22 março, 2017

Há que apoiar Francisco J. Marques & Companhia! Este, é outro campeonato

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Francisco J. Marques

Ignoro o que agora terão a dizer aqueles (poucos) que censuravam os vários artigos que aqui postei a lamentar o proveito que o FCPorto não estava a saber retirar do Porto Canal para se defender das diatribes dos clubes centralistas. Seria imodéstia minha, não reconhecer quão justificadas eram essas críticas, e quão assertivas foram as sugestões que as acompanhavam. Voilá! O FCPorto despertou de um jejum displicente a que não estávamos habituados, e decidiu finalmente seguir os nossos conselhos, mesmo que por iniciativa própria. 

Costuma dizer-se, que vale melhor tarde que nunca, mas talvez os danos colaterais tivessem sido menores se o despertar do Dragão fosse mais madrugador... Não foi com o renascer do líder Pinto da Costa (a idade pesa), foi com um programa televisivo, encabeçado por Francisco J. Marques e a cooperação de Bernardino Barros e José Cruz. Também serve (desde que os protagonistas possam contar com o apoio incondicional do presidente, e do departamento jurídico do FCP, se necessário)...

O reconhecimento e as justificações de que acima falava, nada têm a ver com ganhar, ou deixar de ganhar este campeonato, até porque ainda é cedo, e não se ganham campeonatos por querermos defender a nossa dignidade e o nosso negócio (o futebol, hoje, também é isso). Tem a ver, sim, com respeito, ética e justiça. A verdade, é que lá para aquelas bandas mouriscas, nos estúdios das têvês já começam a «reconhecer» que a nossa política de comunicação mudou, que é (cito) mais agressiva, embora não devamos encarar isto como um elogio...

A circunstância de começarmos a enervá-los com denúncias sustentadas em factos e imagens legais, está a fazê-los descer à terra, a perceberem que o polvo pode muito bem ter os dias contados, saiba o FCPorto levar esta cruzada até ao fim. E o fim, é dizer às entidades políticas e judiciais do país que chegou a hora de acabar com a impunidade de um clube, que a pretexto de as chantagear com o destino dos votos de (seis?vinte?) milhões de eleitores vermelhos para obter dividendos, não pode continuar a sobrepôr-se a um Estado de Direito íntegro.

A tarefa de decepar este monstro é penosa, mas vale a pena, porque ao fazê-lo não estaremos só a repôr a justiça no desporto, mas também a contribuir para regenerar a própria sociedade, tanto ética, como até economicamente. De resto, o medo nunca foi solução para nada. Desistir desta luta, é abdicar da liberdade. De resto, não estamos a inventar nada, estamos até a fazer um trabalho que devia competir às autoridades do Estado. As desportivas, são um dos tentáculos do monstro, como é público e notório...

Pela minha parte, podem contar com apoio incondicional. Um blogue, é apenas um blogue, pouco pode, mas é sempre um cidadão a dizer não! ao status quo obsceno do futebol português. 

Força, ao "Trio de Ataque" à moda do Porto! 

20 março, 2017

Ansiolíticos, e mãos na cabeça não ganham campeonatos


Compreende-se o desespero, não a atitude

Aconteça o que acontecer, nada pode alterar a verdade dos factos: ainda não foi esta época que os portistas puderam respirar de alívio com as exibições do FCPorto. De desconforto em desconforto, alternado por breves períodos de confiança, o maior dos quais foi precisamente o de ontem, a equipa do FCPorto resolveu, em má hora, interromper a fase mais promissora da actual temporada. 

Nos momentos-chave, regressamos à trapalhice, à bola para trás, ao jogo previsível, às marcações tardias e a uma indescritivel falta de calma na hora de rematar. O espelho do desespero dos jogadores, traduz-se num hábito que Nuno E. Santo já devia ter abulido há muito tempo, que é colocar as mãos na cabeça mal falham o golo. Psicológica e aparentemente, estes gestos denunciam falta de confiança e impreparação mental para encarar os momentos cruciais dos jogos. 

O futebol, por vezes, parece uma amarga pescadinha de rabo na boca. Ora ficamos decepcionados com as exibições, como subitamente parecemos ter entrado nos eixos com uma sucessão de jogos interessantes e victórias. A verdade é que, decorrido meio campeonato, ainda não conseguimos ultrapassar a fasquia da insegurança nos momentos mais importantes. Tudo isto, começa a ser intolerável, principalmente pelo apoio incondicional que os adeptos portistas têm dado a toda a equipa (treinador incluído), sem que a retribuição se manifeste em estabilidade, confiança e ambição. Dá a impressão que quanto mais os apoiamos e quando mais esperamos o retorno, mais eles fracassam.

Se Nuno Espírito Santo parece ter conseguido unir o plantel, e isso é de louvar, ficam dúvidas quanto à sua preparação mental no que concerne a ambição de vencer. Talvez seja essa a razão que me levou a desconfiar, quando Nuno começou a usar vezes demais a idade do plantel para justificar fiascos como os de ontem. Embora fizesse pouco sentido tal linguagem, seria melhor entendida se devidamente anunciada logo no início da época e pela voz do presidente. Como isso não aconteceu, e nos apresentaram o plantel do FCP como candidato assumido a ganhar o título, menos se aceita a conversa da juventude... Porque, na verdade, sem beliscar o desempenho na Champions, a nível interno ainda não ganhámos nada, só nos resta mesmo o campeonato.

Não é razão para esmorecer, mas a forma ansiosa e trapalhona como jogamos, não é propriamente um estímulo à ambição. Foram asneiras cometidas num passado ainda recente que tínhamos como superadas e isso é altamente desmoralizador para os próprios adeptos. E é nisso que NES tem de pensar e transmitir aos jogadores. O jogo de ontem, era mesmo para vencer, e como ficou mais uma vez provado, a garra não chega, é preciso descernimento. Os quase 50.000 de espectadores do Dragão mereciam muito mais, e os outros também.

PS-A exibição mal conseguida do FCPorto não irreleva, pelo contrário, acentua, a gravidade de o árbitro ter fechado os olhos a mais duas, ou três, grandes penalidades. Mas isso, é também culpa da administração do FCPorto que foi permissiva com a situação. Veremos se o programa Universo Porto da Bancada bastará para estancar a sangria da roubalheira...