15 fevereiro, 2018

Breve comentário sobre o FCPorto-Liverpool



Como portista que me orgulho de ser (e portuense também), vou dizer algo que nem todos os que gostam do FCPorto concordarão: a derrota de ontem caiu-me mal pelo número de golos sofridos, mas aceitei-a melhor do que a pouca vergonha que grassa no futebol português. Senti tristeza sim, mas perante a diferença de qualidade entre as duas equipas, conformei-me. Já com as vigarices, não há conformismo possível para mim.

Vamos lá ver. Uma equipa como o FCPorto, que tem praticamente o mesmo plantel que tinha com Lopetegui e Nuno Espírito Santo, que produzia um futebol monótono, de bola para trás e para o lado, que sentia extrema dificuldade para chegar à baliza adversária, cuja solução era fazer marcha a trás, comparada com a de Sérgio Conceição, desculpem-me o brejeirice, era uma grande droga!

Sérgio Conceição fez quase um milagre. E por quê? Porque conseguiu transformar jogadores medianos em bons jogadores, e os bons em muito bons. Agora, o que ele não pode é transformá-los muito mais que isso, porque não depende apenas dele, mas sim de dois factores incontornáveis: das características intrínsecas de cada jogador, e do contexto em que jogam.

Aquilo que mais me fascinou no Liverpool, foi a rapidez de execução da equipa, a precisão, a inteligência, e um detalhe que em Portugal nunca se quis cultivar: o futebol duro, mas leal! Os jogadores do FCPorto não podem ser censurados pelo que aconteceu. A realidade é esta: o Liverpool é muito melhor em todos os aspectos. Uma, ou outra entrada mais dura (é verdade), que o árbitro consentiu indevidamente, quase todos os desarmes do Liverpool derivaram de um enorme poder de antecipação. Tantas foram as ocasiões em que os nossos tinham a bola mais próxima que os adversários, e foram quase sempre ultrapassados. Como detesto a xico-espertice, mesmo no futebol, apesar da derrota, senti um grande alívio por não ver jogadores (de parte a parte), a atirarem-se para o chão, a perderem tempo, a simularem faltas, enfim a ver futebol de 1º. Mundo. A jogar assim, este Liverpool pode ser um sério candidato ao caneco da Champions!  

Não obstante, é justo lembrar que os primeiros 25 minutos (+/-), foram muito bem controlados pela equipa. A concentração era grande, e a primeira oportunidade até foi nossa. O grande problema é que os níveis de concentração para jogar contra equipas desta qualidade têm de ser muito superiores aos do nosso campeonato. A diferença foi essa. Houve uma distracção, sofremos um frango, e tivemos o azar de jogar numa noite de chuva ininterrupta... Nós temos a equipa mais combativa e resiliente do nosso campeonato, mas para campeonatos de países como a Inglaterra, da Alemanha, ou mesmo de Espanha, temos de nos superar, e nem sempre isso basta.

Não é o momento para particularizar, mas um jogador como o Brahimi, tão idolatrado por alguns, tendo potencial técnico falta-lhe a objectividade e sentido prático. Ontem, aconteceu o que já aqui afirmei há muito, quando disse que num campeonato diferente teríamos muitos dissabores com as suas constantes "entregas" de bola aos adversários por querer fazer tudo sozinho e não ter a noção das suas limitações. Vi-o a fazer duas ou três jogadas interessantes, mais nada. Não foi o único, já sei, mas como sempre acontece quando uma equipa de desiquilibra, os melhores, os mais fiáveis comem por tabela. 

De qualquer modo, louva-se a atitude do público, e dos Superdragões, que mesmo na derrota souberam animar a equipa. Os mais esquisitos foram-se embora, e qualquer dia vamos vê-los outra vez a assobiar a equipa com o pacote de pipocas na mão. Se assobiassem para as pessoas certas talvez os assobios tivessem alguma utilidade...     


14 fevereiro, 2018

Para lá das 4 linhas há a dignidade de um clube a defender

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Hoje, há jogo grande no Dragão, um jogo em que mais uma vez o FCPorto vai ter de se superar para levar de vencida o milionário Liverpool. Não será a primeira vez que tem de lutar contra estes tubarões, nem será certamente a última. Vamos todos acreditar nas capacidades do treinador e dos jogadores que, mais do que nunca, têm de jogar muito concentrados e confiantes. Eu, confio nesta equipa e em Sérgio Conceição. Vai ser difícil, mas acredito numa boa surpresa. 

Posto isto, retomo o assunto do costume, que é a dinâmica vigarista do polvo encarnado que nem as investigações em curso da PJ consenguem travar.

O Benfica continua a beneficiar da colaboração de todos os canais da capital com o desplante do costume. A SportTv criou um novo programa para o efeito com um nome muito "sugestivo" (Juízo Final), só possível num país onde a Lei mais parece o banco do Victória de Setúbal a levar pancada do tresloucado Fávio Coentrão.  Estas artimanhas nem sequer deviam ser permitidas por lei, porque são criadas exactamente para gerar mais confusão nas arbitragens sempre para benefício do clube do regime. Mas, estamos em portugal (com letra minúsculas).

Esta nova xico-espertice vermelha foi ontem debatida com propriedade pelos comentadores do Programa Universo Porto da Bancada, deixando outra vez no ar aquele sentimento misto de vazio e impotência habitual. Os comentadores do UPBancada expressam-se bem, argumentam com seriedade, e com a isenção possível de quem fala em causa própria.  Porém, fazem-no, obedecendo a uma estratégia demasiado defensiva, reduzindo factos graves a simples protestos, na vã expectativa de serem bem sucedidos na consideração dos destinatários. Ora, sinceramente, acho esta estratégia fraca, e um tanto infantil na frequência e no estilo. Ou os nossos comentadores têm boa fé a mais, ou sofrem de uma ignorância enorme sobre a realidade do país onde vivem, se é que ainda acreditam  que os destinatários se regenerem quando não têm nada para regenerar, porque lhes falta bom senso e isenção.

Já cansa falar sempre do mesmo, e ainda mais cansa constatar a estagnação na objectividade do programa, se não querem perceber que tanto a FPF como a Liga e respectivos departamentos, estão empenhados em não reagir e ignorar o que lá é exposto, por mais escabroso e incómodo que isso seja.  Está visto que é essa a estratégia. Se não fosse, já tinham agido de outra maneira. O intuito é óbvio, é tentar descredibilizar o FCPorto, tanto quanto fôr possível. Na minha opinião, é chover no molhado continuarmos a levantar questões a auditores decididos a fazer da surdez uma estratégia. Admito mesmo que seja propositada para provocar reacções explosivas à comunidade do FCPorto para justificar castigos pesados... Tudo é possível. Daquela gente tudo se pode esperar, sendo que desse "tudo", a malvadez supera a sensatez.

Nesta interpretação, acho ser preciso ir mais longe, beliscar o que ainda há do brio pessoal dos altos representantes do Estado visto que, como salta aos olhos, do brio institucional já sabemos do que a casa gasta... O que me parece despropositado é que o FCPorto, e neste caso o programa Universo Porto da Bancada, continue a protestar optando por um contexto recreativo quando devia ser de índole constitucional, levar o caso ao Governo.

Que sentido faz num Estado de Direito, arrogante e pouco fiável como o nosso, chamar a PSP, se formos assaltados, se nem uma estação de televisão os convence a obedecer à chamada? Não aparece hoje, nem amanhã, nem passado 8 mêses, que é exactamente o tempo decorrido entre o início das queixas ao CA, e CD da Federação, apresentadas no programa Universo Porto da Bancada, e o dia de hoje. Começa a ser patético andarmos tanto tempo a "chamar a polícia"* (8 mêses) não por telefone, nem por email, mas através do Porto Canal, sem a polícia dar sinais de vida, e mesmo assim insistir-se no pedido de socorro. Isto é tão grave quanto os casos comuns em que devido à ausência da Justiça se promove a justiça pelas próprias mãos. Não chega berrar pelo fogo, é perioritário atacar o fogo se os bombeiros estão ausentes. E importa destacar, quando falamos de justiça pelas próprias mãos, que não estamos a falar de casos individuais, falamos de um clube com milhões de adeptos espalhados pelo território que já foi várias vezes provocado em alguns estádios adversários, que de um momento para o outro pode reagir de forma agressiva por se sentir marginalizado. Não chega elogiar-lhes a tolerância, o  civismo, importa persuadir o  Estado a ajudá-los de forma activa, caso contrário ainda vamos assistir a uma catástrofe (mais uma,a juntar aos incêndios).

O país é mal governado, e não é de agora. Há corrupção na vida pública e privada, e não é pouca. Por este andar a tendência é para crescer. Ainda assim, temos uma Constituição, à  qual sempre podemos recorrer quando os poderes intermédios não cumprem a contento as suas obrigações.

É muito estranho que no seio da SAD portista não haja alguém que ouse recorrer ao documento mais importante do Estado apenas para reclamar coisas tão simples e tão poderosas como o direito de repelir a discriminação e a injustiça.

Enfim, tanta parcimónia,num país dito democrático é incompreensível. Tem dias que me imagino na África do Sul do apartheid, tal é o medo de quem não o devia ter.

PS-"Chamar a Polícia", neste caso, pretende dizer reclamar junto do Governo, até porque os emails foram entregues à Unidade Nacional da PJ contra a corrupção.

12 fevereiro, 2018

FCPorto no campo e na Administração

Foi tão evidente, e categórica, a victória do FCPorto sobre o Chaves, que dispensa comentários. Então, aquele golo à inglesa de Tiquinho, sem deixar cair a bola no chão, e o requintado de Sérgio Oliveira, controlando a bola no peito para depois desferir um petardo no meio das redes, são do melhor que vi neste Portugal de trafulhas. São muito raros golos desta categoria no nosso futebol, porque me parece depender mais da iniciativa individual do jogador, do que do trabalho dos treinadores.Digo isto, precisamente por serem golos que exigem muita ousadia, e sobretudo muito talento. Mas quando entram nas redes, compensam o preço de um jogo inteiro. 

Sobre o jogo, só me ocorre felicitar os jogadores (todos), e sobretudo o bom senso de Sérgio Conceição, por saber moralizar o Soares depois do raspanete (merecido) que lhe deu. Cheguei a recear que uma reprimenda demasiado radical pudesse ter como consequência a saída do excelente goleador, porque não temos assim tantos no plantel, apesar de G. Paciência, Aboubakar e Marega. Todos, não são demais, se considerarmos as três frentes em que estamos (ainda) inseridos.

Quanto à questão (grave) da defesa do clube, continuo muito apreensivo ,e receio que todo o esforço dos atletas e das respectivas equipas técnicas possa esbanjar-se por efeito da sabotagem do Polvo. Podem-me acusar de pessimista, mas a verdade é que esse Polvo, sendo perverso, e de cariz mafioso, continua a agir como tal, malgrado estar sob investigação.  As grandes seitas do crime são provocadoras; só se deixam intimidar quando forem travadas, e mesmo assim pecisam de vigilância permanente. São mesmo bandidos!

Convém não esquecer que há muita mais gente, para além das figuras de maior destaque, que não sendo propriamente filiada no grupo de cartilhados colabora com eles e que têm um impacto tremendo na opinião pública que convém não ignorar.

No programa Universo Porto da Bancada ainda se faz notar uma estranha ingenuidade quando se referem à comunicação social e a alguns camaleões que por lá vão ganhando a vida. Já não é a 1ª. vez que vemos referenciar o Rui Santos (da SIC), por reconhecer razão a algumas queixas do FCPorto. O estilo dele é mesmo esse, uma espécie de passo atrás para engraxar (o de "independente) e a seguir avançar dois passos à frente para envenenar (o de venenoso). É apenas uma ave de rapina que só merece ser "abatida", e não referenciada para coisa nenhuma, excepto como um modelo de vigarista. Como ele, e de géneros diversificados, há muitos. Centenas, ou talvez milhares.

Quando ligo qualquer canal de Lisboa, sei que o silêncio daquela gente me basta para lhes tirar a radiografia moral. Então, o esforço por não falarem do Benfica/Máfia é tão evidente que só posso concluir uma coisa: se não são cartilhados, são cúmplices, o que anda lá perto... Não acredito absolutamente em ninguém dos media de Lisboa!

Muitas vezes penso cá para mim se seria capaz de me calar caso visse o presidente do meu clube envolvido numa teia tão vergonhosa como está Luís Filipe Vieira. Quando se deu o Apito Dourado, sempre disse que se Pinto da Costa estivesse metido em grandes esquemas de corrupção devia ser julgado e se fosse caso para isso, condenado. Só que havia um detalhe, sempre suspeitei que aquilo de que  acusavam Pinto da Costa era marosca e não tinha pernas para andar, como veio a provar-se. Ao contrário do Benfica de Vieira, tudo o que é do conhecimento público tresanda a crime organizado, não há comparação possível. Foi por isso que sempre apoiei Pinto da Costa. Contudo, se tiver de o criticar, critico, como faço sempre que se justifica.

Concluindo: os golpes palacianos dos media e dos órgãos federativos vão de certeza continuar a empurrar o Benfica para o título, e não estou certo se nos devolverão "os títulos" perdidos estes 4 anos se Justiça for feita.       

11 fevereiro, 2018

Um bom conselho à SAD do FCPorto...


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Não acredito que os senhores da SAD portista, a começar pelo Presidente Pinto da Costa, estejam convencidos que os árbitros portugueses levam em conta as queixas contra eles que todas as semanas fazem no programa Universo Porto da Bancada, Francisco J. Marques e restantes comentadores. 

Assim como não acredito que lhes passe pela cabeça a angélica esperança que essas denúncias os faça desviar dos objectivos traçados, que é ajudar o Benfica a "conquistar" o penta.

Eu, no seu lugar, pensaria melhor, porque, para acreditar nessas possibilidades seria preciso que:
  1. Os árbitros fossem honestos, e não são
  2. Que fossem competentes, e não são
  3. Que fossem corajosos, e não são
O conselho que quero dar, à SAD, é este:

continuem calados e invisíveis se porventura logo à tarde o FCPorto for, pela enésima vez,  impedido de vencer o jogo por interferência do árbitro, ou pelo VAR. Tudo o que disserem depois, não passará de palha. Quem a quiser, que a coma.

Pela parte que me toca só me ocorre dizer uma coisa: se o FCPorto não ganhar este campeonato, será também da responsabilidade da SAD. 

PS-Quem fôr católico, que reze. Quem não fôr que reze também.