20 maio, 2017

Recapitulando erros dos dirigentes do FCPorto

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Os portistas estão cansados de escândalos. Mesmo que habituados a ver os rivais de Lisboa usarem todo o tipo de estratagemas para os derrubarem, sempre puderam contar com a combatividade do presidente para encabeçar a defesa do clube. 

Esse cansaço nunca os impediu de aguentarem escândalos como o processo Apito Dourado e os efeitos secundários dos respectivos cães de fila instalados na comunicação social, mantendo-se sempre ao lado de Pinto da Costa, apoiando-o mesmo quando ele se rodeou de companhias pouco recomendáveis. Tudo aguentaram, confiando que o homem do leme nunca fosse baixar a guarda e desistisse de zelar pelos interesses desportivos do FCPorto. Os portistas sempre souberam estar à altura do presidente que tinham. Nada mais se lhes podia exigir, foram PORTO, na interpretação mais pura do termo. Só que, mais uma vez, o presidente não correspondeu, e hoje é ele que não está à altura dos adeptos.

Os protagonistas deixaram de cavalgar a mesma onda. Uns (os adeptos), continuaram a puxar pelo clube, a gastar o que não tinham, para acompanhar o FCPorto em todo o lado, os outros (dirigentes), não responderam à altura das circunstâncias, fechando-se em si mesmo, e afastando-se, numa altura em que os adeptos mais precisavam de os ouvir.

Arbitragens metodicamente prejudiciais para o FCPorto e descaradamente favoráveis ao Benfica, a par de alguma instabilidade exibicional produziram efeitos psicológicos no trabalho dos jogadores resultando na perda de mais um campeonato. Tudo isto misturado com o silêncio do presidente e a postura demasiado permissiva do treinador, incapaz de reagir às adversidades com a contundência que se impunha tornaram impossível criar nos jogadores a mentalidade combativa que se esperava, acabando por fracassar nos momentos cruciais.

Pessoalmente, não tenho a menor dúvida que a intimidação foi a chave mestra da estratégia para perturbar o trajecto competitivo do FCPorto. Inspirados no historial passivo dos dirigentes portistas patente nas últimas 3 ou 4 temporadas, os árbitros sentiram-se confortáveis para prejudicar o FCPorto. É mais que óbvio que não o fizeram por mero sadismo, fizeram-no por clubite, e sobretudo pela falta de personalidade que parece ter-se instalado nas pessoas com cargos de responsabilidade deste país, ou seja, optaram por ajudar o clube política e mediaticamente mais "poderoso".  

Começaram por quebrar o lado combativo dos nossos jogadores, marcando faltas sucessivas sempre que davam luta. Bastava acentuarem um pouco a agressividade para imediatamente lhes serem exibidos cartões. Isto passou a ser uma constante nos jogos do FCPorto e os adversários foram os segundos protagonistas a percebê-lo interpretando a situação como um salvo-conduto para infringirem as regras do jogo sem a devida punição. A partir daí, todos os adversários copiaram a "táctica" da sarrafada, provocando faltas sucessivas, dentro e fora da área, a maioria das vezes sem qualquer admoestação dos árbitros. O silêncio dos dirigentes do FCPorto fez o resto, funcionando como estímulo para complementar os assaltos à mão armada praticados pelos adversários. O que podiam eles (dirigentes) esperar de um país como Portugal, onde a aversão à legalidade faz a regra?

Tarde e a más horas  (repetirei isto até que a voz me doa), alguém dentro da administração, por iniciativa própria ou de terceiros, decidiu então ordenar a realização do programa Universo Porto da Bancada onde se pôs a nu as arbitragens miseráveis e toda a incompetência dos órgãos federativos, numa espécie de remissão pelas falhas inexplicáveis, presidente incluído.

Sintetizando, nem o programa Universo Porto da Bancada, sendo pertinente, será suficiente para remediar o que já não tem remédio, nem terá qualquer utilidade objectiva se não fôr acompanhado de uma acção judicial empenhada às mais altas instâncias da Justiça. Será uma vergonha, o fiasco assumido por quem devia liderar em vez de simular liderança. Será cuspe solto pela boca de Pinto da Costa sobre o seu próprio currículo. Mas isso, é um problema seu. Cuspe no FCPorto, é outra conversa, pode ser traição.

O FCPorto não é propriedade privada de Pinto da Costa, Família & Companhia. É dos sócios, e de todos os portistas. Nunca imaginei ter de escrever um memorandum destes.

PS-O grave deste divórcio mal assumido entre adeptos e Pinto da Costa, é o efeito dominó que ele provoca nas outras modalidades (o FCPorto perdeu por um golo no andebol com os adeptos do pó, e o árbitro mais uma vez deu uma grande ajudinha).   

19 maio, 2017

Campeonato no papo, surge a justiçazinha...

VIEIRA INVESTIGADO HÁ 8 ANOS EM BURLA AO BPN

Inquérito Empresa do presidente do Benfica recebeu mais de 12 milhões de um crédito obtido deforma fraudulenta por outra sociedade
Clicar na imagem para ampliar (com cuidado, corre risco de contaminação)

Coincidências, meus senhores, tudo não passa de coincidências... 

Numa jornada em que o Benfica já não corria o risco de perder o campeonato (porque já estava ganho com a dignidade que sabemos), são marcados dois penalties limpos a favor do FCPorto. Antes disso, foram poupados aos nossos adversários umas dezenas deles ainda mais evidentes, a par de multiplas faltas para cartão amarelo e vermelho igualmente evidentes... 

A outra coincidência, foi a publicação desta notícia apenas agora... Uma investigação com a idade de 8 anos só foi anunciada depois de garantido mais um nobre campeonato para o clube do regime.

Palavras, para quê? Apenas concidências...

17 maio, 2017

Partidites e intriguices

Rui Moreira

Como as ovelhas não se tosquiam a si próprias, também os partidos políticos considerar-se-ão sempre insuperáveis. À medida que acentuam a indisponibilidade para se auto-regenerarem, mais frequente é o discurso da insuperação. Entende-se o instinto de defesa, mas lamenta-se que seja tão básico. 

Os políticos padecem todos de um grande defeito: acham-se mais inteligentes do que na realidade são. Se fossem inteligentes tinham mais respeito pelo povo, e governavam melhor. Não é preciso ser-se sobredotado para perceber que para atingir determinado desígnio, seja este de cariz ideológico, social ou político, é sempre indispensável uma organização. Se lhe chamamos "partido", movimento ou associação, é irrelevante, porque o que interessa é a reputação que lhe damos enquanto parte activa da mesma. Em vez de se acharem incompreendidos e insubstituíveis, os actores públicos deviam, antes de mais, interrogar-se sobre a ideia que eles próprios têm do serviço público, e só depois decidirem se têm ou não, perfil para a função. Cá para mim, suponho que nunca se deram a esse trabalho...

Mas, vamos à política que nos interessa.

Rui Moreira tem feito um trabalho apreciável na Câmara do Porto, é um facto, sobretudo na área cultural. É quase consensual. Não tem qualquer comparação com Rui Rio, para melhor, claro. Mas, ainda tem muito para fazer. Povoar mais o centro do Porto, restaurar o mercado do Bolhão (em curso) e prosseguir na reabilitação urbana que, reconheça-se, nunca foi tão dinâmica como agora.

Rui Moreira quis entrar na política livre do estigma negativo dos partidos e consegui-o. Foi suficientemente hábil para aceitar o apoio dos partidos, sem nunca dar sinais de lhes querer prestar vassalagem. Neste difícil percurso soube entender-se com Manuel Pizarro, e este com ele. Tudo parecia funcionar bem, até que de Lisboa começam a ouvir-se do PS umas indirectas pondo em aparente concorrência a importância de Moreira versus PS. Do PS Porto, o vermelho Manuel dos Santos atiçou mais a fogueira insinuando, entre outras aldrabices, que Moreira tinha a promessa de António Costa que lhe garantia um lugar no Parlamento Europeu.

Resultado: Rui Moreira decidiu avançar sozinho para as próximas autárquicas, arriscando-se a perder a reeleição. Por seu turno Pizarro, encurralado, vê-se na obrigação de concorrer à Câmara, agora contra o seu anterior Presidente. Tudo isto ainda está muito mal contado, mas seja como fôr, os directórios patidários voltaram a provar a sua veia corporativista na procura desesperada de lugares, sem levarem em consideração o mais importante: os portuenses.  Por outro lado, o PS acabou por lançar para a fogueira Manuel Pizarro, colocando-o nitidamente entre a espada e a parede, forçando-o a cortar relações políticas com Moreira.

Mesmo assim, conhecendo o que são os partidos em Portugal, com os militantes sempre mais atentos ao ego e à ambição do que aos problemas do povo, considero corajosa a decisão de Rui Moreira, porque corre sérios riscos de perder a Câmara.  Sejamos realistas: é impossível ser-se totalmente independente na vida, e na política a impossibidade é ainda maior. Agora, o que não podemos negar é que não falta coragem a Rui Moreira. 

Esta, é seguramente a faceta que mais aprecio do homem.   


15 maio, 2017

Esclarecimento


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Há coisas, por mais naturais que pareçam que custam muito a compreender. Admito que o problema possa ser meu, mas até prova em contrário, enquanto não encontrar explicação para o que não compreendo, considero inválida a hipótese da culpa ser minha.

O que não compreendo é o seguinte:

nos últimos tempos tenho lido com frequencia na blogosfera portista, a questão do poder no futebol. Mais da parte dos comentadores, que propriamente dos autores dos blogues. Umas vezes, na forma de lamento quando se trata do FCPorto, e outras, em jeito de despeito por esse poder estar agora concentrado no Benfica. 

Vejamos. O Benfica nunca perdeu esse poder, sempre o teve. Só se pode entender esta linguajem por profunda ignorância. Comparar o poder (perdido) do FCPorto com o poder do Benfica é, desculpem-me o termo, uma estupidez. Faz-me lembrar os centralistas, com a treta do portocentrismo...

Se me disserem que Pinto da Costa perdeu a fibra que o caracterizava, que já não interfere nas lutas complicadas que sempre rodearam o FCPorto, nem o defende como outrora, só posso concordar. Agora, que queiram comparar a performance branda de um líder cansado com o poder efectivo do "homem do pó", é um absurdo. Como absurdo é comparar o centralismo do Terreiro do Paço, com essa coisa patética chamada portocentrismo

Para acabar com comparações destas é preciso perceber de uma vez por todas que todos os organismos do poder (político e outros) estão fixados e centralizados em Lisboa, de outro modo não faria qualquer sentido falar-se da regionalização e descentralização. Pela mesma razão se inventou essa expressão ilusória do portocentrismo, que não é mais que uma forma ardilosa de comparar duas cidades com poderes incomparáveis.  O poder que ainda resta ao Porto e ao Norte é mais a nível empresarial e até esse soçobrou aos tentáculos do centralismo (ex. Sonae/Público/Rádio Nova).

Posto isto, resta-me esclarecer duas coisas muito sérias:  
  1. o poder de que o FCPorto precisa não é poder, é justiça. Não é canalha a brincar com ela. Para a ter, tem de contestar energicamente as actuais lideranças dos respectivos organismos, exigir a sua demissão, e requerer para os seus lugares pessoas sem ligações comprovadas a clubes. 
  2. os que confundem o poder da personalidade de um homem (já gasto), com o poder cobarde um ex-presidiário marginal, protegido por poderes efectivos da política, da finança e da comunicação social, que olhem para as coisas como elas são, sob pena de estarem a comparar um David debilitado com um exército de corruptos.

Mesmo assim, por David já não ser o mesmo, a hora é exclusivamente dos sócios do FCPorto. Cabe-lhes a eles reclamar os seus direitos e pensar se querem mais 4 anos de decadência...

PS-Completamente de acordo com a postura da claque "Colectivo 95" e absolutamente contra a retirada do seu cartaz por parte do FCPorto. É inqualificável.