21 abril, 2017

O anonimato, dá nisto: arquive-se!

Foi em Julho de 2007 que (supostamente) um grupo de ivestigadores da PJ de Lisboa enviou ao então Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, um comunicado sobre a rede de contactos suspeitos de Luís F. Vieira, hoje Presidente do Benfica. Na última folha do comunicado (de 27 págs.) os autores assumiram o anonimato, por não quererem colocar as carreiras em risco...

Relendo o documento, que porventura pecou pelo anonimato, fica-se com a ideia entranhada de um déjà vu. Conhecendo como conhecemos os visados, tem tudo para merecer credibilidade. Pena é, que mais uma vez o medo tenha contribuido para abortar a morte do polvo. Assim, deixá-mo-lo crescer.

Dada a extensão do comunicado, publicarei diariamente duas páginas do mesmo (para não cansar) de forma a não deixar dúvidas a quem ainda as possa ter. Vale a pena ler.

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20 abril, 2017

Inacreditável! Só mesmo, em Portugal!

Se alguém me dissesse que  há na Europa um clube de futebol da 1ª. Divisão que está há 384 dias  sem ter sofrido um único penáltie, excepto nos 378 antecendentes, num jogo em que já vencia por 5-0, naturalmente, não acreditava (384+378=762 dias=(dois anos+dois mêses)... 

Mas, se me tivessem previamente informado que a proeza tinha acontecido em Portugal, não abria a boca de espanto, porque por alguma razão o Orelhas afirmou publicamente que "ia fazer as coisas por outro lado"... Portanto, se bem prometeu, melhor o fez. Com a PJ e a PGR, empenhadíssimos na dura arte do assobio aéreo.

Conclusão: os árbitros são uns santos. Tadinhos, pobres criaturas inocentes. Fair-play por favor, não façam mal aos árbitros, não passam de seres humanos. Muito humanos mesmo. 

Grandes vígaros!

Obs.

Tão previsíveis que eles são..Estão a ver como eles se protegem, transformando danos causados a terceiros, em danos próprios? São piores que as companhias de seguros. 

Um investigador sério não pode deixar-se levar com este tipo de comportamentos. A chico-espertice não pode brincar com a Justiça, será a vergonha do sistema judicial, se não encararem estes casos com a integridade devida.

19 abril, 2017

Um desafio ao poder judicial benvindo

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Universo Porto da Bancada

Muito bem, mais uma vez, o trabalho de investigação de Francisco J. Marques, pondo a nu os golpes baixos da quadrilha "Orelhas/Benfica".

Parabéns igualmente pelos depoimentos de Bernardino Barros e José Cruz. Até que enfim! Foi importante começarem por questionar as autoridades públicas e desportivas sobre os casos denunciados, e reclamarem por (ainda) não estarem a ser tratados por quem de direito.  A continuarem sem investigação nem sanção estes casos, como até agora tem sucedido, calculo que já deva haver uma estratégia da parte do FCPorto para apresentar ao Ministério Público, ou a outra entidade mais indicada. Para isso, há um departamento jurídico no FCPorto com competências para o efeito.

Este escândalo, não é um escândalo qualquer. É muito vasto, abrangente e grave. Portanto, é expectável que nos próximos dias observemos todo o tipo de reacções dos acusados, todas elas ricas em desmentidos e contra-ataques. Por outro lado, veremos os media centralistas a tentar desacreditar estas delações infâmes, o que é perfeitamente compreensível, uma vez que têm sido o principal cavalo de Tróia do clube do regime. 

Quem não estará a gostar muito desta situação é o Governo, e de certa maneira, os partidos políticos. Habituados que foram a colarem-se à garantia de 6 triliões de votos vermelhos, num estranho pacto de não agressão pluri-partidário, certamente também não irão gostar de poderem vir a ser acusados de cumplicidade com estes escândalos, por omissão. Isto vai aquecer... Mas agora, é preciso ir até às últimas consequências. O FCPorto não tem nada a temer, porque não mente nem especula. Quem terá a perder é o próprio regime.

É um facto que o polvo se agigantou por culpa de quem devia estar atento a estas coisas e deixou andar. Os governos, este, e os que o antecederam até neste domínio foram medíocres. Se o FCPorto quiser, pode colocá-los em maus lençois, apesar dos muitos poderes ocultos que tudo farão para o impedir. A solução que lhes resta para não mancharem ainda mais a péssima imagem que já têm, é pôr ordem na casa. Para isso, tem de nomear equipas de investigação insuspeitas, com gente nova, sem vínculos a clubes e a meios de comunicação social, caso contrário, tudo não passará de um embuste que só fará ressuscitar o monstro antes mesmo de o matar.

Uma coisa é certa, isto não pode continuar assim.

18 abril, 2017

Onde pára o orgulho tripeiro?

De que é que estava à espera, Pinto da Costa?

Como é que, num país que anda à séculos a orgulhar-se da sua velha história, pode restaurar esse orgulho, se hoje nem sequer depende de si próprio? Como é que um país pode progredir, se continua a sacrificar o povo com salários miseráveis, dos mais pobres da Europa, ao mesmo tempo que permite a prosperidade aos criminosos de colarinho branco? A resposta é dura, mas é simples: porque tem sido gerido por gente com critérios baixíssimos de seriedade e rigor. 

Sendo isto uma realidade (e é, mesmo), quando vemos o comum cidadão a orgulhar-se da pátria por causa da fama de um jogador de futebol, é porque não tem mais de que se orgulhar, porque nada mais espera da vida. Esse cidadão, é um infeliz, um lacaio, um limitado. É um, entre muitos que por aí andam, que contribuem para levar ao poder gente que se aproveita da sua indigência para o explorar. A estes cidadãos do país/futebol, não chamo bons portugueses, chamo indigentes. 

Eu também gosto de futebol, como é aqui sobejamente manifesto. E gosto do FCPorto, que é o meu clube. Mas se calhar, gosto do FCPorto porque ainda gosto mais da cidade que lhe deu o nome, onde nasci, cresci e fui criado. Vejo nesta simbiose perfeita (Porto/FCPorto)  muito mais que o clube, vejo a minha terra natal, a minha primeira pátria, o meu mundo, o meu lar predilecto. É este sentimento de posse, esta afinidade com o lugar, a sua gente, e sobretudo com a sua história, que me faz repudiar o comportamento dos portuenses face ao que outros andam a fazer à nossa cidade, independentemente de serem portistas, ou não.

Aqui chegados, nenhum portuense tem legitimidade para se considerar portuense, quando por razões clubistas, ou outras, é incapaz de se insurgir contra a discriminação que tem sido levada a cabo contra o mais simbólico clube da cidade que o viu nascer. O futebol, e a sua clubite, não justificam tudo, muito menos a negação das origens de cada um. Virar as costas ao Porto, calar, ignorar o que nos estão fazendo, portista ou não, é cuspir na cidade do Porto. Por mais justificações que apresentem, silenciar estas coisas, é apunhalar o coração da cidade.

E o que dizer agora dos portuenses/portistas?  Desde o Presidente do FCPorto, aos colaboradores. Todos! O que acham que tipos como eu pensam sobre a vossa permissividade, o vosso silêncio, face à humilhação a que nos procuram submeter? Onde encaixará aqui a divisa "Somos Porto" ? 

Não me interpretem mal, não tenciono promover guerras, até porque elas já foram declaradas há muito por outros, mas também não aceito provocações, que é o que nos estão a fazer. Só queria saber o que é que temem, para vos compreender, para calcular até que ponto nos vai conduzir a vossa apatia (para não dizer outra coisa)?

Na noite do jogo com o Braga (outra cidade que gosto, mas não posso dizer o mesmo das suas gentes, porque parecem não gostar do clube da sua terra), eu que ando zangado com Pinto da Costa, tive pena dele. Tive pena do homem que soube cultivar uma imagem altiva de si próprio, forte, e que agora anda meio perdido entre aquilo que foi, e o que é agora. A  cena aconteceu quando se levantou da cadeira para deixar a má companhia que o ladeava, para se sentar junto dos seus companheiros portistas. Foi a decisão certa, e que louvo. Os anfitriões mereciam isso. Mais uma vez, um agente relevante do governo, Secretário de Estado do Desporto, provou pelo seu comportamento infantil que não tem a mais pequena noção do cargo que lhe foi conferido. Para mim, já não é surpresa... 

Não foi desta maneira triste que imaginei o fim de carreira de Pinto da Costa. Ele não está a respeitar-se a si próprio. Nos últimos anos tem sido o seu pior inimigo, porque não quer perceber que já não pode lutar contra um sistema corrupto, com tentáculos por todo o lado, que vão muito para lá do futebol. O que lamento, porque com todos os defeitos que Pinto da Costa possa ter, foi um homem que deu muito ao FCPorto em termos desportivos e, implicitamente, também económicos.  Sempre pensei que tivesse o bom senso de sair como ele prometeu: quando não se sentisse em condições para continuar a liderar o FCPorto. Ele tenta convencer os adeptos que lidera, mas contra factos os argumentos caem por terra.

PS-Suponho que ninguém duvidará que procuro sempre ser o mais coerente possível com o que escrevo. Mesmo assim, repito: não acredito que o FCPorto ganhe este campeonato, mas isso não significa que não haja "milagres". Ainda é possível. Se tal acontecer, fico feliz na mesma, quanto mais não seja pela acidez que isso irá provocar em certa gentinha. Mesmo assim, salvo uma grande reviravolta estratégica na gestão do clube, não acredito no futuro se Nuno Espírito Santo continuar como treinador do FCPorto. 

17 abril, 2017

É preciso lutar, lutar, lutar

Tenho plena consciência das restrições mediáticas de um blogue. Está muito longe de atingir as audiências dos media tradicionais, com os quais provavelmente nunca poderá competir. Um blogue, para ser abrangente e conquistar leitores, só tem uma alternativa, que é conectar-se a outras redes sociais (como o Facebook), e correr o risco de ser enxameado pela poltronice de anónimos cujo passatempo predilecto é comentar insultando, por carências absolutas de toda a ordem, predominantemente éticas. Foi por ter chegado a essa conclusão que desactivei a minha conta no Facebook faz muito tempo, praticamente desde que apareceu na Net.

Apesar desses constrangimentos, ou por causa deles, continua a chocar-me muito a cobardia corporativista a que chegou a comunicação social. De ter desistido da sua principal função: a pedagogia de informar todo o público com isenção, sem medos nem conveniências. É concentrados na capital que estão implantados 99% dos media, alguns deles surripados ao Porto com a conivência dos seus proprietários (homens do norte, sem norte).

Evocar os valores da democracia é talvez a tónica mais comum dos articulistas. De tanto nos habituarmos a lê-la, fomos associando a figura do jornalista à liberdade, ao sentido de justiça, à luta contra a discriminação. Não obstante, continuam a fazer de conta que não sabem o que se está a fazer ao FCPorto. Homens e mulheres, profissionais da escrita, pessoas aparentemente civilizadas, pactuam passiva e activamente com esta insídia, este racismo clubista, como se nada de grave estivesse a acontecer, continuando a bater na tecla da democracia sem querer perceber quão revoltante e falsa é a sua postura!   

Atentos a tudo, são incapazes de ver e repelir a discriminação que nos é imposta. Escancaram depressa olhos e boca, para falar do FCPorto se a temática tiver cariz depreciativo. Foi o caso ainda recente dos cantigos infelizes dos Super-Dragões. Todo o país ficou a saber, como manda a cartilha... Quando estas ocorrências têm origem no Benfica, branqueiam, encobrem, protegem, "democraticamente"... É sempre assim, só os jornalistas não vêem.

Afinal, onde é que páram, que ninguém os vê, os tais jornalistas bonzinhos de que falei há dias, para denunciar a discriminação praticada pelos seus próprios colegas? Decorridos tantos anos, ainda não foram capazes de perceber o que se passa? Sim, senhores jornalistas bonzinhos (se me estiverem a ler) vocês são permissivos, por isso cumplíces dos vossos colegas sem escrúpulos, portanto, arriscam-se a serem tratados por igual, e com toda a justiça. Depois, não venham queixar-se dos populismos e das generalizações, porque é a vossa cobardia que os abastece, mais nada.

Sobre a fama dos jornalistas estamos conversados, não vale a pena bater no ceguinho, enquanto o ceguinho continuar a preferir viver nas trevas. Mas, há uma estação de televisão, que é o Porto Canal, que não pode dar-se a esse luxo, que está "proibida" de cooperar com a discriminação dos seus colegas centralistas, sob pena de se autodestruir. O FCPorto é sócio maioritário do Porto Canal, portanto com direitos legítimos de soberania sobre o alinhamento editorial da sua empresa, com as responsabilidades inerentes ao estatuto.

O Porto Canal terá mesmo de optar por uma via combativa, resiliente, corajosa na defesa do clube que lhe paga. Se desistir, se não souber confrontar o próprio poder político no caso das arbitragens, obrigando-o a assumir-se como último reduto arbitral desta nova campanha anti-portista, arrisca-se a ser o coveiro do seu próprio patrão, e o maior traidor  dos portistas em todo o mundo.

Se a Direcção do Porto Canal teimar no caminho escorregadio de querer conciliar os interesses do FCPorto com os interesses ambíguos de uma tv generalista, onde poderá ver-se forçado a conviver com entidades hostis ao nosso clube, expondo-o a outros perigos, correrá riscos previsíveis. Nesse caso, a alternativa, passará talvez por fazer do Porto Canal, um canal generalista, igual a tantos outros, vulgar e imbecilizante, ou seja: apenas mais um canal (contra nós), sediado no Porto, até ser capturado pela capital.

Nota: 
Disse, em artigo anterior, que o FCPorto cometerá um erro tremendo se deixar os seus argumentos de defesa condicionados ao programa Universo Porto de Bancada. O facto de o FCPorto ter decidido acabar com a política do silêncio e só passado 3 anos ter começado a falar, não valeu de nada, porque os media vão continuar a criticar o(s) dirigente(s), com a inclusão de Pinto da Costa, como se ele tivesse passado estes últimos anos a partir a loiça toda, coisa que os portistas, melhor que ninguém, sabem não ser verdade. Por isso, tanto critiquei o silêncio do presidente Pinto da Costa, e como se constata, tinha as minhas razões.  

Estamos a lidar com gente mafiosa, habituada a converter crimes próprios em crimes alheios, e é isso que já estão a fazer. Ora atacam, caluniam, perseguem, ora se travestem de gente "pacífica" amiga dos bons costumes. Os media, depois fazem o resto. O que eles querem agora é criar um clima tranquilo com a aproximação do fim do campeonato, já que o FCPorto  teve a gentileza de lhes dar mais 3 pontos de acalmia...

O FCPorto tem de fazer perceber ao Governo que este assunto é muito grave, e que não está mais disposto a tolerar afrontas.  

16 abril, 2017

A sorte protege os ambiciosos. Onde esteve a ambição de NES?

Aconteça o que acontecer, consiga o FCPorto ganhar este campeonato, ou não, está decidido: não apoiarei a manutenção de Nuno Espírito Santo como treinador principal. 

Repito: o que NES tem provado em várias ocasiões, é que falha nos momentos decisivos. Não tem perfil de grande treinador. Os jogadores têm garra, mas não chega. Cruzando estes detalhes com outros não menos graves, como a falta de seriedade dos árbitros e de vivermos num país em que os governantes, em vez de governarem, governam-se, é praticamente impossível fazer melhor. Mas, como no futebol acontecem surpresas, pode ser que sejamos felizes. Como portista, não fui habituado a contar com a sorte, mas sim com a competência. No tôpo da hierarquia há uma personagem simbolica, não o líder que a corporizou. Quando é assim, raramente o sucesso acontece.

Apesar dos Superdragões, dos seus cânticos despropositados, confio mais neles do que nos super-árbitros deste país. E quanto aos portistas em geral, são o melhor que o clube tem neste momento. 

Tenho dito.