03 agosto, 2017

A tarefa não é fácil, mas é possível. Há bons sinais no horizonte portista

Sérgio Conceição
A uma semana do início da nova época, não importa escalpelizar demasiado os contras do 4x4x2 de Sérgio Conceição. Prefiro destacar os prós, comparando este sistema de jogo com o de Nuno E. Santo e deixar que sejam os olhos a decidir qual é o melhor. No que cabe aos meus, e aconteça o que acontecer, a decisão já está tomada. Dando como garantida a impossibilidade da perfeição, admito, sem me chatear muito, que o FCPorto tenha de ganhar alguns jogos sem jogar bem, mas confesso que prefiro o modelo dois em um: ganhar,  vendo bom futebol...

Não é novidade para ninguém que este sistema de jogo exige uma preparação física superior, e uma melhor gestão da mesma. Quanto a mim, será essa a tarefa mais complexa que Sérgio Conceição tem pela frente: gerir o físico do plantel, sem lhe afectar a ambição. Além disto, vai ter de explicar muito bem aos jogadores o timing dessa gestão, ou seja, a importância de marcar cedo e de ampliar a vantagem para um resultado confortável (2, ou 3 golos) e só depois reduzir a intensidade ofensiva. 

Ao contrário de NES, Sérgio não faz afirmações fictícias, não diz publicamente que a equipa joga bem, quando não joga ou não corresponde às directrizes estabelecidas com os jogadores. Sérgio fala e vê como um adepto, com autenticidade. Tem muito pouco de político (o que é uma virtude). É exigente, sem ser postiço. Terá de moderar q.b. a impetuosidade que lhe é peculiar, sobretudo com os jogadores, sem nunca abdicar de lhes dizer o que fôr preciso, inclusive metê-los na ordem se eventualmente descambarem para birras de meninos mimados. Camaradagem, união e ambição, é o mais importante, o resto será a inteligência do grupo a decidir. 

Acredito que Sérgio vai cumprir a missão com sucesso. Paralelamente, há o outro lado do campeonato que já não depende dele, que é o da liderança do CLUBE. Já foram dados os primeiros passos, através do director de Comunicação Francisco J. Marques. Agora, é preciso ir até ao fim. E ir até ao fim significa não descansarmos enquanto não vermos, com atitudes, e não com promessas, a ordem e a lei restabelecidas. Permitir que o clube do regime repita as cenas aviltantes dos últimos anos, seria o maior erro da história que o FCPorto podia cometer.

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