobres galegos e a indiferença para com os fidalgos e eclesiásticos portucalenses por parte de sua mãe, D. Teresa, originou a revolta destes, sob chefia do seu filho, D. Afonso Henriques