11 outubro, 2017

A hipocrisia evita-se, não se fomenta

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Não sei, não tenho como saber, o que é que os pais de hoje entendem como educar bem os filhos. Se, tendo possibilidades para lhes dar formação académica privilegiam esse sector específico, sem prejuízo das boas maneiras e do respeito pelos outros, ou se apenas se interessam pelo chamado «canudo» dos filhos. Não tendo como certa a prevalência de uma ou outra preferência, resta-me  a intuição alicerçada no que posso observar nos jovens adultos dos nossos dias. Ressalvo, com a melhor compreensão, o papel proteccionista dos pais de quererem garantir-lhes um melhor futuro, mas já não corroboro na ideia de que uma coisa tenha forçosamente de anular a outra.

A verdade, é que olhando para a sociedade que nos rodeia, e apesar de termos hoje mais gente com formação académica intermédia, ou superior, do que há 40 anos atrás, a educação regrediu a olhos vistos. Não será casual o facto de sabermos quão mal educados são muitos dos jovens que enveredaram pela carreira política, não obstante o grau de instrução escolar elevado, mas também adulterado, o que ainda é mais preocupante. 

Assim, dá que pensar como é que os jovens de hoje absorvem os programas alienantes, desportivos, ou de outro tipo, transmitidos pelas televisões, onde invariavelmente impera a libertinagem sem terem um progenitor por perto a recomendar-lhes outros caminhos. Caminhos esses que a televisão não tem para oferecer.  

A indústria cinematográfica dos EUA (chamam-lhe cultura...) é poderosa, influente e cada vez mais global. Domina o planeta e os povos que o habitam. Podemos dizer, sem risco de errar, que 80% das temáticas dessa indústria são bélicas. Armas, morte, sangue, e sexo, têm de estar sempre presentes. Ninguém de bom senso acredita que sendo esses quatro itens parte real da nossa existência aconteçam com a frequência perversa com que são transmitidos. Felizmente que ainda não é assim em todo o lado. Diariamente, os telejornais seguem pelo mesmo diapasão, contam-se por dois dedos de uma mão as notícias factualmente positivas, a maioria são deprimentes. 

Terá mesmo de ser sempre assim, pergunto? Que bondade se pode extrair desta opção quase generalizada de fazer cultura e jornalismo?   Ou, se acharmos mais adequado, de explorar a condição humana? É a vida que temos? É o seu retrato nu, e cru? Talvez. 

Então, que tal fazer alguma coisa para a mudar, em vez de a constatar sadicamente.

Alô, Porto Canal? Terás tu estofo para fazer a diferença?

Já sei, sou um sonhador. Esqueçam.

10 outubro, 2017

Também tu JN és cartilhista?

Deixo ao critério dos leitores portistas, e sobretudo anti-centralistas, a interpretação devida à "sondagem" que o JN entendeu por bem publicar na edição de hoje.

Pela parte que me toca, só posso confirmar, desta vez com o mais profundo repúdio, aquilo que já pensava deste jornal, agora liderado pelo lisboeta Proença de Carvalho, e dirigido (para já ainda no Porto) pelo cartilheiro AFONSO CAMÕES:

foi um jornal do Porto, agora também capturado pelos vândalos centralistas. Uma humilhação para os portuenses e uma traição àqueles que honraram o jornal.


Se amanhã qualquer político deste país, ou governante, ousasse lançar-me areia para os olhos com a treta da coesão nacional, dir-lhes-ia alto e bom som: agora, sou a favor da independência do Porto!

É assim, com este tipo de jornalismo desonesto, tendencioso, corrompido e belicista, que se fabricam guerras e separatismos.  Que esperar de um país assim?

Só espero que logo à noite, no Universo Porto da Bancada, o Francisco J. Marques não se esqueça de repudiar esta provocação pasquineira e de incluir  o JN na longa lista de cartilhados vermelhos, caso contrário, desisto de ver o programa. Já deixei de comprar e ler outros jornais, este vai ser o próximo. Desta vez, para sempre, ou até que aquela casa seja despoluída de jahidistas.


O que estes garotos são capazes de ficcionar para tentar transformar criminosos em vítimas, e vice-versa... 

E eu, que até ando chateado com Pinto da Costa por ele estar tão calado! Foi preciso vir agora o JN dizer-me que, afinal, ele tem andado a semear o ódio. 

Sem o saber, também eu devo andar a comer sorvetes com a testa...


09 outubro, 2017

Porto Canal, estará a parasitar o FCPorto?.


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A avaliar pela conduta da Direcção Geral do Porto Canal, pouco esmerada no rigor, e na informação atempada, os espectadores não merecem qualquer consideração. 

Consideração que, no mínimo, podia ser reflectida num pouco mais de empenho, na actualização dos programas, bem como na celeridade da informação. Por mais válidas que sejam as causas para tanto desmazelo, perdem-se em razão da incapacidade de quem dirige o canal perceber quão negativo é para uma empresa de comunicação deixar a espectadores e a investidores, uma imagem próxima da anarquia.

Admitindo que as férias do pessoal do Porto Canal tivessem iniciado no mês de Junho, ou Julho, é incompreensível que no mês de Outubro ainda se note alguma inércia e que tenham de recorrer a entrevistas gravadas, já anteriormente repassadas, para preencher a programação. Este visível folguedo é tudo, menos prometedor. Presta-se às piores especulações e pulveriza quaisquer êxitos de audiências que eventualmente possam ser garbosamente anunciados.  Nem sequer cai bem na opinião pública ouvir o director-geral destacar o âmbito generalista do Porto Canal, e gabar-se das audiências, quando elas são maioritariamente geradas pelo sector desportivo do clube.  A incapacidade de preencher os espaços vazios com novos conteúdos, tem sido mascarada pela repetição exaustiva de alguns dos melhores programas, fazendo com que estes se vulgarizem pelas repassagens abusivas, com prejuízo inclusivé para os próprios criadores.  

Tudo isto acontece, porque alguém o permite, e esse alguém chama-se Jorge Nuno Pinto da Costa, mas não só... Sendo o FCPorto proprietário do Porto Canal, os sócios têm direitos, e parecem ainda não ter entendido que um deles consiste em ter informações da parte da SAD sobre o que está planeado para o futuro do Porto Canal. 

A cada nova temporada o canal fecha para férias prolongadas, e a pretexto da programação que vem a seguir, as expectativas têm sido repetidamente frustradas no aspecto qualitativo, o que tem forçosamente de se reflectir pela negativa na tesouraria. 

Não caprichando na qualidade, os investidores afastam-se, e depois falta o dinheiro para pagar aos que lá trabalham. Para bem de todos (clube e canal), o Porto Canal tem de trabalhar para se auto-financiar. 

É muito importante que os sócios estejam atentos, não vá ser o FCPorto a pagar-lhes os ordenados, para receber tão pouco em troca...
  

O Miguel está de parabéns (é portista!)


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