10 março, 2017

Habemos equipa!



Se já tinha gostado do jogo com o Nacional da Madeira, da abundância de golos, este, com o Arouca, foi para mim, talvez o jogo mais conseguido e criterioso que vi esta época. Isto, independentemente do valor do adversário. Gostei mesmo muito!

PS- Por que será que os árbitros de repente decidiram arbitrar e os nossos adversários começaram a jogar mais na bola do que nas canelas dos nossos jogadores? 

09 março, 2017

Cleptocratas

Rafael Barbosa*

O elenco não é novo, mas não deixa por isso de ser impressionante: José Sócrates, deputado, ministro e finalmente primeiro-ministro de Portugal durante sete anos; Ricardo Salgado, líder do BES, com fama (e proveito) de ser uma espécie de DDT (Dono Disto Tudo) ao longo de várias décadas; Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, a dupla que durante anos geriu a PT e os seus voláteis e volúveis milhares de milhões de euros; Armando Vara, ex--ministro e ex-administrador da CGD e do BCP, os dois maiores bancos portugueses; Joaquim da Conceição, do Grupo Lena, um dos maiores potentados da construção civil.

Há poucos anos, todos integravam a lista de indivíduos mais poderosos e influentes de Portugal. Admirados e temidos. Uma verdadeira elite política, financeira e económica. Eram políticos argutos e populares, gestores brilhantes, empresários visionários. Hoje, fazem parte de uma lista de indivíduos que, tudo o indica, deverão ser acusados de crimes tão graves como corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais ou tráfico de influências.

É certo que não se devem fazer julgamentos precipitados. É certo que toda a gente tem direito à presunção de inocência. É certo que uma acusação não é sinónimo de uma condenação (e é até plausível que não se venham a provar em tribunal alguns dos crimes de que cada um destes indivíduos pode ser acusado). Mas essas garantias jurídicas, essenciais num Estado de direito, não diminuem nem invalidam o inevitável julgamento político, moral e ético (no fundo, a verdadeira justiça popular), para os quais já existem factos mais do que suficientes. E não é arriscado concluir que, independentemente do que venha a acontecer a partir do próximo dia 17 (data limite para ser concluída a acusação do Ministério Público), podemos olhar para esta lista, já não como a de um conjunto de homens ilustres, mas como um grupo de gente desprezível. Gente que usou o seu talento e o seu poder em proveito próprio e dos seus parceiros e à custa da comunidade e do bem comum. Se o país entrou em bancarrota, se a miséria social alastrou, se hoje somos confrontados com uma dívida pública insustentável, isso também se fica a dever à cleptocracia que esta (e outra) gente cultivou durante as últimas décadas.

Haverá, como sempre, um derradeiro grupo de fanáticos ruidosos que reclamarão, até ao último recurso transitado em julgado (e até para além disso), a inocência e respeitabilidade de todos eles, propondo, em alternativa, a tese da cabala protagonizada por um punhado de procuradores e juízes. Creio que a maior parte dos portugueses não se deixará ludibriar. O tal julgamento político, moral e ético não carece de uma sentença final do Supremo Tribunal de Justiça, do Tribunal Constitucional ou do Tribunal de Justiça da União Europeia.

* Editor Executivo


[O sublinhado, é da responsabilidade de RoP ]


Nota de RoP:

Depois de tantas vezes criticar o jornalismo oportunista, concretamente a contribuição que a nova administração do JN vem  dando aos interesses centralistas, é natural que haja quem estranhe continuar a ler este jornal e a publicar artigos de alguns dos seus colaboradores. 

A primeira causa, prende-se com um hábito antigo de leitura diária que me custa largar. O vício começou, há muitos anos, ainda trabalhava em Lisboa. Comecei com o «República», mais tarde com o «Diário de Lisboa», o «O Jornal», e posteriormente pelo «Jornal Novo». 


De jornais portuenses, havia, além do JN, o «Comércio do Porto», o «Primeiro de Janeiro»,  «o Diário do Norte» e no desporto o «Norte Desportivo». Foi uma época rica em termos de imprensa, altamente eclética, democrática e qualificada. Até o jornal A Bola se podia ler, sem se ficar (como hoje acontece) enjoado. Isto, traduz o quanto regrediu democracia em Portugal, em termos de comunicação social, tanto em quantidade, como em qualidade ...Como ainda andávamos a saborear a Liberdade, tivemos de tolerar uma excepção negativa, qualquer coisa  parecida com o Correio da Manhã de hoje: o pasquim «O Diabo» da hiper-reaccionária Vera Lagoa (um resquício do que julgávamos finado).

Outra das razões para não ter acabado definitivamente com a leitura do JN, é que, embora a política editorial tenha reforçado a matriz centralista, ainda lá trabalham alguns jornalistas que vão riscando umas coisas interessantes [como é o caso deste]. Submissos - é lamentavelmente verdade -, mas ainda assim dignos de serem lidos.

PS-Isto hoje, correu-me mal. Peço desculpa pela péssima inserção ortográfica, mas não tenho tempo para resolver o problema. 

07 março, 2017

Complemento do post anterior

Importa observar, como uma meia notícia pode desvirtuar a notícia objectiva. A meia notícia, no caso, começa pelas parangonas da capa do jornal, onde consta: 

Árbitros 35 agressões desde o início da época (assim mesmo)

Sobre estas parangonas lia-se, a letra minúscula:
os casos ocorreram nos escalões não profissionais e Lisboa foi onde maior número de incidentes. No Porto há três denúncias.

E logo a seguir, isto:
Um terço dos agredidos tem menos de 18 anos. Juízes vão ao Parlamento e admitem posição conjunta para deixar de apitar. 

Agora, reparem como de uma situação relacionada com árbitros não profissionais se aproveita o balanço e salta para árbitros de topo...

O melro aqui ao lado, não perdeu tempo para ligar a bota com a perdigota:
«o aumento das críticas aos árbitros de topo está na origem desta situação».

É preciso ter lata, muita lata mesmo! A que críticas pretende ele referir-se? Será às críticas encomendadas e histéricas do Pedro Guerra no Prolongamento, sempre que o Benfica perde?

Onde estava este homemenzinho, e outros como ele, quando os gajos do Benfica fizeram apelos à violência na própria televisão? Quando os adeptos benfiquistas agrediram árbitros e adeptos rivais? Quando falou? Quando é que pensaram ir ao Parlamento? Não serão estas declarações extemporâneas uma mitificada coaccção às justas denúncias do FCPorto?

Por que será que só agora se lembraram de ir à Assembleia da República? Será porque o clube que protege está a fazer pressão? Será que sentem as dores do clube do regime? Ou será que os vauchers foram invenções dos portistas? E sobre a Porta 18, em que pé andam as investigações? E qual é o papel da PGR, no meio deste esterco? Também só têm olhos para norte de Leiria?

Sabem uma coisa? Quem precisava de uma sofisticada investigação eram todos vós. Tudo o que se viesse a descobrir de repugnante não me causava qualquer surpresa.

É o país que temos, na sua pior vertente.


E se os portuenses boicotassem o JN?


O momento prova que esta é
uma notícia encomendada


Desde que a nova administração do JN tomou posse [em Outubro de 2014], cedo se percebeu que o único jornal sediado no Porto ia ser submetido a mais uma dose musculada de centralismo. Saiu Manuel Tavares, da Direcção, chegou um tal Afonso Camões, albicastrense de nascença e adepto benfiquista... Para liderar a administração entrou o advogado dos ricos, Proença de Carvalho, secundado por outros 6 administradores, cada qual, o mais irrelevante para a cidade do Porto. São quase todos economistas de profissão, refira-se... 

Já sei, que para as mentes centralistas, viciadas em mesquinhez e embustice, a origem e os gostos clubistas pouco importam, o que importa é a competência etc. e tal. A cassete não muda, mesmo que se lhes faça um desenho, mesmo que se lhes explique com factos que a tese da origem e das preferências clubistas nunca se aplica na capital quando se trata de optar pelo país real, dentro do qual consta o Porto... Os partners, são escolhidos a dedo, e os que destoam do tom e do gosto alfacinha, normalmente são gatinhos e gatinhas amestrados. Pacíficos...Como não são democratas, antes oportunistas, são incapazes de reconhecer a discriminação que nos fazem em pleno regime democrático (julgam eles), nem muito menos de se envergonhar com a política monopolizadora  e sectária que praticam. 

O Jornal de Notícias, nunca é demais repito-lo, foi fundado e sediado no Porto no século dezanove (1888), é um jornal do Porto e foi um dos mais lidos em todo o país sem precisar da ajuda de forasteiros mal intencionados. Como tal, é a nós portuenses, e não às elites da capital, que compete escolher o que queremos como informação. E, entre outras coisas, não queremos, nem a benfiquização, nem a lisboetização do jornal. Ponto. Por isso, escusam de encher de vermelho o interior do JN, ou de ressuscitar os fantasmas da violência sobre os árbitros só porque o FCPorto ameaça o Benfica de o fazer cair da liderança. A notícia de capa de hoje, só serve para lançar a confusão, para procurar reverter no FCPorto o ónus da culpa por uma situação de que tem sido vítima, e não carrasco. 

Se esta notícia fosse credível, não era agora que devia ser publicada mas sim desde as primeiras jornadas do campeonato, em que o Benfica foi despudoradamente ajudado pelas arbitragens, sem que o FCPorto abrisse a boca para reclamar. Tanto assim é, que os adeptos, entre os quais me incluo, se lamentaram pelo silêncio do Presidente portista. Aliás, esta pouca vergonha do colinho, não é de agora, já dura há 3 épocas, pelo menos! Como é que agora, ousam dar uma ideia contrária? E os senhores (bons) jornalistas do JN, acham bem esta vermelhização do nosso jornal? Se acham, então façam as malas e instalem-se em Lisboa, mas deixem-nos de vez porque não fazem cá falta nenhuma. Pelo contrário, estão a tornar-se um vírus, um cancro que dispensamos. 

PS-Li ontem, que iam ser despedidos vários jornalistas do Correio da Manhã. Querem a minha opinião? Deviam ficar todos na miséria, pela forma porca e prostituída como ganham a vida. Pergunto: é isso que querem fazer com o Jornal de Notícias? Se é, desejo-lhes a mesma sorte.       

06 março, 2017

Uma boa causa que nós ignoramos

A União Europeia quer que todos os seus países membros reciclem 50 por cento de todo o lixo produzido anualmente até 2020, aumentando para 65 por cento até 2030. Parece uma meta utópica? Talvez não. Na Suécia, já se consegue fazer reciclagem a quase tudo, tanto que o país já não tem mais lixo para reciclar, e desde 2011 tem que importar resíduos de outros países para manter a sua indústria a funcionar.
Mesmo antes de entrar para a União Europeia, em 1995, a Suécia já tinha implementado leis ambientais mais avançadas, começando com um aumento dos impostos sobre produtos petrolíferos logo em 1991. Nessa época, a Suécia conseguiu avançar para a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis, algo que consegue fazer a 50 por cento.
Atualmente, a reciclagem de lixo produzido na Suécia e de lixo importado do estrangeiro é feita através da incineração. O serviço é assegurado por empresas privadas, mas o resultado da energia produzido é aproveitado pelo serviço nacional que garante o aquecimento central. No entanto, críticos ao sistema apontam que material reutilizável não está a ser descriminado para reaproveitamento, sendo usado indiscriminadamente apenas para incineração.
Seja como for, a Suécia já quase não produz lixo. Desde 2011 que menos de um por cento dos resíduos são enviados para um aterro, uma parcela constituída por material que não pode ser incinerado ou reciclado.
[Motor24]

PS-É também com estes exemplos que um país se afirma aos seus cidadãos e ao  mundo. Nós, portuguesinhos de orgulho fácil, além dos salários mínimos miseráveis, e dos máximos hardcore, continuamos a dar  estes magníficos exemplos. 

05 março, 2017

GOLEADA DAS ANTIGAS E PRIMEIRO LUGAR NA MIRA

Image de Goleada das antigas e primeiro lugar na mira

Os portistas chegaram ao intervalo a vencer por 2-0, com os golos de Oliver (31) e Brahimi (45). Na segunda parte, André Silva (51 e 89), Soares (55 e 71) e Layun (63) transformaram a vitória na maior goleada da época.
Com este triunfo folgado, os ‘dragões’ somaram 59 pontos. Os ‘dragões’, que já tinham a defesa menos batida, com 11 golos sofridos, saíram desta partida também com o melhor ataque, com 52 golos marcados.
A vencer depois da 16ª ronda, quando empatou fora com o Paços de Ferreira (0-0), os portistas estão agora com oito vitórias consecutivas e não sofrem golos há quatro jogos.
O Nacional mantém-se no 17.º e penúltimo posto, com 16 pontos, ainda não ganhou este ano e deu mais um passo atrás na luta pela permanência.
O conjunto madeirense ganhou o primeiro canto deste jogo e depois mais dois consecutivos nos três primeiros minutos, mas o primeiro sinal de perigo foi do FC Porto, numa ‘bicicleta’ de André Silva, que saiu ao lado da baliza de Adriano Facchini.
Os portistas começaram sem pressas, tiveram o seu primeiro canto aos oito minutos. Aos poucos, e de forma paciente, forçaram a equipa madeirense a recuar e a correr atrás da bola, acabando, assim, com as veleidades ofensivas que o adversário mostrara nos instantes iniciais.
Brahimi começou então a dar nas vistas com os seus raides, ofereceu a Soares um golo aos 11 minutos, mas o atacante brasileiro fez o mais difícil cabeceando por alto, e foi dele próprio um remate aos 28 minutos que falhou o alvo por muito pouco.
A paciência portista deu resultado aos 31 minutos, quando Óliver Torres desviou um cruzamento de Alex Telles e abriu o marcador.
Embalado pelo golo, o FC Porto apertou ainda mais o cerco ao Nacional, lançou vários ataques e o clube madeirense passou então um mau bocado e mais não fez do que tentar defender a sua baliza, coisa que, com o tempo, se revelou cada vez mais difícil.
O ataque do Nacional ‘eclipsou-se’, dominado pela forte organização defensiva portista, e Brahimi acabou por ver o seu empreendedorismo premiado quando fez o 2-0, aos 45 minutos, com um com um bom remate.
Na segunda parte, a equipa de Nuno Espírito Santo vincou a sua superioridade logo aos 52 minutos, numa jogada muito bem construída e finalizada por André Silva, e até aos 70 minutos obteve mais três golos, tirando partido do completo desacerto defensivo do Nacional e também do brilhantismo e inspiração do seu meio-campo e do seu ataque.
Sem ataque, ‘macio’ a meio-campo e frágil a nível defensivo, o Nacional foi ‘atropelado’ por um FC Porto autoritário e de grande intensidade. Sem surpresa, sofreu mais um golo, o sétimo.
O autor desse golo foi André Silva, que hoje voltou a ser titular, fez outra vez dupla com Soares no ataque portista e assim bisou, tal, aliás, como o avançado brasileiro.
A expulsão do central Tobias Figueiredo, por segundo amarelo, aos 62 minutos, agravou ainda mais os problemas do Nacional, mas, nessa altura, já o FC Porto jogava a seu bel-prazer e fazia ‘gato e sapato’ da equipa de Predrag Jokanovic, que hoje não teve qualquer hipótese ante um FC Porto forte de mais.
(Lusa)